O gelo.

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Marina

Havia passado dias, eu tinha mandado várias mensagens para a Diana e ela não me respondia, não entendia o porque de ela estar me ignorando, eu não me lembrava de ter feito nada, apenas tê-la beijado, beijo esse, que ela também havia retribuído, então pensei em ir até a casa dela, assim, ela não poderia fugir.

Mandei uma mensagem para a Juliana, perguntando o endereço da casa dela.

Diana

Eu olhava meu celular e tinha várias mensagens da Marina, mas eu não podia respondê-la naquele momento, apesar de querer muito. Eu estava extremamente confusa, beijar a Marina havia me feito questionar se eu realmente era hétero.

Mais tarde, a Juliana aparece lá em casa e logo pede para ir até o meu quarto. Quando ela chega, ela me olha de uma forma como se estivesse esperando algo:

— Por que está me olhando assim? - Pergunto movendo a sobrancelha sem entender.

— Não tem nada para me contar, não? - Ela pergunta intrigada.

— Nã...não sei do que você está falando - desvio o olhar tentando disfarçar.

— Você acha que eu não vi você beijando a Marina?! - ela fala erguendo levemente a voz.

— Fala baixo!!! - falo imediatamente a interrompendo e olhando para ver se havia alguém.

— Quando pretendia me contar? - ela fala intrigada.

— Eu queria me resolver comigo mesma antes de te envolver nisso - falo fechando a porta.

— Mas eu sou sua melhor amiga, nunca te julgaria, e, sem contar, que eu já sabia a muito tempo - ela fala expressando deboche.

— Co...como assim você já sabia? - falo em um tom de surpresa e movendo a sobrancelha.

— Ah, Diana, eu te observo muito. Eu sabia que você não se interessava apenas por rapazes, você sempre olhava as mulheres também e não fazia a menor questão de tentar disfarcar - ela fala cruzando as pernas.

— Então você acha que eu sou... - falo sem completar.

— Bissexual. E, eu não acho, tenho certeza! - ela afirma fazendo um gesto com a mão.

— Você fala com uma naturalidade... - falo desviando o olhar.

- Por que é natural, Diana, não tem nada de errado, você só gosta dos dois sexos, e, hoje em dia isso é super normal - ela fala calmamente demonstrando naturalidade.

— Sério que você não vai me julgar? - falo olhando para ela e depois desviando olhar.

— Mas é claro que não, amiga, e te digo mais: super shippo você e a Marina - ela fala empolgada.

— Acredito que ela nem quer olhar mais na minha cara - falo num tom triste.

— Porque? - ela pergunta sem entender.

— Estou ignorando ela a dias, pois estava confusa e não queria magoa-la - falo expressando uma certa tristeza.

— Di, eu preciso ir, mas tudo vai se ajeitar você vai ver - Ela fala me abraçando e logo sai.

Juliana

Saí da casa da Diana, pois havia combinado de sair com o Jean e quase tinha me esquecido.

No meio do caminho, meu celular toca, abri e era a Marina:

Chat on

(Marina) - Juliana? Tá aí?

(Juliana) - Oi, Mari

(Marina) - A Diana está me ignorando a dias, quero ir até a casa dela para perguntar o que tá acontecendo, poderia me dar o endereço dela?

(Juliana) - Claro! A casa dela fica na rua Alameda n° 31

(Marina) - Obrigada!

Chat off

Marina

Com o endereço da Diana em mãos, ao fim do meu expediente fui até lá. No caminho tive a sensação de estar sendo seguida mas ignorei e continuei o meu caminho.

Narrador

Enquanto isso, a Carol seguia a Marina, pois, achava que ela estava indo ao encontro da mulher que a Mirian havia dito.

Marina

Quando cheguei, apertei a campainha, a mãe dela me atendeu e eu logo perguntei pela Diana:

— Boa tarde, senhora, a Diana está em casa? - falo calmamente e dando um leve sorriso.

— Está sim querida, quem é você? - ela fala retribuindo o sorriso.

— Sou uma amiga, preciso falar com ela - falo unindo as mãos demonstrando urgência.

— Tudo bem, ela está no quarto, você sobe e é a primeira porta a direita - ela fala sorrindo e indicando como chegar lá.

— Obrigada! - sorrio e entro.

Daí eu subo até o quarto.

Eu a Via Todo Final de TardeOnde histórias criam vida. Descubra agora