Trechos de Camille

ASPEN NA FRIENDZONE 1

Camille sorriu, se despediu e saiu pelos fundos da cozinha. 

Ainda era de manhã, o Sol estava mais forte do que há algumas horas, sentia a pele arder muito pouco. Um forte vento soprava naquele lado so Palácio, vinha em sua direção, fazendo com que seus cabelos voassem sobre seus ombros e com que sentisse um leve arrepio na nuca. 

"Que tempo doido", pensou olhando para frente, quando seu lenço que usava no pescoço voou para longe.Apressada, levou as mãos ao pescoço e virou para a direita. 

-Meu len...Aspen! 

Camille sorriu quando ao virar-se, viu seu amigo segurando seu lenço nas mãos.

O rapaz sorria com o canto dos lábios. Os cabelos grandes de Camille pareciam flutuar atrás de si. Ela estava usando eles soltos naquele dia, o que só a deixava ainda mais linda. Aspen poderia admira-la por horas, era uma verdadeira obra de arte humana. 

 -Oi, querido amigo! 

Ele estava hipnotizado, tanto que nem percebeu quando a Princesa se aproximou dele.

 -Alteza! 

O plebeu fez uma reverência e Camille gargalhou no mesmo instante, fazendo com que Aspen fizesse o mesmo. 

-Bobo! -Camille deu um leve tapinha em seu ombro -É... 

-Camille. Eu sei. -Sorriu e desviou o olhar para o lenço que continuava em suas mãos. -Posso?

A Princesa franziu a testa, mas depois sorriu quando também olhou para o lenço. 

 -Pode. 

Com cuidado, Aspen passou o lenço pelo pescoço da amiga e o amarrou. Sua pele era quente e lisa. Estremeceu. Nunca esteve tão próximo assim da Princesa. De sua amada. Fez um nó desviando o olhar rapidamente para fita-la. Camille era um anjo, parecia e agia como um. Tinha coragem, senso de justiça, carregava consigo suas verdades, além de ser extremamente gentíl e humana. Quem mais trataria um plebeu como amigo?

Aspen era mesmo um alguém especial. Camille sorriu quando sentiu os olhos do rapaz sob ela e decidiu fita-lo também. Ele era bom, seria feliz na Croácia. Ela precisaria de um amigo por lá, já que não tinha nenhum. 

 -Obrigada, meu amigo. 

Aspen sorriu e se afastou. Amigo. Era só isso que seriam, o coração de Camille já pertencia à outro. Um mulherengo que não a merecia. Sentiu a garganta secar ao pensar em Victor. Não gostava daquele Príncipe sem noção. Se ele quebrasse o coração de Camille, quebraria a cara dele. Sem perceber, fechou as mãos perto do corpo como se estivesse pronto para soca-lo. 

-Disponha, minha amiga. 

Sorriu e voltou a olhar a razão de sua felicidade. A pessoa que mais merecia ser feliz no mundo.