Fora da vista de Luck, Bonnie se permitiu chorar. Ela estava em pânico. O amor que sentia por ele fora esmagado ainda dentro do seu peito. Não restou nada, Agora o ódio dela e maciço e palpável.
MARY: senhorita. - chamou entrando no quarto de hóspedes, que até então pertencia a Bonnie. - o Luck mandou te trazer essas roupas. - 20 funcionários repletos de sacolas cheias de roupa entram no quarto. Marcas como Prada, chanel e gucci estampam as sacolas. - a senhorita precisa se arrumar, ele vai te levar pra casa. - os olhos de Bonnie pela primeira vez voltam a brilhar.
BONNIE: pra casa? - levantou radiante.
MARY: desculpe senhorita.- lamenta.- Mas é apenas para anunciar o noivado. - o sorriso de Bonnie morreu. Dizer aquilo para seu pai era afirmar que aquela loucura realmente ia acontecer.
BONNIE: eu já vou - balbuciou Entrando no enorme banheiro que tinha no quarto.
Bonnie estava em desvantagem, ela estava na casa dele, nas mãos dele. E pelo que ela sabia ele não tinha família pra ela ameaçar, assim como ele fez com ela. Também não tinha força bruta. Ou seja: é uma situação complicada. Mas ela tinha algo que ele não resistiria, sua beleza. E ela usaria isso como arma.
Se tem uma coisa que Bonnie sabe fazer e se comportar como o diabo.
Apenas para irritá-lo tomou um longo banho e colocou o melhor vestido que ele havia comprado. É claro que teria que ser preto, ela estava de luto. Para o cabelo fez um coque trançado. Como ele não havia comprado joias, usou o mesmo brinco de diamantes que estava usando quando ele a levou. Dentro das sacolas ela notou que havia maquiagens, usou uma bem marcada. Bom, estava linda...
LUCK: Mary, eu juro por Deus que se ela não sair daquele quarto eu vou quebrar aquela porta e tirar ela a força.... - ameaçou andando de um lado para outro. - já fazem três malditas horas! Ela tá me fazendo de idiota. - quando ele deixou o escritório sobre protesto de Mary ele a viu no corredor. Estava estonteante! Mas ele não iria admitir é claro.
BONNIE: ora, amor, parece irritado. - continuou andando. Cada vez mais perto. Parando em uma distância perigosa, julgando pelo estado de Luck. - sabe, agora que somos quase noivos.... Pode me contar o que te chateia. - fala se fazendo.
LUCK: não brinca comigo Bonnie.- avisou. - como eu já disse, você não quer me ver com raiva! - lembrou.
BONNIE: ficar nervoso causa rugas... - fala como se fosse médica, tocando na ruguinha que ele tinha entre as sobrancelhas. Sinal que ele estava furioso. - eu posso te preparar um chá se quiser? Só não garanto que não terá veneno pra rato. - alfineta. Em um piscar de olhos Bonnie foi arremessada contra a parede. Ela olhou pra ele incrédula, mas este já vinha em sua direção. Ela estava com medo mas se manteve intacta.
LUCK: eu te avisei- finge lamentar.- mas você não cansa de me deixar louco Bonnie. Não sei me controlar perto de você.- admite segurando o maxilar dela com certa violência. Estava machucando, mas ela não ia dizer. - eu quero te matar e te foder a cada minuto. - ela o encara. Os olhos dele estavam em um verde inebriante. Ele estava excitado.
BONNIE: e eu quero que você me largue! - ela também estava ficando excitada, e isso estava deixando-a irritada.
LUCK: me diz que não quer que eu te foda? - ela arfa. - eu posso jurar que você está toda molhada. Prontinha pra mim. - a voz dele ao pé de seu ouvido estava deixando ela zonza.
BONNIE: saí... - praticamente implora. Ela não ia aguentar por muito tempo. - eu tenho nojo de você. - tenta.
LUCK: se tivesse mesmo, teria saído antes. Eu não estou te segurando Bonnie. - só então a garota percebeu que realmente ela não estava presa. Luck estava perto, demais pra sanidade dela. Mas, de fato, ela não estava presa. Quando se deu por si praticamente correu pra longe dele, que ria deliciado.
BONNIE: você é o maior filho da puta que já conheci! - acusa. Ela estava vermelha de vergonha.
LUCK: posso fazer uma pergunta? - ele não estava perguntando. - você estava quase gozando só com a minha voz? - Bonnie disparou pra cima dele com vários tapas e ele riu mais ainda.
[···]
Depois de encher Luck de bofetadas, eles, antes de partirem para a cada de Carl. Assinaram várias cláusulas do contrato, que tinham como acordo que se Bonnie pedisse o divórcio, o pai dela e o irmão estariam mortos e se Luck pedisse o divórcio, a máfia dele passaria para Bonnie. Também tinham como acordo que não podiam matar um ao outro, nem ser infiel. Bonnie fez questão de ler cada cláusula. E Luck apenas assinou, sendo ele quem as escreveu. Não havia nada de absurdo ali, a não ser o fato de que toda vez que Bonnie sair do prédio um dos homens dele iria atrás dela. Ela protestou. Mas, isso não estava em questão. Por fim ela assinou todos os papeis e eles partiram para a casa do pai dela. Este por sua vez, já estava louco atrás dela.
BONNIE: papai. - o chamou em um lamento que só ela sentia.- desculpe por deixar o senhor preocupado...- corre para abraçá-lo.
CARL: minha Bo. - a aperta em seus braços. - Onde você estava filha? Eu estava desesperado! - olha cada centímetro do rosto da filha para ver se não tem nenhum arranhão.
BONNIE: desculpa, papai. - deposita um beijo em sua testa. - eu estava na casa de um namorado.- mente deslavada.
CARL: namorado? Desde quando você tem uma namorado? - pela primeira vez Carl nota a presença de Luck. Ele empalidece. - chamem os seguranças. - da ordem a um dos homens que estava de guarda na porta. - o que faz aqui maldito? - ele coloca Bonnie instintivamente atrás de seu corpo, em uma tentativa de protegê-la.
LUCK: bom, eu vou ignorar essa ofensa. Hoje é um dia muito comemorativo pra isso Carl. - debocha. - diga pra ele Bonnie. - incentiva.
CARL: me dizer o que Bonnie?- a atenção de Carl voltou pra filha que estava branca feito a morte.
BONNIE: eu vou me casar com ele papai. - seu coração doía ao dizer aquilo. Mas nada foi pior do que a expressão que seu pai lhe deu. Ele por sua vez pareceu ter levado uma pedrada na cabeça. Luck estava deliciado com a cena.
CARL: você ficou louca? - a voz dele estava carregada de incredulidade e decepção. "Logo a sua filhinha lhe dando um golpe tão duro". Bonnie quis dizer que aquilo tudo era por ele. Mas não pôde. - você não vai se casar com ele! - impôs.
BONNIE: vou sim, papai.- sua boca amargava em dizer aquilo.
LUCK: vamos nos casar amanhã. - sua voz e carregada de maldade.- Bonnie gostaria que viesse contemplar nossa felicidade. - alfinetou segurando o riso. - viemos te convidar!
Era uma vida difícil aquela. Mas sempre dá pra piorar.
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CORAÇÕES EM GUERRA
Romantik_ O Amor Pode Surgir mesmo com tanto ódio? _ O Amor e forte o suficiente para perdoar o passado? Venha Descobrir....