Capítulo 1

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oi oi oi gentê, depois de quase três meses pensando resolvi postar essa loucura que rondava na minha cabeça

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oi oi oi gentê, depois de quase três meses pensando resolvi postar essa loucura que rondava na minha cabeça. Espero que vocês gostem!

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Gizelly sempre foi uma mulher forte e determinada, sempre correu atrás dos seus sonhos. Era dona de um bar no Rio de Janeiro, e nas horas vagas se aventurava fazendo seu show ao vivo em seu próprio bar. A morena já tinha sofrido tanto com relacionamentos que hoje já não acreditava em amor. Gizelly dividia o apartamento com sua melhor amiga Bianca, uma morena linda, que arrancava olhares por onde passava. Algumas noites em que Gizelly se permitia, as baladas do Rio ficavam pequena para as duas. Até Bianca conhecer Mariana, ficar perdidamente apaixonada, e "abandonar" sua amiga.

- Preciso te contar uma coisa – Disse a morena, entrando no bar, e sentando no balcão de frente pra Gizelly, que lhe lançou um olhar desconfiado.

- O que foi? – Perguntou Gizelly – Não vai me dizer que cansou da Mari, e voltou pra sua vida de rolê?
- Por Deus Gi! Você acha mesmo que eu não posso me apaixonar não é? – Bianca disse levantando a mão direita, mostrando um anel prata em seu dedo – Eai, amou? – Bianca riu.

- Não acredito! – Disse Gizelly com a mão na boca. – A baianinha é fogo mesmo hein?!

- Não está com ciúmes, está? – Bianca rindo.

- Óbvio que não né minha filha! Já aceitei que te perdi. Mas você sabe que eu acho tudo isso uma baboseira não é? No seu lugar eu não faria nada disso, amo a vida que eu levo, e acho que não tem necessidade desses rótulos. Além de quê, acho que vocês estão indo rápido demais, mas quem sou eu né?

- Eu hein Gi, tá precisando transar né? Não pode pelo menos fingir que está feliz por mim?

- Bia, você sabe que o que não falta na minha vida é sexo. – Riu – E sim! Eu estou feliz por você, eu juro. Se for isso que você quer então tem meu total apoio, e avise ela que se machucar seu coraçãozinho, vai ser ver comigo. – Ela sorriu.

- Mas você é convencida mesmo né? Enfim, o motivo que me trouxe até aqui, é outro.

- Ih alá, já veio pedir favor né? Desembucha logo.

- Então Gi. – Gizelly apenas balançou a cabeça pra amiga prosseguir – Não marca nada pro sábado, a Mari quer fazer um jantar pra eu conhecer a família dela, e como eu não tenho ninguém aqui, preciso do seu apoio. – Bianca deu um falso sorriso, juntando as mãos e quase implorando pra amiga aceitar.

- Claro que eu estarei lá, acha mesmo que eu iria perder? – Gizelly sorriu. – Meu amor, eu vivi pra ver Bianca Andrade conhecendo a família da namoradinha.

- Amiga, sinceramente, eu cansei de ter todos os dias uma garota diferente na minha cama, e a Mari é tão maravilhosa, que não resisti. Você deveria parar com essa mania desesperada de fugir de quem tenta se aproximar, eu já perdi as contas de quantas garotas vi saindo do seu quarto no meio da madrugada, como se estivessem fugindo da policia.

- A razão pela qual todas vão embora, é porque eu as intimido e não faço questão de que se sintam confortáveis em ficar. – Gizelly disse.

- Ou porque perceberam o grande erro que cometeram e querem apagar você da memória – Brincou ela, fazendo Gizelly rir.

- Você sabe que não é bem assim, quem conhece o furacão aqui, sempre quer ter mais uma vez, mas felizmente, figurinha repetida não completa o meu álbum. – Gizelly disse enquanto secava uns copos que tinha acabado de lavar. O bar estava com um movimento tranquilo, no inicio da semana não era muito frequentado, os funcionários davam contam, mas Gizelly gostava de colocar a mão na massa.

