Capítulo 25

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Boa leitura 🐍

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{Narrado por Shawn}


Abri a porta para ver os rostos sorridentes dos meus pais. Eles estavam segurando sacolas de compras.

— Surpresa! 

— Mãe, pai... o que vocês estão fazendo aqui? Vocês não deveriam estar aqui ainda. 

— Bem, você nos disse que chegaria ontem à noite, então pensamos em surpreendê-lo alguns dias antes. Estávamos entediados em Vail, francamente. 

A pobre Camila parecia ter visto um fantasma. Eu nunca teria escolhido colocá-la nessa emboscada. Ela dormiu na noite passada com suas roupas, que agora estavam todas amarrotadas. Este foi um despertar rude, para dizer o mínimo. 

Os olhos de minha mãe se arregalaram quando ela viu Camila.

— Oh... você deve ser Carina?

Porra. 

Merda. 

Você poderia ter ouvido um disco arranhando. Eu sabia que a suposição de minha mãe devia ter irritado Camila. Mas a única mulher que mencionei para mamãe desde Zoe foi Carina. E isso foi principalmente para que eles soubessem quem estava cuidando de Bach, caso algo acontecesse comigo. 

— Não mãe. Esta é Camila. Obviamente, eu não sabia que vocês estavam chegando. Eu planejava avisar que não estava sozinho. Camila é uma amiga muito querida que conheci durante minhas viagens. Ela decidiu vir à Seattle para uma visita antes do Natal. 

 De olhos arregalados, Camila se aproximou para cumprimentá-los.

— É um prazer conhecê-los, Sr. e Sra. Mendes.

— Igualmente. — Meu pai sorriu. 

Papai era muito mais fácil de convencer do que minha mãe. Aos olhos de mamãe, ninguém era boa o suficiente para o filho. Levou muito tempo para ela gostar de Zoe. Fora esse relacionamento, eu raramente levava mulheres para conhecer meus pais. 

— Bem, certamente não esperávamos interromper seu tempo com sua convidada. Eu tinha planejado preparar um bom brunch para você. Mas suponho que isso possa ser uma surpresa indesejável. Devemos ir? 

Meu estômago roncou com a simples menção de comida.

— Tenho certeza de que os planos do brunch podem permanecer. Estou faminto. 

Meu pai riu.

— Se Camila não se importar que dois velhotes se juntem a vocês, então?

— De modo nenhum. Eu adoraria isso. — Ela sorriu. 

Eu tive que lhe dar crédito por sorrir. Não deveria ser fácil acordar assim. Meus pais começaram a tirar os mantimentos que compraram. Em minutos, o cheiro de café encheu o ar. Logo depois, o som de bacon chiando foi música para meus ouvidos. As coisas estavam melhorando a cada minuto. 

Camila queria o real. Não podia existir mais real do que meus pais aparecendo na porta no primeiro dia. 

Depois que o brunch foi servido, nós quatro nos amontoamos em volta da pequena mesa da cozinha, embora eu tivesse pelo menos quatro cadeiras. 

— Então, Camila, o que você faz? — minha mãe perguntou.

— Sou fotógrafa em Connecticut. 

— Você tem um negócio estabelecido lá?

— Sim. 

— Então, você provavelmente não estaria seguindo nessa direção?

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