Capítulo 2

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O telefone dela tocou, era uma agente policial, dizendo que havia encontrado o carro dele na BR-101, capotado e completamente quebrado, com ele desacordado.
Naquele momento o chão dela desabou... "Aonde ele está agora?" Ela disse desesperada.
Pegou o endereço que ficava há 2h de sua casa e saiu, ela ainda não acreditava no que tinha acabado de acontecer.
No carro, chorando, ligou para a mãe e a avisou do ocorrido, "Estou indo para o hospital, preciso ver ele agora!" e desligou em um surto. Enquanto dirigia, lembrava de tudo que viveu com ele e de tudo que sonhavam juntos. As flores, as estrelas, a brisa, tudo que em 6 meses eles puderam experimentar. Havia se passado 1 mês do encontro no parque e tudo que ela queria era voltar àquele momento.
Chegou ao hospital desesperada e ao dar o nome dele soube que já esperavam por ela, ainda tinha esperanças de notícias razoáveis, mas infelizmente não foi o que aconteceu.
"A batida foi muito forte. Por  mais que tentemos reanimá-lo, ele já não reage mais aos estímulos..."
Ela queria vê-lo, precisava vê-lo!
Ao chegar no quarto, estavam desligando o restante dos aparelhos que tentaram reanimar o amado de Aurora. Ela correu e deitou em seu peito. Não sentia mais sua respiração, nem seu peito saltando ao som de seu coração forte. Olhou seu rosto ainda sujo de sangue e desejou ver seu brilho pela última vez. Passou a mão no rosto dele e chorando disse: “Minha estrela!”
Nessa hora, as enfermeiras que precisavam terminar o trabalho delas com o corpo, tiraram ela do quarto.
A partir daí a sua vida perdeu o sentido, o vazio era tão grande que ela temeu nunca mais se livrar dele.
Ela só queria ouvir a voz dele pela última vez, a dizendo para olhar para as estrelas.

Minha estrelaOnde histórias criam vida. Descubra agora