07 | DINNER.

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𝐍𝐎𝐀𝐇 𝐔𝐑𝐑𝐄𝐀
"And ten thousand lifetimes later
When she walks through the door"

Eu havia passado a manhã inteira na empresa e consegui uma folga pela tarde para poder preparar o jantar, visto que Sina iria vir para o meu apartamento à noite.

As horas se passaram mais rápido que do que eu imaginei e quando percebi já eram 18:30h. Corri para o banheiro para tomar um banho e consegui arrumar a mesa a tempo. A campainha tocou logo depois, e assim que abri a porta uma Sina sorridente estava na minha frente. Ela trajava um de seus vestidos vermelhos clássicos, um dos mais bonitos que eu já tinha visto.

— Boa noite, Urrea. — Ela disse e me entregou uma garrafa de vinho. — Esse é um dos meus preferidos, espero que goste.

— Muito obrigado. Pode entrar. — Pedi e ela entrou, dando alguns passos.

— Uau, seu apartamento é muito lindo. — Sina colocou a bolsa em cima de um dos banquinhos que ficavam na frente do balcão americano e continuou a observar o meu apartamento.

— Eu tive ajuda, mas queria que ficasse do meu jeito. — Respondi, indo até a cozinha verificar se a comida já estava no ponto certo.

Sina andou mais um pouco até parar na frente da minha coleção de discos. Ela passou as mãos por algumas capas e continuou a analisar com os olhos.

— Você não tem jeito de que gosta de discos.

— Pois é. — Falei e ela se virou para mim.

— Podemos ouvir uma música?

— Sim, claro. Escolha a que você quiser. — Falei e nesse mesmo momento o forno apitou, indicando que o jantar já estava pronto. — A comida está pronta, vamos comer?

Ela assentiu com a cabeça e eu fui para a sala de jantar com a travessa nas minhas mãos. Assim que a coloquei em cima da mesa, Sina me olhou em tamanha surpresa.

— O quê?

— Você tem mais algum talento escondido e quer me falar? — Ela perguntou e eu ri brevemente.

Coloquei as comidas nos pratos e assim que começamos a comer, Sina me olhou outra vez.

— Noah, isso está muito bom! — Ela comeu mais uma porção. — Sério, muito bom mesmo.

— Obrigado, sweetie. — Agradeci e bebi um gole do vinho que ela tinha trazido. — O vinho realmente é muito bom, é suave, e eu particularmente prefiro assim.

Quando terminamos de comer, nos sentamos no sofá e começamos a conversar de coisas aleatórias. Era bom descobrir mais de Sina, das suas preferências, seus gostos e sua vida. Contei algumas coisas sobre mim também e percebi que estávamos tendo uma conversa civilizada, sem provocações ou troca de farpas, e isso era bom.

— Sina? — A chamei em um certo momento e ela se virou para mim. — Qual é a dos vestidos vermelhos?

— Uma vez, antes de morrer, a minha avó disse que vermelho combina comigo. A partir desse dia eu uso diariamente uma peça de roupa vermelha para lembrar dela, e como vestidos são as minhas peças favoritas, acabou que eles viraram a minha marca. Todos na empresa conhecem "a chefe de edição que só usa vestidos vermelhos". — Ela explicou, fazendo aspas com as mãos ao falar a última frase.

RED DRESS ↯ noartOnde histórias criam vida. Descubra agora