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Harry

Era domingo e Rose ainda preferia ficar trancada em seu quarto e sair apenas para comer. E quando saía para comer, comia muito mal. Eu estava preocupado com ela. Sabia que término de relacionamento era dolorido, ainda mais um término devido a traição. Sabia que tinha sido maluquice da minha parte em oferecer o meu teto para uma estranha. Mas depois de minutos vendo todos passando por ela e ignorando, eu decidi ser o cara que iria ajudá-la. E bem ela não era uma completa estranha, ela era colega de um amigo meu, certo?

Terminei a salada de salmão grelhado que estava a fazer e decidi levar até o quarto dela pois sabia que se não fizesse isso ela iria descer aqui e comer apenas porcarias como biscoitos ou sorvete.

Entre. — ela disse assim que bati em sua porta. — O que é isto?

— Salada de salmão grelhado. — disse a entregando.

— Você gosta mesmo de me alimentar com coisas saudáveis né? — ela brincou.

— Desejo uma boa alimentação para todos. E como você está na minha casa, nada mais justo do que eu lhe dar comidas saudáveis.

— Essa salada está com um cheiro maravilhoso.

— Vou deixar você comer sozinha. Se precisar de algo é só me chamar.

Sai do quarto e fechei a porta. Sabia que ela tentava ao máximo aparentar estar bem perto de mim, porém ao entrar em seu quarto percebi os lenços espalhados por todo o local. Talvez ela esteja chorando muito todas as noites ou sua gripe tenha piorado. Talvez os dois. Eu não sabia o que fazer para ajudar uma garota de coração partido. Na verdade eu nem sequer sabia da onde vinha essa preocupação toda. Nunca falei com ela, mesmo quando via a mesma perto de Niall.

Mais tarde naquele mesmo dia, ela decidiu se juntar a mim na sala para vermos alguns filmes. Notei seu nariz e olhos avermelhados, porém nada havia dito sobre. Talvez ela se sentisse melhor se eu ignorasse o motivo dela estar assim. Não havia contado para ela que ontem ouvi sua conversa ao celular com sua amiga e por isso descobri o motivo do seu coração partido. Obviamente não escutei de propósito. Estava no meu quarto e consegui escutar ela a falar pelo telefone da varanda do quarto dela.

— Qual o seu tipo de filme preferido? — ela me perguntou.

— Romance e comédia romântica. E o seu?

— Mesma coisa.

— Podemos ver algo do gênero então, o que acha? — ela deu de ombros, tímida.

Botei meu filme favorito de romance: Diário de Uma Paixão. Fiz pipoca com manteiga derretida para nós dois comermos durante o filme. Notei que durante algumas cenas, Rose parecia se contorcer em agonia e em outros seus olhos se enchiam de lágrimas. Na metade do filme ela já não parava mais de chorar. Comecei a ficar nervoso devido ao choro compulsivo da garota.

— Droga, foi uma péssima ideia por esse filme, né? — olhei para ela que estava com o rosto brilhando devido às lágrimas. — Sinto muito, Rose.

— Está tudo bem. — ela fungou. — Eu não esperava que assistir esse filme fosse tão doloroso pós término. — uh, era a primeira vez que ela estava a falar sobre seu relacionamento.

— Sinto muito pelo o que ele está lhe fazendo passar. Ele com certeza é um idiota, não chore por sua causa.

— Eu sei, mas..... — ela soluçou. — Sentimento de traição é simplesmente o pior de tudo. Estou a me sentir tão burra, idiota e insuficiente.

— Céus, Rose! Olhe para você, você é incrível! O cara ter te traído o problema é unicamente dele. Não tem nada de errado com você. É perfeita demais para ele. — o tom de suas bochechas mudaram para um carmim.

— Obrigada pelas palavras de apoio, Harry. — ela secou suas lágrimas. — Aliás, você está certo sobre isso. Eu fui uma ótima namorada! O babaca da história é ele!

— Exatamente, Rose! — disse animado ao ver que ela estava melhor.

— E sabe o que mais? Nunca mais irei chorar por causa desse idiota de novo!

Bem, ela mentiu.

Mais tarde naquela mesma noite pude escutar seu choro compulsivo ao sair do quarto para beber água. Meu coração se encolheu ao ouvi-la chorando. Eu nunca tive um relacionamento sério, nunca me apaixonei por ninguém então não entendia a dor que ele estava sentindo. Mas imaginava o que seria ser você amar alguém e esse alguém lhe trair em todos os aspectos. O coração de Rose com certeza não ficaria bem nem tão cedo. Parado em frente a porta do seu quarto, decidi ligar para a única pessoa que poderia ajudar a menina nesse momento.

— Sabe que horas é para estar me ligando? — o irlandês reclamou.

— A Rose está morando comigo. — disse fazendo uma careta.

— Como? A Rose.... minha amiga?!

— Sim. Ela mesma.

— Como isso aconteceu? Que eu saiba as únicas mulheres que pisaram ai na sua casa era porque você queria transar com elas! Harry ela tem namorado, por Deus. Se você der em cima dela.....

— Está doido? O namorado dela estava lhe traindo! Ela estava sem ter para onde ir e então eu me voluntariei para ajudá-la.

— Você não está se aproveitando do coração partido dela né?

— Não. — disse ríspido. — Eu não sou babaca, Niall.

— Pois acho bom. Como ela está?

— Bem mal. Não sei como ajudar ela, por isso te liguei.

— Bem, ela não veio me contar nada até agora. Ela ainda não deve estar pronta para falar comigo sobre, então não posso simplesmente ir ai.

— Você é um inútil.

— Ei! Não tenho culpa. Quando ela quiser falar comigo sobre ela fala. Não vamos forçar ela a nada, ok? Apenas trate ela bem e não seja o babaca que você sempre é.

— Vai se foder, Niall. — desliguei o celular em sua cara.

Essa ligação de nada me serviu.

Roses for RosieOnde histórias criam vida. Descubra agora