LEIAM AS NOTAS FINAS, POR FAVOR.
Norte de Avallyor, Reino Primavera.
O garoto corria pelas ruas cheias, esbarrando nas ninfas e elfos ali presentes. Não se importava se estava sendo rude, ao esbarrar em alguém e sequer pedir desculpas, ele só precisava correr o mais rápido que conseguisse. Sua vida estava em jogo ali.
- Pare de correr tão rápido César! Vai acabar perdendo seus cabelos! - Ouviu alguém gritar mas apenas ignorou, um sorriso brincando em seus lábios avermelhados.
Os longos cabelos de César eram lisos, voavam quase como um véu negro, a medida que o rapaz corria com toda sua energia para o mais longe possível da feira. O jovem tinha uma beleza invejada até mesmo pelas ninfas do reino, não era por menos. A pele pálida, típica de um vampiro, misturada com traços elficos, herdados de sua mãe e pai, respectivamente, o davam uma beleza surreal, até mesmo para os padrões do reino primavera.
O reino é conhecido, por toda Avallyor, como o reino dos habitantes mais belos e formosos. Meio tosco de se pensar, mas não era uma mentira. Era difícil até mesmo encontrar alguém com uma aparência levemente feia. César não era diferente, como já dito, a pele pálida era uma das suas características mais bonitas, de acordo com os padrões das ninfas, mas o que mais impressionava era seu rosto. O queixo perfeitamente desenhado, nariz, lábios e olhos, todos em harmonia com seu rosto, era tão perfeito que chegava a ser comparado aos bonecos que o Sr. Jean, um elfo já idoso, vendia em sua pequena barraca na feira.
Há! A bendita feira.
Era justamente de lá que o rapaz corria, como se sua vida dependesse disso, e bem, talvez dependesse.
- Onde está Terrin? - Perguntou ofegante, assim que chegou próximo aos muros do portão do castelo, a um guarda.
- O príncipe Terrin está na parte externa do castelo, em seu treinamento de espadas - O guarda respondeu, cruzando os braços e arqueando uma sombrancelha - Você não devia estar lá também, César?
- Eu já estou indo Luthien, não seja um chato - Respondeu assim que se recuperou, passando pelo portão e ouvindo o guarda rir atrás de si.
César era uma figura. Cresceu no castelo junto aos servos e, consequentemente, Terrin. O jovem príncipe que perdeu os pais cedo demais, encontrou no pequeno híbrido bonitinho, um amigo em quem confiar. Sua amizade perpétua até os dias atuais, eram praticamente inseparáveis.
César correu mais uma vez, dando a volta o mais rápido que conseguiu pelo castelo enorme, só parando de correr quando suas pernas pediram arrego e ouviu, de longe, o som das espadas.
- Terrin!! - Gritou animado, assim que avistou o príncipe, que ao ouvir a voz do amigo, se distraiu e quase teve seu braço decepado pelo treinador - Ops...
- O que diabos estava fazendo César? - Terrin bradou, depois de levar um pequeno sermão do treinador, por seu descuido que poderia causar sua vida. - Tem noção do quanto atrasado você está?
- Eu sei, eu sei - Resmungou, revirando os olhos e tirando a capa de couro que cobria seus ombros. - Você não vai acreditar no que aconteceu agora pouco!
- Não me diga que você estava, mais uma vez, espiando o trocador de roupas do alfaiate César. - Terrin soou irritado, mas havia um ar de divertimento em sua face bonita.
Outro pequeno detalhe.
Se César era bonito, Terrin era quase um deus da beleza. Os longos cabelos brancos desciam em leves ondas e tranças por suas costas. A pele, também pálida, o rosto perfeitamente desenhado. Era isso, parecia que havia sido feito a mão, pelo melhor escultor de toda Avallyor. Mas o que mais chamava a atenção eram seus olhos avermelhados. A cor era única em toda Avallyor, uma cor vermelha escura, mas que as vezes se tornava tão clara que chegava a lembrar o interior de morangos maduros, fruta essa que era sua preferida. Terrin era um vampiro. Mais que isso, era um vampiro puro sangue. Seus pais sempre o diziam que seu sangue era preciso demais. Mas diferente dos outros vampiros, Terrin não sentia uma vontade incontrolável de sangue, quando com sede, na verdade, podia muito bem passar semana sem sequer tocar no líquido avermelhado. Seus pais diziam que era por causa do seu sangue puro.
