A lenda da árvore dos mundos

Capítulo 8- O cachorro branco, vida e morte.

O cachorro branco, vida e morte.

As mulheres sábias, guiadas pelas sensações do mundo oferecidas pela Mãe Natureza caminharam até o leito do velho rio da ponte dos desesperados que agora, era apenas um rio comum a não ser pelo fato de que o rio corria para cima.

O grande cachorro branco farejou até encontrar o homem velho que não queria de forma alguma se envolver naquela história por estar já cansado pelo peso dos anos.Grande para alguns e pequeno para outros, pois para alguns a morte é algo grande e para outros, uma coisa comum pequena, necessária para uma existência melhor.

Com a magia da Mãe Natureza, foram descobertas as brumas do tempo do mundo exterior e o homem velho observou o triste fim que haveria por todos os mundos se não tentassem lutar contra tudo que o homem do mundo exterior criara de ruim para os dois mundos.

Acreditando que poderia contribuir com gerações futuras, se elas existissem o homem se dispôs a ajudar.

Orientado pela Mãe Natureza e guiado pelas Mulheres Sábias, o homem idoso, as Mulheres Sábias e os animais seguiram rumo a esperança de salvarem o mundo subterrâneo, tendo que encontrarem um caminho para solucionar o problema.

Um homem azul e uma velha índia teciam em teares do tempo a história dos mundos subterrâneos.

O tempo contava sua história e a vida narrava tudo sobre quando era uma jovem e atraente mulher do tempo e o que ocorreu quando os homens criaram máquinas para medir as horas, os dias, os meses e os anos... 

Pois foi a partir daí que a vida se tornou corriqueira, passageira, fútil para muitos seres humanos, necessária para tantos mais, suplicante para animais e pessoas que desejavam viver mas estavam sendo oprimidos pela morte prematura de seus sonhos, seus sopros de vida, acorrentados pelas injustiças, pela fome, pela miséria do egoísmo humano. Então a bela mulher que representava a vida começou a ter rugas de desgosto com o homem. Foi a partir dai também que o tempo correu feliz destruindo sonhos, relações de prazer entre pais e filhos, criando momentos de saudade entre pessoas que se gostavam pois sua nova aliada, a morte, ganhou mais velocidade para separar as pessoas e para faze-las perder momentos importantes.