capítulo 7

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Christoffer

Posso dizer que sentir borboletas em meu estômago assim que meus lábios se encontraram com o dela, o que soaria meio brega. A forma que nossas línguas sabiam exatamente como agir uma com a outra continua a mesma, nada mudou, o beijo que me fez apaixonar da primeira vez em que ficamos ainda permanece. Senti uma corrente de energia percorrer por todo meu corpo assim que nós tocamos, é algo único que acontece sempre que estou com ela, e puta merda, que saudades eu estava disso.

"Chris? Chris é você?" 

Ouço uma voz feminina quebrando totalmente o clima bom que estava entre eu e Eva, que se levanta rapidamente interrompendo nosso beijo, e antes mesmo que eu possa dizer algo a mesma já está a passar pela porta de sua casa e a fechando atrás de si. Me levanto ficando frente a frente com quem havia estragado tudo o que eu estava concertando.

- não, não, sou o Chapolin Colorado!

Respondo a mesma e dou um sorriso de ironia. Fazia tempo que não via a mesma, já que é minha meia irmã, depois que meus pais se separaram, meu pai se casou com a mãe dela e ela nunca nem tentou disfarçar ao menos que  era afim de mim.

- engraçadinho como sempre, não sabia que estava morando por aqui, por que não me avisou?... Não vai nem me convidar para entrar?

Diz Kate impaciente.

- mudei faz três dias, não sabia que tinha que te avisar

Falo enquanto caminho até a porta, abrindo a para que a mesma pudesse passar.

- uauu! Que casa é essa em Chris 

Reviro os olhos com o que ela diz mas sou obrigado a concordar, tenho um ótimo gosto para decoração e roupas é claro. Após fechar a porta me sento no sofá enquanto a enxerida fica olhando e tocando cada canto da casa. Aproveito para mandar uma mensagem para Eva.

{Não é o que você está pensando, podemos continuar nossa conversa mais tarde?}

Acabo não recebendo outra mensagem como resposta e a chata da minha meia irmã está sentada em minha frente agora.

- então Chris, quem era aquela ruiva sem graça ?

Kate pergunta assim que tem a primeira oportunidade.

- ela não é sem graça e também não é da sua conta, aliás seu novo pai deve estar esperando você chegar em casa, não é mesmo ?

Retruco com a mínima paciência possível, Eva deve me odiar mais ainda por causa de um mal entendido, que não é culpa minha, não dessa vez.

- não gostei de te ver com ela, você deveria dar uma chance a nos dois... Você sabe que eu sim te faria feliz 

Sinto meu estômago revirar e a mesma se aproxima se sentando em meu colo, levando as mãos até meu rosto o segurando em seus pequenos dedos.

- Kate..

Digo em forma de aviso a mesma que não se move, meu pai já havia me avisado para me manter longe dela já que somos meio irmãos, sempre fiz a minha parte, já ela não pode dizer o mesmo.

- assume que você também me quer...

Ela sussurra com os lábios contra os meus, fazendo me arrepiar com o ar quente que saia de sua boca, e sem pensar duas vezes a mesma inicia um beijo ao qual não retribuo, sua língua insistia em entrar em contato com a minha, até que ela se afasta.

- você é um cretino Christoffer

Ela diz com o tom de voz elevado e caminha até a porta a batendo com força atrás de si.

- garota doida, surtada

Suspiro aliviado e pego celular para ver se havia qualquer vestígio de mensagem da Eva, mas até então nada. Decido por fim ir falar com a mesma pessoalmente. Lá estou eu batendo em sua porta minutos depois, quase desistindo por fim.

- o que você quer?

Ela pergunta assim que abre a porta.

- você não viu minha mensagem? Foi um mal entendido, não é o que você está pensando, aquela é a Kate, minha meia irmã.

Justifico para a mesma que fica meio pensativa com o que digo.

- estou falando sério!

Acrescento e a mesma fica com uma aparência mais harmoniosa, deixando de lado a cara fechada que estava a minutos atrás.

- não foi o que pareceu, principalmente pela cara que aquela garota me olhou, como se eu tivesse tomando o brinquedinho dela no jardim de infância

Eva retruca enquanto se escora no batente da porta e me olha esperando uma resposta.

- ela é meio obcecada por mim, mas nada com que você deva se preocupar, nunca ficaria nem teria nada com ela, ainda mais por ser da minha família agora.

Suspiro assim que termino de falar.

- sei...

Ela diz e aproveito para perguntar sobre nos, indo direto ao ponto.

- mas enfim, você me perdoa? Podemos pelo menos tentar, sei lá, tipo... na..namorados? Só preciso que você confie em mim.

Pergunto ansioso, e enquanto ela não me responde sinto um frio subir por toda minha espinha me fazendo arrepiar em seguida, já ouvi tantos não vindo da mesma, mas dessa vez é diferente, se ela me disser não, não sei o que será de mim, já que ela é a minha única esperança.

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