Terrin nunca contestou.
- Você sabe que eu não consigo me controlar... - César sorriu, malicioso.
- Você é um pervertido César. - Terrin gargalhou - Olhando quando as pobres damas experimentam vestidos. - Balançou a cabeça - você não tem jeito mesmo.
- Não só as damas meu caro - César se aproximou da pequena mesa que continha as espadas e armas que poderiam usar no treino, pegou uma espada fina, de dois gumes e a empunhou. - Os rapazes são tão interressantes quanto.
- O que eu faço com você? - Terrin segurou a espada com força, indo em direção ao amigo, já dando a primeira investida com a espada pesada em sua direção
- Quer que eu diga? - César se defendeu, um sorriso malicioso brincando em seus lábios.
- Não seja idiota - Se defendeu de um ataque forte pulando para trás - Me diga o que aconteceu na feira, para ter chegado tão tarde e ainda todo descabelado, onde estão seus modos César?
- Estão em um lugar onde a luz solar não entra, príncipe, só outra coisa - Gargalhou quando Terrin fechou mais uma vez a feição, investindo contra si com força - Eu estava lá, olhando a bundinha de um elfo, ele estava comprando roupas íntimas...
- Pervertido - Terrin riu
- É sério Terry - César disse manhoso - Ele tinha uma bundinha tão bonitinha, dava até gosto de ver.
- Não quero saber desses detalhes César, apenas me diga o que aconteceu - Terrin parou a pequena disputa e se sentou no chão.
- O Sr. Calenn me pegou vendo o elfo... - Foi interrompido por uma gargalhada estrondosa da parte de Terrin, que se jogou no chão e segurou a barriga, rindo da desgraça do amigo. - Ele puxou meus cabelos Terry, desmanchou meu coque e quase me bateu, sorte que eu consegui fugir das mãos daquele ogro feioso. Acredita que ele ameaçou cortar meu brinquedinho ?
- Eu queria tanto ter visto isso Cesar! - Terrin ainda ria, mais ainda agora que olhou para a face emburrada do amigo - Cuide do seu brinquedinho, ou vai acabar ficando sem ele.
- Não seja assim idiota - César desferiu um pequeno soco no estômago do príncipe, sem força alguma - Eu tenho mais uma coisa para te contar.
- O que? - Terrin se sentou curioso, não saia muitas vezes do castelo, sua única fonte de informaçao do que acontecia fora dali era seu amigo - Alguém brigou de novo?
- Não seu fofoqueiro - César sorriu mas logo fechou a feição, lembrando do que havia escutado mais cedo na feira.
- Me diga, não deve ser coisa boa - Terrin sabia ler bem até demais o amigo.
- Eu... - Respirou fundo e tomou coragem - Eu estava passando quando ouvi alguns guardas conversando, eles estavam voltando da patrulha na floresta.
- O que você ouviu ? - O príncipe ficou tenso imediatamente, sabia que não sairia nada bom da boca do amigo, ainda mais se era relacionado a floresta.
- Eles encontraram um corpo Terrin...- César abaixou os olhos, só pra depois levantar e olhar a feição do jovem príncipe, antes de dar a notícia que faria todo o pesadelo que viveram, anos atrás, voltar com força - E pelo que eu entendi...
- Não enrole César, diga de uma vez - Soou irritado, a impaciência borbulando dentro de si
- Os olhos dele não estavam lá Terrin, assim como naquela noite - Sussurrou, temeroso - Eles voltaram.
++++Oi amores *Desviando das pedras*
Me desculpe pela demora, eu sou uma péssima autora, eu sei.
O cap tá curtinho, era mais pra apresentar o meu personagem preferido do livro, nosso querido César eeeee
Dêem muito amor e carinho a ele, okay?
Sentiram a tensão no final desse cap? Pois é.
Eu não vou nem prometer não demorar pq vocês já sabem como eu sou, então esperem pacientemente por mim e Avallyor, por favor.
CAP SEM REVISÃO.
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Welcome the Kingdom of Avallyor
FantasíaUm príncipe que foi levado ao trono rápido demais, obrigado a aprender tudo que precisava sobre como governar um reino com apenas dez anos de idade, Terrin vê sua infância escorrer pelos dedos, as espadas que eram de madeira usadas apenas para brinc...