O paradoxo de Najwa

Capítulo 3

Oie gente, estou muito feliz que vocês estão gostando da história, continuem embarcando nisso junto comigo me motiva muito a escrever. ❤️

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Pov Maggie

É uma manhã de terça-feira quando eu estou decepcionada.

Eu nunca levantei minhas expectativas demais com o medo da queda ser muito dura para lidar, mas a confiança de Najwa fez eu me esquecer tudo sobre isso. Ela é tão segura de si mesma que se mostrou certa de que ela era perfeita para o papel antes mesmo dos testes de tela.

Ela é ainda melhor do que a maioria das outras atrizes, de qualquer maneira. Mas eu estava esperando que ela tivesse algo extra que a diferenciava dos outros. E eu estava tão certa de que ela tinha. O que aconteceu?

"Eu fodi." Eu acidentalmente a ouço dizer ao telefone, depois.

E é uma pena, porque ela fez, de fato.

Eu vou para casa para dar uma olhada em cada atriz que fez o teste para o papel. Vou ter que escolher uma em breve. O tempo é precioso para mim. Eu quero terminar o filme a tempo para todas as cerimônias de premiação. Talvez eu possa conseguir uma nomeação ou duas.

Horas passam e sem eu perceber, é noite e eu ainda não cheguei a qualquer lugar. Tudo o que eu fiz foi eliminar definitivamente as que eu não estava interessada. Eu ainda estou com quatro potenciais atrizes.

E então, minha campainha toca.

Assustada porque eu não estava esperando ninguém, eu me aproximo cautelosamente da porta. Para minha surpresa, a câmera que eu tinha instalado no portão mostra uma Najwa calma, as mãos enfiadas nos bolsos da calça, deslocando seu peso entre os calcanhares e os dedos dos pés.

Meu estômago vibra de forma inesperada. E de repente eu me encontro em pânico. Eu pareço horrível com meu coque bagunçado e meu pijama. Mas eu realmente não tenho tempo para me trocar sem que ela pense que eu não estou em casa ou realmente comece a suspeitar que eu estou tentando me fazer parecer apresentável.

(Por quê eu me importo afinal?)

Respirando fundo, eu abro a porta da frente.

Ela aparece com a cabeça facilmente por cima da cerca, incerto sorriso nos lábios. Sua voz soa rouca e cansada quando ela me cumprimenta de boa noite. Eu abro a porta e a deixo entrar, coração acelerado quando ela beija minha bochecha. Eu percebo o táxi que ela provavelmente disse para esperar por ela.

"Diga a ele para ir." Eu corajosamente digo, apontando para o carro, "eu vou levá-la de volta."

Ela parte os lábios em hesitação, mas eu devo estar muito assertiva, porque ela simplesmente balança a cabeça.

Uma vez lá dentro, ela começa uma pequena conversa, comentando sobre o quão frio é em setembro e eu tiro seu casaco, o pendurando na  porta. Eu a escuto porque eu gosto de sua voz e a forma como ela fala, caso contrário, eu teria dito a ela para ir direto ao ponto - eu tenho certeza de que ela não está aqui para falar sobre o tempo.

"Estou fazendo chá. Gostaria de uma xícara? "Eu pergunto a ela enquanto vou até a cozinha.

"Não, obrigado." Ela diz bem atrás de mim, "Você tem um lugar agradável. Eu definitivamente poderia ter algo como isto para fugir da loucura da cidade. "

"Diga-me sobre isso." Eu murmuro derramando chá quente em uma caneca. O vapor faz com que meus óculos embacem e é apenas por sorte que eu não derramo o líquido quente em mim mesma. Agora seria embaraçoso. Eu continuo, "Eu pensei em me mudar para a cidade, mas eu realmente prefiro os arredores."