CORAÇÕES EM GUERRA

10

Ella Stanford.

       Depois de dançar duas músicas e beber 3 drinks, Ella se via tonta e com os pés doloridos. Não era nada fácil caminhar com seu louboutin, imagina dançar. Ela estava exausta! Suas impressões sobre Ash, mudaram um pouco na última hora. Até que estava sendo fácil ajudar seu irmão. " meu deus, ele é bonito pra caramba!". Foi o que ela pensou. Bom, ninguém pode negar.

ELLA :eu realmente preciso me sentar. - ela fala olhando em volta tentando encontar algo sentável. Não achou. - você me deixou exausta! - acusou.

ASH: você não viu nada. Eu posso te deixar muito mais exausta. E ainda posso me oferecer de acento pra você. - ela faz uma careta com a insinuação que ele fez fazendo ele rir.

ELLA: cretino! - ela da uma bolsada no peito dele. - a proposta e realmente boa, não vou negar. Mas vou ter que passar. Não transo no primeiro encontro. - ela ignora as pessoas ali e tira os saltos soltando um suspiro de alivio.

ASH: OK, vou começar a providenciar os próximos... - ele para de caminhar olhando a menina que agora parecia mais pálida que o normal. - você está bem?

ELLA: minha bombinha. Asma, e-eu. - ela buscava o ar, que parecia fugir dos seus pulmões. Luck a essa altura parecia ter um ataque cardíaco. Se sentia impotente, ali sem poder fazer nada.

      Sem dizer mas nada, Ash, pegou a menina no colo e correu para o quarto, o que demorou. Maldita casa enorme. Ao chegar abriu a porta com um chute, e em um minuto já voltava do closet com uma bombinha na mão. Deus o abençoe! Ela já estava roxa.

ASH: pronto. Vai ficar tudo bem. Respira. - a cabeça de Ella, estava uma enorme confusão. O inimigo do seu irmão a tinha salvo? Ela não poderia mais enganar ele. Simplesmente não podia, agora lhe devia a vida. Ela não confiava nele, mas também não ia espioná-lo.

ELLA: obrigada. - sua voz ainda estava baixa, mas ali havia uma gratidão palpável.

ASH: eu tinha asma quando era pequeno. Por isso sempre guardo uma dessas comigo.- ele sacode a bombinha em sua mão. - se você quiser, pode passar a noite aqui. - a menina olha ao redor vendo um quarto cinza grafite, perfeitamente organizado com uma porta francesa de frente da cama e duas portas na esquerda que presume ser closet e banheiro. Era tudo muito masculino e bonito. A percepção dela veio como uma flecha que a atingiu em cheio. " Cristo! Eu estou na cama dele". Ela levantou em um salto e não notou que os pés se enroscaram no lençol de linho cinza. Ia levar um baita tombo mas ele a segurou. Estavam tão colados que pareciam se fundir. Apenas as respirações ofegantes dos dois se ouvia. A luz do quarto estava apagada. Na presa de lhe dar a bombinha Ash, havia esquecido de ligar. Apesar de não se ver nada direito a iluminação estava agradável, de modo que a luz dos prédios e da lua entravam pela porta francesa.

ELLA: é a segunda vez que me salva.- seus olhos que não desgrudaram dos dele. Estava ainda mas azuis, algo que acontecia quando ela estava excitada. - acho que merece isto...- ela se a próxima ainda mais e sela os lábios dele, que parecia ter urgência em fazer aquilo. Não era segredo que passaram a noite toda ansiando isso. O beijo parecia ter presa, urgência. A língua dos dois dançavam em ritmo que só eles conheciam. A boca dos dois pareciam ter sido feitas para estarem juntas. A falta do ar, os separou.

ASH: você é a garota mais incrível que já conheci. - ela ri, fazendo uma pequena reverência. Luck, por sua vez, parecia ter levado uma pedrada na cabeça. Derek, que ouvia tudo na limousine, queria entrar lá e pegar o que era dele de volta.

Salvem-se quem puder.

Ella: eu preciso ir. Está tão tarde, eu perdi a hora.- a janela mostra o clarear do dia. Fazendo ela se lembrar de Derek, ele estaria esperando lá fora.

ASH: vou levar você. - "merda" . ela não podia negar, para que ele não desconfiasse, mas não podia deixar Derek esperando. - vou buscar o carro.

ELLA:NÃO! digo, eu decidi ficar. Quer dizer, Se não for incomodar.-  ela não queria ficar, mas sabia que Derek tinha ouvido seu beijo com ele. E céus,  Derek é tão imprudente que ela não podia arriscar.

ASH: pode ficar aqui no meu quarto. Vou dormi no de hospedes. - ele vai ao closet pegando uma toalha, uma camiseta preta e uma cueca cinza. - vista isso.- lhe entrega as roupas. -  Amanhã cedo eu te levo embora. Boa noite Ella.- ele deposita um beijo na testa dela que sem perceber segurava a mão dele impedindo-o de sair.

ELLA: obrigada. Por tudo. Boa noite!- ele sorri deixando ela sozinha. Ali, no quarto do inimigo de sua familia, inimigo esse que ela acabou de beijar. Era uma vida estranha aquela.

[···]

      Ela tomou um longo banho de chuveiro, escovou os dentes com os dedos mesmo, e foi dormir. Estava totalmente exausta. E sabia que amanhã teria que lidar com inúmeros problemas, precisava aproveitar sua paz. Ela não queria admitir, mas as roupas de Ash, com o cheiro dele estavam dando um conforto tão grande a ela que mau se deitou na cama e já adormeceu. Totalmente alheia de tudo.

Ella foi a festa, com o intuito de fazer Ash se apaixonar por ela. Só que o tiro saiu pela culatra.