Memórias que realmente valeram.

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Aquele dia foi realmente atarefado. Eu tinha aula durante toda a manhã e ainda voltaria a noite para mais duas aulas, as mesmas que eu tinha perdido enquanto estava doente.

Alguns dos meus professores, principalmente aqueles que ensinavam somente na minha Universidade, se reuniam em uma aula especial para quem as perderam por diversos motivos, entre eles a enfermidade. Felizmente, aquela faculdade pregava realmente para o aprendizado dos alunos e buscava as melhores maneiras para que nenhum deles perdesse conteúdo.

Naquela exata manhã, enquanto eu comia na cantina entre um dos intervalos, eu vi Zon outra vez. Como já citado, ainda que me doesse, eu realmente me senti melhor em vê-lo e saber que tudo parecia bem pra ele. No meu ponto de vista, seria melhor do que simplesmente passar dias sem nem saber se ele estava saudável.

E eu não posso esquecer sobre Tutor. Aquele garoto, sendo um bom amigo, conversava com Zon as vezes e me dizia, em poucas palavras, como ele estava. Era incrível como ele me contava mesmo sem eu ter pedido.

Enquanto eu olhava distraidamente para um lugar qualquer, eu o vi passando pelo fundo outra vez. Mas, diferente do outro dia, Zon não parecia tão longe.

Eu realmente poderia admirar por alguns segundos cada pequena parte daquele garoto. Aquele que tanto me fazia falta.

E foi então, enquanto eu estava hipnotizado, que eu simplesmente vi o que verdadeiramente me deixou triste e realmente melancólico outra vez.

Aquela pulseira que eu lhe dei. Ela simplesmente não estava mais circulando o seu pulso.

E mesmo que aquilo tivesse apenas sido útil durante o concurso, para mim, de certa forma, é importante. Foi como um primeiro presente que eu lhe dei.

Eu não pude evitar de olhar para baixo. Encarei os meus próprios pés até que a vontade de desabar passasse.

Profundamente não queria acreditar que Zon pudesse simplesmente a ter descartado.

E o que mais me destruía era não saber o que fiz.

Não saber porque eu precisava tanto me manter longe.

"Nong Saifah?" Eu saí do meu transe o mais rápido possível quando ouvi aquela tal voz conhecida e me virei para observar aquela moça um pouco mais velha. Ela era uma das melhores Seniors que eu tinha, ela sempre ajudava todos os mais novos.

"Sawadee Phi!" Eu me levantei rapidamente, fingindo de imediato que não estava quase chorando e a cumprimentei com as mãos juntas.

"O que você está fazendo aqui sozinho? Eu sempre te olho de longe com alguns amigos..."

"Oh sim! Eu tenho aulas em salas diferentes das deles hoje, o meu horário de intervalo é desigual também..." Eu a respondi enquanto a via sentar no mesmo banco eu que eu estava. Nós conversamos durante um tempo considerável.

Aquilo de alguma forma realmente me fez esquecer sobre Zon por uns minutos. Mas eu costumei acreditar durante um tempo que aquela Senior apenas não citou palavras chaves e que por isso eu não tive lembrança alguma.

Mais tarde, eu me despedi de alguns dos garotos que haviam chegado a cantina e apenas caminhei de volta aquele lugar.

Sala de instrumentos.

E o que eu me lembro sobre esse exato tempo ainda me parece uma boa memória. Eu me recordo dela com muito carinho, mesmo que não tenha sido algo tão grande.

Eu entrei naquele espaço em passos lentos e rapidamente me acomodei naquele sofá azul. Deslizei a minha mão suavemente para acomodar nos meus dedos um violão que estava ali próximo.

E foi exatamente desse jeito que eu comecei a tocar alguns acordes aleatórios, lembrando de uma canção especial. E claro, eu lembrei daquele garoto.

Eu não poderia fazer diferente.

Aquele lugar era mais do que único para mim e Zon.

Era basicamente ali que tudo começou.

As aulas de violão, o jeito como ele me deu um sorrisinho ao me ouvir cantar, todas as vezes que nós fugíamos para aquela sala para ficarmos juntos sem julgamento...Nós nos aproximamos bem ali.

E, completamente o oposto de todas as outras vezes, eu comecei a sorrir como nunca lembrando de cada um daqueles momentos.

Eu me senti realmente feliz por ter passado por tudo.

Por ter conhecido aquele garoto.

E por algum tinha o ter feito confiar em mim como eu tanto desejava no início.



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