Pleasures | Romances Gays [+18]

- O Cientista Gostoso -

- Me desculpem por favor! Eu não consegui dinheiro hoje gente... - Digo sendo encurralado pelo trio.
- Ah que peninha! Esse idiota horroroso que de bom só tinha a grana agora nem isso tem mais! - Diz Fábio fazendo os outros dois rirem.
- Bom... O jeito é meter porrada nesse verme pra ele aprender a se colocar no seu lugar! - Diz Carlos prestes a me dar um soco.

Eu já fechara meus olhos e fiz de meus braços um escudo, esperando o pior, mas em meio a tanto medo ouvi uma voz angelical.

- Dá pra vocês pararem de ser vocês por alguns minutos? - Diz ele segurando o punho de Lucas.
- Galera sujou, vamos! - Dário correndo junto aos outros dois.

Ele era a encarnação de algum anjo com certeza, ele era igual a um, pele clara, cabelos loiros, olhos azuis, lindos olhos azuis e...

- Você está bem? - Diz ele me oferecendo sua mão para eu me levantar.

E sua voz, calma como as nuvens mesmo parecendo estressado por tamanha injustiça a mim, que naquela época se achava um ser desprezível e inútil.

- Eu... Eu tô bem eu... Obrigado por me ajudar... - Digo bem tímido e corado.
- Não precisa agradecer, agora que eu estou na mesma escola que eles, está na hora deles aprenderem bons modos em tempo integral. - Diz ele fazendo uma pose de herói.
- Você conhece eles?
- Se eu o conheço? São meus vizinhos, tocavam o terror na minha rua não deixando os garotos de lá brincarem em paz até eu chegar lá, e aqui vai ser a mesma história. - Diz ele olhando pra eles ainda fugindo. - De onde eu vim todos merecem respeito, e quem não tem tenta impor com o medo, o que me deixa muito zangado. - Diz ele ainda calmo e com sua voz pertencente aos céus.
- Uau... Que incrível... Qual é seu nome? - Digo cabisbaixo.
- Meu nome é Matheus, e o seu? - Diz ele mostrando seu lindo sorriso a mim .
- O meu é Danilo... - Digo ainda não conseguindo olhar em seus olhos.
- Não se preocupe Danilo, eu vou te proteger daqui em diante. - Diz ele apoiando sua mão em meu ombro.

Eu queria ter passado mais tempo junto a ele, mas meus pais decidiram se separar e eu fui pra outra cidade com a minha mãe, eu nunca mais o vi depois daquele dia, mas eu nunca me esqueci dele, e por causa de tão poucas palavras ele me ajudou a evoluir e não passar pelo mesmo na outra escola.

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Eu nunca fui muito de encontrar pessoas pelo Tinder, eu sempre me decepcionava ou coisa do tipo, eu ficava horas tentando escolher alguém até reencontrar ele...

Matheus Vieira...

Doze anos depois, e por incrível que pareça ainda mais bonito, seu rosto continuava o mesmo, mas agora mais harmônico e com uma barba por fazer.

A gente foi conversando e ele em nenhum momento me reconheceu, o que pra mim foi algo bom, eu não queria que ele sentisse dó de mim como da primeira vez, eu não sou mais aquele garotinho morrendo de medo.

Vários meses de conversa e chamadas de vídeo se passaram e a gente decidiu se encontrar, eu me senti honrado e muito sortudo por reencontrá-lo, principalmente em um aplicativo de namoro, quem diria pra mim foi amor à primeira vista, mas provavelmente pra ele não. Sem contar que também foi muita sorte ele se interessar por um cara baixinho pele meio clara, até que com um corpo recém malhado pois faço academia a alguns meses e de bom eu só tenho isso.

Mas até que chegou o fatídico dia do encontro, fazia tempo que ele queria se encontrar comigo dizendo que tava bem ansioso e etc, eu sempre perguntei se ele trabalhava ou não e ele dizia que só iria me contar quando a gente se encontrasse, o que me fez ficar com receio mas nada supera minha ansiedade.

Fui até o hotel que a gente tinha combinado...

Eu fiquei esperando ele por uns vinte minutos e nada até que do nada ele aparece, exatamente como pensei, eu fiquei perplexo, ele estava com uma blusa polo cinza, uma calça jeans bem marcada e um sapato social preto.