Babaca - Park Jimin

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-- Está mais calma agora? - Nara perguntou, era uma das mais preocupadas com a menor. 

A mesma sorriu concordando com a cabeça, estava mais calma depois de bater em Jimin. 

-- Eu falei que ela iria ficar bem. - Taehyung disse abraçando a namorada.

-- Eu estava nervosa, está bem? - Ela disse sorrindo sem jeito, com certeza tinha deixado o namorado louco de preocupação. 

Todos estavam animados. Jimin pediu para Namjoon ajudar a garota bebada a chegar ao seu quarto, pois precisava conversar com (S/n). A mesma estava assustada com tal frase e foi acompanhada pelo corredor dos dormitórios femininos, não tocou em sua mão no caminho, e a garota sentiu receio com isso, o que tinham agora? Era uma relação real ou não?

Eles pararam na frente da porta da menor, e ela sorriu fechado vendo ele suspirar abrindo um sorriso involuntário. 

-- Nossa. - Ele disse olhando no fundo dos olhos da garota. - Eu senti sua falta. 

E ela sorriu, sentindo um abraço forte do moreno que ficou ali durante um longo tempo.

-- Eu também. - Ela disse sem querer sair daquele abraço.

-- Desculpe. - Ele disse triste e ela riu.

-- Eu já desculpei. 

-- Não, ainda tenho muito o que me desculpar. - Ele lhe deu um beijo na bochecha. - Nos falamos amanhã. Eu tenho algumas coisas para resolver. 

E ele saiu deixando um afago no cabelo e a lembrança do seu sorriso. Ela entrou no quarto e deitou em sua cama, sem saber como se sentir. Estava com medo do que ele queria, tinha a certeza dos seus sentimentos, mas parecia distante. Ao mesmo tempo seu sorriso era tão sincero, tão alegre com ela ali. E novamente sua mente corria para o lado triste, no fato de não lhe dar a mão, ou não lhe dar um beijo. 

-- Eu não sei o que fazer. - Ela virou de barriga para cima olhando para o teto e suspirando. Olhou para o seu guarda roupa e engoliu em seco. 

Foi até lá abrindo a primeira porta pegando uma caixa grande, mas com várias coisas pequenas. Como fotos dos dois, a fita que ela usou no seu aniversário dizendo que era o presente do rapaz. Ela não teve coragem de jogar fora, assim como aquele papel. Ela o guardou ali, tinha o amassado, mas estava tudo bem, ela o guardaria mais uma vez como todas as suas boas lembranças. Sorriu vendo um dos bilhetes que ele lhe passou na aula. 

"Você está muito linda."

Ela fechou a caixa e a guardou ouviu o barulho da porta. Fechou o guarda roupa vendo a amiga entrar e lhe abraçar. 

-- Que bom que está bem agora. - Nara disse sem soltar o abraço. 

-- Você parece minha mãe. - A menor riu e a outra lhe olhou nos olhos. - Eu estou bem, só estava irritada. 

-- Mas não faça isso de novo.

-- Pode deixar. 

-- Você quer conversar? - A dita concordou e foi puxada para a cama da amiga que se sentaram de frente. - Conte-me.

-- É que não sei o que eu e ele temos. - Nara riu. 

-- Acho que estão juntos. 

-- Mas ele não especificou nada, nem me beijou além da bochecha.

-- Entendi. - Ela parou pensativa. - Já pensou em perguntar a ele?

-- Eu não sei se devo. - Disse receosa. - E se ele só queria uma chance para uma amizade?

-- Do jeito que ele estava, eu duvido muito. - Ela riu de novo e a menor se encolheu. - O garoto estava a ponto de um colapso. 

E ela ficou vermelha, não sabia porque ficava contente em saber que ele sentia sua falta e a queria perto como ela queria. 

-- Mas e se.. - Foi cortada.

-- Tantos e ses. Por Deus, apenas entenda que ele te quer, assim como você. - Ela riu e a menor respondeu com um sorriso fechado.

-- Entendi, eu vou tentar não ficar tão paranóica.

-- Agora.. - Nara mudou de assunto. - Que história é essa que ele dormiu aqui? - E ela ficou vermelha. - (S/n)...

-- Não foi nada Nara! Ele iria dormir na biblioteca por sua culpa. - Ela respondeu sem encarar a amiga. 

-- Diga-me, como foi ter ele aqui? - Nara perguntou sugestiva. 

-- Difícil. - Ela olhou a amiga a vendo com uma cara estranha. - O que foi?

-- Você está me escondendo algo? - A menor arregalou os olhos. - Querida, te conheço a 2 anos, agora fala. 

-- N-não é nada. 

-- Você mente.

-- Foi só… - Ficou vermelha ao lembrar da cena. - Ele me viu de toalha. 

-- Como? - A maior arregalou os olhos. - Ele o que?

-- Foi um acidente. - Nara parecia não ter entendido, ou se recusava a acreditar. 

-- Você é muito inocente para passar por essas coisas. - Ela tapou os próprios olhos. - Diga que ele não viu nada. 

-- Ele não viu, se acalme mamãe. - Ela riu e a outra suspirou em alívio e depois sorriu.

-- (S/n)... - Ela começou sem jeito. - Já se imaginou… 

-- Não! - Ela bradou em nervosismo e se levantou tentando esconder suas bochechas vermelhas.

-- É que.. Você e Jimin se amam, e em algum momento isso pode acontecer. 

-- Não vai. - Ela disse com os braços em volta do próprio corpo. - Só daqui a muito tempo. 

-- Qual é. - A garota sorriu sugestiva, se deitando de barriga para cima dando um riso soprado. - Você é tão quieta que me dá orgulho. 

-- Eu não quero pensar nesse dia. 

A maior deu um um riso, deixando a garota relaxar, sabia que estava desconfortável. Começaram a falar sobre várias atividades que já haviam completado, sobre o namoro Nara com Tae, e vários outros assuntos sem propósito. 

(S/n) foi para sua cama, mexendo no seu celular, aproveitou para desbloquear Jimin de seu aparelho, mandou um "Olá", para informar que já poderia lhe enviar mensagem, mas não foi respondida. Suspirou vendo a amiga trocar mensagens com o namorado sorrindo. Resolveu então dormir para apagar suas paranóias sem sentido. 

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Foi acordada com o despertador, olhou o celular vendo que não havia mensagem de Jimin, suspirou se levantando sem ânimo, foi ao banheiro lavando o rosto e escovando os dentes. Fez seus exercícios e foi tomar café da manhã já arrumada para a aula, saiu do local chegando a aula, voltou a se sentar no lugar ao lado de Jimin, o professor chegou e nada do garoto, no meio da aula o mesmo chegou, tinha cara de quem tinha acordado naquele momento. Mas o que o fazia chegar tão tarde? 

Ela se perguntou quando viu ele sorrir para si e voltou a atenção para o quadro. 

Tinha dormido tarde? Ou só não ouviu o despertador? Ou apenas não conseguiu dormir. Ela rodava sua cabeça que já estava cheia das teorias mais terríveis. E enfim ela suspirou com seu último pensamento. 

Será que ele estava com alguém?