CAPÍTULO 2 - O NÍVEL DA ENCRENCA

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Oiii!
Vamos de capítulo novo?
Neste capítulo veremos um pouco da história da Débora e seu ponto de vista.
Saberemos em que nível de encrenca o Gustavo está se metendo! Kkkk

Saberemos em que nível de encrenca o Gustavo está se metendo! Kkkk

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Débora

Aquele dia havia começado com certo estresse.

Logo no café da manhã, o André me arrumou uma missão chata. Eu teria que fazer algo que eu não estava com a mínima vontade de fazer: conhecer o pai da namorada dele. Parece que o cara é uma mula bípede, cheio de preconceitos. Ele não autorizou a viagem da Betina conosco para a casa de praia nesse fim de semana, aparentemente, sob argumentos retrógrados.

O André está namorando a Betina, uma colega da escola, há pouco tempo. E, pelo que me consta, ainda é um namoro "puro", digamos assim. Mas sei que essa "pureza" não vai durar muito tempo, afinal são dois adolescentes cheios de fogo no rabo. Seria ilusório achar que se manterão em abstinência

Não há como conter toda essa torrente desenfreada de hormônios. Quem já foi adolescente sabe bem como é isso: amassos no cinema, sarradas escondidas no banheiro, transas dentro do carro... Jovens sempre dão um jeito.

De toda forma, desde que ele começou a demonstrar interesse por meninas, eu o alertei e orientei sobre todos os cuidados que devemos ter nos relacionamentos sexuais. Sempre conversamos abertamente sobre isso. Embora eu ame meu filho, não desejo que nenhum adolescente seja mãe ou pai tão precocemente como aconteceu comigo.

Também o orientei sobre o respeito às mulheres e as responsabilidades de seus atos. Se não posso conter esse furor sexual, posso orientar para que seja apenas prazer, sem consequências desagradáveis ou mágoas.

Agora meu filho acha que, se o pai da Betina me conhecer, irá se sentir mais confiante para deixa-la ir conosco para Paraty-Mirim no fim de semana. O André possui o otimismo típico dos adolescentes, mas minha intuição e experiência me diziam que, muito pelo contrário, me conhecer só piorará as coisas.

Primeiro porque tenho ciência do preconceito que me cerca tanto em razão da minha profissão quanto pelo meu comportamento libertário. Segundo porque não sou uma pessoa pacienciosa, se o cara falar merda, não vou me calar. Então a probabilidade do caldo entornar e as coisas piorarem é muito grande.

Tenho orgulho de mim e da minha profissão. Desde criança tenho fascinação por carros. Meu avô fazia pequenos reparos nos veículos de casa e dos vizinhos e eu estava sempre ao seu lado. Eu amava aquilo. Na adolescência passei a frequentar feiras de automóveis e a paixão se consolidou.

Foi lá que eu tive um insight. A visão daquelas mulheres embaladas a vácuo, posando ao lado dos carros, me causou bastante desconforto. Por outro lado, fiquei muito indignada de não ser levada a sério quando fazia perguntas técnicas nos estandes. Ali tive certeza do que queria fazer na faculdade: engenharia mecânica.

Todo machista será castigado (REPOSTAGEM)Onde histórias criam vida. Descubra agora