Beijo

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POV Olivia

Por mais que uma parte de mim soubesse que precisava ficar longe de Alex, a outra implorava pra que eu agarrasse qualquer oportunidade possível de ficar perto dela. Creio que o porquê eu já sabia: não gosto de conflitos e nem de ficar brigada com as pessoas. Foi justamente por isso que chamei ela pra beber na minha casa, assim nós podíamos conversar e nos divertir como duas amigas: ela esqueceria que estava brava comigo e eu esqueceria as bobagens que eu andava pensando, afinal, nós somos amigas.
Chegamos no meu apartamento e Alex foi direto para os armários da cozinha.

Alex: Onde tá?

Me: O que?

Alex: Como o que, Olivia? O whisky, poxa.

Me: Ah, segundo armário. Os copos estão em cima- disse tirando meu salto e me atirando no sofá.

Alex trouxe a garrafa de whisky e dois copos e se sentou no tapete da minha sala, me entregando um dos copos cheios.

Me: Pra que esse tanto? Quer me deixar bêbada?

Alex: Ué, eu não sei do quanto você precisa.

Me: É... Eu preciso de MUITO- nesse momento eu me levantei do sofá, ficando sentada e olhando diretamente para Alex- a Casey e a Donnelly...

Alex levou as mãos na boca como se estivesse surpresa e depois começou a rir até ficar com as bochechas coradas. Esse era um dos charmes dela, tudo deixava ela vermelhinha como um pimentão.

Alex: Eu juro que não desconfiei de nada, inclusive pensei que era um homem.

Me: Siiim! Você tinha comentado comigo que achava que era algum advogado.

Alex: Eu podia jurar- ela levou o copo até a boca fitando os meus olhos- uau, teu whisky é bom.

Me: Eu só gosto de coisas boas, querida.

Alex: Há exceções, né, agente Porter e outros homens mais que eu não quero citar o nome?

Me: Alex, nós precisamos realmente falar disso?

Alexandra se levantou do tapete e se sentou comigo no sofá, onde ficamos de frente uma pra outra.

Alex: Eu não queria ter... me metido na sua vida, Liv. Eu só estava sob muita pressão.

Me: Eu sei disso, Alex. De qualquer forma, eu não deveria ter ignorado tua ligação, era pra eu ter estado lá pra ti quando tu precisou de mim.

Alex: Tá tudo bem, eu tô superando isso. Acho que a Cate não vai mais me procurar.

Me: Espero que sim. Você quer desabafar sobre ela?- eu coloquei minha mão sobre o braço dela.

Alex: Hm, eu acho que não. Prefiro que nós conversemos sobre algo menos triste.

Fazía muito tempo que nós não nos divertíamos assim juntas. A pressão do trabalho fazia com que todos os nossos encontros terminassem em assuntos sérios ou até mesmo em briga, mas nesse momento pudemos conversar sobre coisas totalmente aleatórias, como o fato de nossa amiga estar namorando com uma juíza 25 anos mais velha que ela, e até mesmo sobre nossa adolescência e época da faculdade.

Me: Teve uma vez na faculdade que eu achei que estava grávida, quase morri de medo.

Alex: Ainda bem que nem tinha como eu passar por esse tipo de problema.

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