- Você fala como se a gente ainda tivesse 18 anos, estamos ficando velhas Gi. Ainda vou ver conhecendo alguém, se apaixonando, e esse alguém que vai virar sua vida de cabeça pra baixo, te deixar pensando nela o dia todo, ai como eu pago pra ver você sendo cadelinha de mulher Gizelly. Ser solteira é bom, mas quando acaba aquele fogo com alguém que você conhece por ai, só fica o vazio.

- Eu hein, vira essa boca pra lá Bia – Gizelly deu um tapa de leve na amiga – Quando foi que você se tornou essa boiolinha, quem te viu e quem te vê hein.

- O amor realmente muda as pessoas Gi, você ainda vai ver.

Bianca realmente se preocupava com a amiga, o jeito ousado que Gizelly escolheu levar a vida na verdade era só uma forma de se proteger e não magoada novamente. Ela tinha um coração enorme em relação a amizade e família. Mas em quesito relacionamento, ela deixava o coração em casa, como a mãe da mesma sempre dizia. Todos os dias levava uma garota diferente pra casa, fazia ela se sentir no céu, e na manhã seguinte fazia com que a menina nunca mais a desejasse vê-la na vida.

O bar em que Gizelly era dona, não era restritamente direcionado ao publico lgbt, mas seu publico alvo era muito diversificado. Além de ser a proprietária, Gizelly arriscava tocar e cantar por lá, então sempre tinha uma presa fácil na sua mira, visto que não era difícil se encantar pela morena. Foi inclusive, onde Bianca e Mari se conheceram. É engraçado, porque em uma noite de carência, Gizelly e Bia já dormiram juntas. Mas isso ficou no passado, e as duas desenvolveram uma cumplicidade sem tamanho.

Gizelly se mudou para o Rio com dezoito anos para estudar, se formou em direito, mas não exercia a profissão desde que começou com o bar. Sua mãe morava no Espirito Santo, Marcia era uma mulher maravilhosa, sempre apoiou a filha nas loucuras. A família de Gizelly tinha uma condição financeira razoavelmente boa, a mãe sempre estava disposta a ajudar a filha. Embora Gizelly nunca aceitasse, sempre gostou de ser independente e conquistar suas próprias coisas. Sua mãe a admirava por isso.

Bianca sorriu orgulhosa vendo a expressão pensativa no rosto de Gizelly, pensou ter conseguido convencer um pouquinho a amiga que precisava tomar rumo na vida.

- Saia do meu bar agora com essa sua breguice, eu não estou gostando dessa Bianca apaixonada não. – Gizelly disse tentando falar sério.

- Ok, Ok. Já não tá mais aqui quem falou. Mas olha, um dia você vai me agradecer. E não esquece de sábado, não sei se consigo conhecer a família da Mari sozinha, preciso de apoio.

- Depois das baboseiras que você me disse, vou pensar no seu caso Bianca.

- Não seja maldosa Gizelly, você é minha melhor amiga, é sua obrigação. Então faz o que digo, ou eu vou passar seu telefone pra Fernanda aquela sua ex maluca que você deixou no Espirito Santo, por deus Gi, a menina me achou no instagram, e não para de me encher o saco pedindo o seu contato.

- Bianca! Você não ta ficando louca. Não brinca com uma coisa dessas.

- E quem disse que eu to brincando? – Bianca disse séria. Gizelly deu um tapa no braço dela, e a viu gargalhar.

- Do fundo do meu coração, espero que esteja brincando sim.

- Bom, vou te deixar o beneficio da duvida. Agora eu preciso ir! Beijo e até mais tarde.

Ela sorriu ao ver Bianca indo embora. Ela estava feliz sim por sua melhor amiga, nunca viu Bianca tão radiante. É claro que ela era contra toda essa história de compromissos, mas qualquer coisa que deixasse Bianca feliz, deixava Gizelly feliz também, por mais que pra ela não fizesse sentido algum. Aliança? Jantar pra conhecer a família? Bianca podia namorar, casar, ter três filhos, que ainda assim, Gizelly não mudaria sua opinião sobre. Ninguém provou o contrário até agora, nenhuma garota mudaria. Nem hoje, nem nunca. Pelo menos era assim que ela pensava.

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É isso galera, me contem o que estão achando, e até a próxima, se eu não surtar e desistir! Beijo

Redenção - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora