Festa

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Jeongyeon estava sozinha há um tempo, perdida no meio da festa como sempre ficava. Tinha algo especialmente interessante em, muito louca, observar as outras pessoas bêbadas em festas universitárias. Os futuros pacientes, clientes ou o que fosse dos alunos que estavam naquele ambiente não gostariam de saber o nível de baixaria que eles eram capazes de atingir. Esse pensamento a divertia, por alguma razão.

Foi então que começou a observar Momo beijando alguma outra garota na parede, quase ao lado dela. Apesar de inesperado não tinha como dizer que não era uma cena boa de se ver. A garota japonesa suada, com o cabelo meio bagunçado, com uma cara absurda de tesão por sabe-se lá quem ali...tentação era uma boa palavra para o que era aquela mulher em sua vida.

Ela não conseguia se controlar, ver pessoas se pegando era uma das coisas que mais a excitava na vida. Nayeon, em especial. Mais excitante que ver essa garota pegando outra pessoa morrendo de tesão por ela, era vê-la sempre voltando para ela depois.

Quando ela notou que tinha esse kink ela tentou de todas as formas fingir que isso não era real e ignorar esses pensamentos, até porque ela não ia ficar olhando pra pessoas aleatoriamente por aí, isso poderia ser bem desconfortável para elas, mas depois que conheceu Nayeon não pôde mais fugir. Essa mulher era exibicionista por natureza e não demorou para perceber que isso mexia com Jeongyeon. Infelizmente ela lia muito bem suas expressões, era difícil esconder algo dela - especialmente seus desejos.

Se fosse só isso estava tudo bem, mas não. Tinha que ter mais. Nayeon definitivamente era uma das pessoas mais inteligentes da turma inteira. Apresentava seminários como se fosse a coisa mais fácil do mundo, discutia casos como se já os conhecesse a séculos e sempre parecia saber tudo que a Nature publicava de importante. Tudo que ela fazia parecia fácil. Era tudo muito natural, muito espontâneo.

Era isso que ela tinha de tão intrigante, na verdade. Ela era muito natural, muito livre. Jeongyeon, em compensação, daria tudo para se encaixar sempre nos ambientes que frequentava e detestava ser o centro das atenções, mesmo quando isso acontecia por um bom motivo. Sentia que sempre precisava pensar muito para agir.

Eram uma definição humana do conceito matemático de opostos complementares - e assim a vida dessas duas tem sido nos últimos 3 anos. O encaixe daquele relacionamento era único, tanto que sempre fizeram questão de não dar nome a ele. Não era uma amizade colorida, haviam sentimentos envolvidos, mas também não gostavam do termo "relacionamento aberto", porque não era a realidade delas todo o tempo. Elas basicamente faziam o que dava na telha quando tinham vontade e se entendiam bem assim.

Jeongyeon já estava ali parada ao lado do bar há um bom tempo, e só foi tirada da profundeza de seus pensamentos ao sentir duas mãos familiares agarrarem sua cintura a puxarem para trás, enquanto um corpo que estava claramente dançando a música pesada do ambiente roçava em suas costas.

- Não vai dançar, meu amor? - Nayeon perguntou com a boca bem próxima ao seu ouvido.

Sim, elas tinham apelidos carinhosos. Não, ninguém sabia disso. E não, ninguém nunca ficará sabendo.

- Com você fazendo isso não tem como negar.

- Vamos lá.

Nayeon agora estava só de top curto e um shorts apertado, o que ressaltava suas curvar que tanto adorava sentir, a puxou e elas foram dançar.

- O que aconteceu com a sua roupa? - Jeongyeon grita no ouvido da outra garota, para ela conseguir ouvir.

- Fiquei com medo de sujar a minha blusa e guardei.

- Você é esperta.

As duas estavam se divertindo meio bêbadas dançando músicas que certamente eram proibidas para menores de idade, mas a verdade é que Jeongyeon não conseguia prestar atenção mais nada além do belo corpo de Nayeon meio exposto dançando tão animado. Inferno de mulher. Mesmo depois de tanto tempo, certas coisas não perdiam a graça.

One, two, three - 2yeon + MomoOnde histórias criam vida. Descubra agora