Lost At Sea

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— O gosto salgado da água onde eu só parecia afundar daquele gigante imenso mar era tudo que eu conseguia sentir, enquanto lutava para retornar a superfície e conseguir respirar, e quando eu finalmente consigo meus pulmões se enchem de ar imediatamente, sentindo todo o gosto da água novamente na minha boca depois de tentar respirar. Toda a escuridão do mar, as fortes ondas e a chuva embaçavam minha visão, que tentava procurar algo em que eu pudesse me segurar. — MÃE, PAI. — São as primeiras coisas que eu consigo a balbuciar achando que tivesse saído como um grito ao ver o nome Claire Del Luna afundando no mar, quase tão rápido como eu estava anteriormente, mas tão devagar para que eu pudesse ver todo o sofrimento do nosso pequeno barco sendo levado para baixo.

Eu batia minhas pernas o máximo que conseguia apesar do grande cansaço que parecia que iria fazer meu corpo afundar a qualquer momento; meus braços doíam como se eu tivesse nadado cinco maratonas seguidas de natação

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Eu batia minhas pernas o máximo que conseguia apesar do grande cansaço que parecia que iria fazer meu corpo afundar a qualquer momento; meus braços doíam como se eu tivesse nadado cinco maratonas seguidas de natação. Eu não sabia onde estava ou como tinha chegado ali, a tempestade pesada e as fortes ondas não me deixavam pensar já que eu precisava me concentrar em não me deixar ser levada como eu tinha visto meu barco ter sido anteriormente.

Eu me lembro, eu consigo me lembrar, meus pais dizendo que me amavam, com aquele semblante triste que eu sinto já ter visto antes, era quase como se eu tivesse tendo um déjà vu, e como num clique, a tempestade se vai, o mar fica tão calmo que era ...

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Eu me lembro, eu consigo me lembrar, meus pais dizendo que me amavam, com aquele semblante triste que eu sinto já ter visto antes, era quase como se eu tivesse tendo um déjà vu, e como num clique, a tempestade se vai, o mar fica tão calmo que era quase como se ele estivesse meditando, e a única coisa que sinto é uma brisa gelada passando pelo meu rosto, junto com uma gota que vinha do céu e pingava diretamente na minha testa, repetidamente, sem importar a minha posição. Quando dou um suspiro, perdida em todos os sentidos possíveis, ouço um grande estrondo como um raio batendo no mar e isso me faz levantar em um susto da minha cama, batendo minha mão direita involuntariamente na minha mesa de canto, derrubando um copo de água junto com um porta-retrato, pondo minha mão sobre meu peito sentindo meu coração bater de forma tão acelerada que eu poderia jurar que iria infartar a qualquer momento.

Me sento na cama, limpando minha testa molhada e vendo uma gota pingando em meu travesseiro, me fazendo dar um grande suspiro enquanto ouvia a grande tempestade que acontecia do lado de fora, acendendo um abajur que ficava ao lado de minha cama. Retiro aquele copo do chão, que felizmente não tinha se partido em pequenos pedaços e sim continuado inteiro, porém molhando boa parte do carpete, que eu não me preocupava agora. Pego o porta-retrato, dando um pequeno sorriso ao ver que graças ao vidro do objeto a fotografia estava intacta e não tinha sido danificada pela água. — Claire querida? Você está bem? — Me distraio de encarar a foto para encarar minha vó que estava parada na porta do meu quarto ajustando seus óculos e fechando seu roupão de cetim, me fazendo assentir imediatamente com a cabeça. — Sim vovó, só o mesmo pesadelo de sempre, volte pra cama. — Respondo com um pequeno sorriso no canto dos meus lábios, observando-a concordar com a cabeça e fechando a porta, mas não antes de me dar um boa noite, eu rapidamente retribuo antes da porta se fechar totalmente.

Me levanto do chão onde estava com a fotografia em minha mão, pondo a mesma em cima da minha cama e vestindo um cardigã branco, me sentindo aquecida quase que imediatamente mesmo que o tecido do cardigã não fosse o mais grosso de todos. Pego o porta-retrato e vou andando com ele em minha mão até a janela do meu quarto, me sentando no assento da mesma e encarando como a chuva caía do lado de fora, olhando para a fotografia e observando meus pais em seu barco, Claire Del Luna, que eles tinham batizado logo após meu aniversário de 4 anos, eles gostavam de dizer que eu era quase como filha da Lua por sempre encará-la todas as noites antes de dormir. Dou um sorriso vendo minha mãe com o cardigã que eu estava usando, quase sentindo como se ela estivesse me aquecendo nesse momento. — Sinto falta de vocês. — Passo meu dedo nos dois pela fotografia, fechando meu cardigã um pouco mais forte e me abraçando ao porta-retrato, continuando a observar a chuva pelo vidro molhado.

Desafio dos 30 dias de escritaOnde histórias criam vida. Descubra agora