(S/n) viu aquele quarto iluminado por velas assim como a sala, tinha uma caixa sobre a cama um pouco maior que a que Jimin tinha proibido de ver anteriormente, o local continuava o mesmo, com a escrivaninha dele com alguns livros de jogos que ela sabe que o garoto nunca leu, seu computador e seu guarda roupa e um porta retrato com uma foto dos dois, foi o primeiro local que ela foi olhar, ignorando o presente sobre a cama.
-- Você disse que colocaria essa foto em um porta retrato. - Ela sorriu e o garoto parou atrás de si lhe abraçando pelos ombros.
-- Eu não tive coragem de tirar, doía muito. - Ele encaixou seu queixo no ombro da garota direcionando seus braços para a cintura da mesma lhe abraçando forte. - Um segredinho. - Ele disse no ouvido da garota que riu. - Eu já fui deitar abraçado com essa foto, e dormi olhando para ela. - Ele disse por fim escondendo o rosto do pescoço da garota que sentiu um arrepio com o ar que ele soltou.
-- Posso te contar um segredo também? - Ela se virou e o mesmo a encarou concordando em silêncio. - Eu já chorei muito por ti, sofria com cada garota que sabia que estava com você, e cheguei a dizer para mim mesma que ficaria com você mesmo com qualquer traição. - Ele abriu a boca e a fechou, deveria ficar feliz com o que ela disse? Deveria sentir culpa por ter causado tanta dor? - E com os sentimentos que tenho agora, não importa o que faça, eu estou aqui com você, sem orgulho algum, não me importo se não quiser nada sério comigo.
E ele lhe beijou, cada palavra que não conseguia dizer ele se esforçou em expressar com aquele beijo, fazia tanto tempo que não se beijavam, que não deixavam as palavras de lado só por um beijo, e isso era tão revigorante. Não precisavam dizer o que sentiam, estava ali, qualquer coisa que queriam estava no peito de cada um.
-- Garota, não sabe como… - Ele começou, não terminando sua frase olhando de perto o rosto da garota, com as testa colada a dela, travou completamente e a garota notou. - Nunca pensei em dizer isso de uma maneira tão sincera a alguém.
-- O que? - Ela disse sem entender.
-- Que… - Ele cometeu o mesmo erro de travar e ficar com a boca aberta durante um longo período, até dar um suspiro e um sorriso. - Que eu te amo.
Ela arregalou os olhos surpresa, e gaguejou com a boca aberta, sabia o que deveria dizer, mas travou, e ele não esperava menos, então riu da expressão da garota.
-- Abra seu presente. - Disse e a garota concordou pegando a caixa sobre a cama e sentando sobre a cadeira da escrivaninha, tirou o laço e o embrulho vendo dois livros. Um livro de Freud e um álbum de fotos.
No segundo viu todas as fotos que tinha juntos reveladas e postas ali.
-- Jimin… - Ela disse sem conter o sorriso ou a lágrima vendo as fotos em ordem cronológica.
-- Isso eu fiz faz tempo, em um dos fins de semana que não consegui dormir, usei a impressora do escritório do meu pai e montei, pode ver que não ficou perfeito, mas foi feito com carinho. - Ele disse sorrindo sentado na cama de frente para a garota. - Imagine montar esse álbum enquanto você estava no dormitório da escola, sozinha, e eu não podia te abraçar. - Ele disse mexendo no álbum chegando a última página colocada, tinha um longo espaço vago para novas fotos. - Lembra dessa? Foi a última foto que tiramos juntos, foram duas noites antes de terminarmos, um dia antes eu tinha comprado uma coisa para você, que me fez perceber meus sentimentos.
-- O que? - Ela disse confusa.
-- Aí que está seu segundo presente. - Ele disse pegando a caixa menor. - Sabe quanto tempo isso pesou sempre que eu olhava? - O garoto sorriu.
-- Nem imagino. - Ela deu um leve riso e o garoto entregou a caixa.
A mesma colocou os álbum e a outra caixa com o livro de lado e pegou a outra, abriu a mesma vendo doces e riu junto com Jimin.
-- Sério?
-- Não, era para ocupar espaço e disfarçar o presente real. - Ele tomou a caixa com cuidado e tirou do fundo dela uma caixinha bem pequena, desatou o laço e mostrou por fim uma caixinha aveludada.
-- Jimin… - Ela disse assustada, e o garoto riu abrindo a caixinha mostrando um par de alianças de prata com as iniciais dos dois. - Você…
-- Eu comprei muito animado, estava tão feliz na hora, e quando cheguei no quarto e fiquei olhando para elas lhe pensando em entregar a noite, eu entrei em uma crise, fiquei com medo de te machucar, chorei como uma criança longe da mãe, e não me envergonho disso, eu arquitetei aquele plano de não te magoar mais e fez tudo, imaginando ser o melhor para você. Se eu soubesse que não deveria ser
tão babaca, você estaria com essa aliança a muito tempo. - E a garota sorriu sentindo outra lágrima cair e a secou rapidamente. - Você disse que me daria uma segunda chance, então namore comigo, seja minha baixinha de novo.
Ele pediu com seu sorriso mais fofo, seus olhos tinham um brilho a olhar para a garota, estava completamente apaixonado, e não negava isso a si, nem a mais ninguém, nada lhe fazia sentir melhor do que estar ao lado dela de novo.
-- Sim. - Ela disse simples abraçando o garoto e o jogando para trás na cama, ele riu bobamente e ela se envergonhou se levantando. - Desculpe, eu me empolguei. - Ele riu.
-- Linda. - Ele a puxou pela cintura a fazendo deitar consigo e a mesma se envergonhou tentando sair dali. - Por favor, não me deixa. - Ele disse e a garota se derreteu vendo o garoto deitar em seu peito.
-- É errado ficar assim comigo.
-- Só é errado se você quiser que seja. - Ele disse brincalhão. - Deitar comigo não faz de você uma tarada ou uma vagabunda.
-- Mas as pessoas falam.
-- Que falem, somos só nós, e eu cuido de você, não importa do que te chamem, você não é nada disso. E só meu amor.
E ela sentiu aquele balanço na batida, aquele garoto tinha o dom de lhe fazer ser desse jeito, de fazer se sentir a garota mais especial do mundo, e acaba por gerar uma sensação tão forte que ela chega a pensar que vai explodir com tantas sensações boas. Estava amando, só não sabia falar ainda.
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Babaca - Park Jimin
RomancePoderia tudo dar certo entre nós, mas você escolheu terminar tudo da maneira mais dolorosa possível, e vai me humilhar até não aguentar mais, é um verdadeiro babaca. Mas eu sempre vou ser a idiota que ama esse babaca.