Capítulo 118

936 67 1
                                    

Fernando: Bebezinha, você está branca. O que houve? Vomitou mesmo?

Maiara: Estranho amor. Eu nunca enjoei em passeios de barco. A gente sempre vai pescar com o pai e nunca aconteceu isso. Mas deve ser o balanço e a bebida que não deu muito certo.

Pensamento da Maiara
Ah Deus, se não tivesse apenas dois dias sem o diu e já ia me alegrar, mas dois dias é muito pouco e é só enjôo mesmo.

E ela é tirada dos seus pensamentos por um Fernando preocupado e cheio de carinho. Afinal, ele sabia que a Nádia, vulgo cobra da escola, estava ali e tinha visto os dois juntos, e pra ela aprontar uma com ele era daqui prali. E a Maiara passando mal de novo não podia ser normal.

Fernando: Amor, eu vou pedir ao Paloni pra chamar o táxi marítimo pra nós e a gente volta. Ele nem precisa sair daqui, a gente vai só nós. Vamos amor...

Maiara: Não Feh, vai passar. As vezes o Paloni tem remédio pra enjôo aí, vê com ele lá em cima por favor.

Fernando: Tá. Eu vou lá perguntar a ele e já volto.
Fernando sobe e é fuzilado pelo olhar de Nádia, mas ela não fala nada, apenas o olha, com desejo.
Fernando: Paloni, tem algum remédio pra enjôo aí cara. A Maiara tá enjoada lá em baixo mas não quer ir pra casa.

Paloni: Acho que tem sim amigo. A Maria Clara sempre deixa. Vou lá ver, só um minuto.
Quando de repente Nádia se levanta e fala.

Nádia: Eu tenho remédio de enjôo aqui. Eu levo lá pra ela Fernando.
Ele sabia que ela ia falar algo, mas não queria ser rude na frente das pessoas e aceita que Nádia leve o remédio.

Fernando: Tá bom. Obrigada Nádia.
Eles descem e Maiara se assusta vendo a cobra descer junto com Fernando, mas não fala nada.

Maiara: Oi Nádia, quanto tempo. Não sabia que estava morando por aqui. Como anda a vida, as coisas depois que saiu de Goiânia?

Nádia: Pois é. Depois que casei com Jorge eu vim com ele pra cá. O negócio de vinhos da família dele cresceu muito e ele precisou se mudar pra cá com os pais e os irmãos. Mas e você, ainda continua a mesma menina sonhadora da escola? Cantando com sua irmã mas festinhas e botecos da vida?

Maiara: Não. Graças a Deus e ao nosso trabalho estamos estouradas no Goiás e nosso trabalho já está chegando em SP. Fizemos alguns shows lá que foram sucessos demais. O Fernando até participou de um neh amor. Tocou a música que ele fez pra gente e contou prós fãs que a gente estava namorando na época. Você conhece o Fernando de Nádia, gosta de fazer graça.

Nádia: Pois é. Conheço sim. Mas aqui, toma o remédio que eu vou subir. Já o Jorge vem atrás de mim aqui. Toma com bastante água e se cuida tá Maiara. Não vai deixar o Fernando viúvo tão cedo.

Maiara: Fica tranquila que eu tô bem viva. Viva até demais, se é que você me entende. Amor, pega mais água pra mim que hoje eu tô igual a dipirona pra algumas pessoas aqui, neh Nádia.

Nádia: Como assim Maiara, igual a dipirona?

Maiara: Ou me engole ou continua passando mal. Da aqui amor a água e cuida aqui da sua noiva que a Nádia está indo cuidar do marido dela, né Nádia. Beijo amiga. E vê se não some tá. Quando tiver show nosso por aqui eu te mando uma cortesia pra ir com o Jorge.

Nádia: Pode deixar que a gente vai sim. Vai ser um prazer ver o sucesso de vocês. Vocês merecem demais.

Pensamento da Nádia

Garota insolente, acha que porque fisgou o Fernando pode ficar humilhando a gente. Eu sei que o Jorge era o fã número 1 dela e da irmã na escola, mas quem casou com ele fui eu. E o que ela quer também, conseguiu agarrar o sonho de consumo de nove entre dez meninas da escola e tá aí, tirando onda. Mas Fernandinho nunca foi homem de uma mulher só. Quando a gente ficava ele também ficava com a Carla. Ele sempre tem uma reserva. Ela vai se ferrar achando que está arrasando. Só vai ser a próxima...

Fernando: Gostei dessa heim bebê. Ou me engole ou continua passando mal. E ela vai continuar passando mal, porque aquela ali não vai te engolir nunca. Ela não admite que o marido feio dela era seu fã na escola, e você ainda oferece entrada pro seu show. Maiara Carla, você é pior que ela.
Fernando fala rindo e com uma cara de deboche horrível.

Maiara: Amor, com cobra a gente tem que ser assim. Ou você acha que ela veio aqui trazer o remédio a toa? Ela veio pra querer falar alguma coisa. Tentou falar logo da minha música e já se arrasou, porque agora eu faço questão do Jorginho num show nosso aqui no sul, que se Deus quiser não vai demorar. E você acha que ele deixaria de vir?

Fernando: Nunca. Mais fácil eu deixar de vir que o Jorginho.

Maiara: E o senhor que ouse a não vir num show meu aqui Fernando Zor, e aparecer lindo no palco do meu lado tocando casal perfeito e dizendo que fez pra gente. Eu ainda sonho com o dia que vou colocar essas loira aguada daqui todas no devido lugar delas. Ah se vou Fernando. Ou eu não me chamo Maiara Carla Henrique Pereira.

Menina de 30 (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora