A Escolhida _ Chamas do desespero

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_ Alteza sua carruagem já está pronta!- Rosayla diz me tirando de meus devaneios.

Eu peço para que ela vá buscar o meu livro preferido, pois não posso ir sem ele.

Hoje é o dia em que eu deixo minha nação para estudar na academia. De certa forma é bom porque eu finalmente irei estudar em uma escola de verdade, durante todo esse tempo eu nunca havia frequentado uma escola, meu pai contratava professores para me dar aula em casa.
Era sempre tão chato e exaustivo, provavelmente na Academia também será assim mas pelo menos eu vou poder fazer amigos e ver meu pai novamente.

Já faz 3 anos que meu pai saiu da nação do fogo e foi para a nação do ar resolver assuntos importantes, como ele gosta de dizer, mas para mim são apenas desculpas que ele dá para poder se ver longe das responsabilidades na nação do fogo.

Ele está cuidando de tudo por lá, através de cartas e mensageiros, mas quem está no comando por enquanto são os conselheiros. Vernoz o conselheiro principal se tornou o conselheiro mor e está ocupando o trono na ausência de meu pai.

Rosayla volta com o livro em mãos eu o pego e nós vamos para a carruagem.

A carruagem é grande e espaçosa, ela é totalmente dourada com apenas alguns detalhes em vermelho que se parecem com chamas, na parte de trás tem o desenho de um dragão negro que é o símbolo da realeza da nação do fogo.

Eu estava prestes a entrar na carruagem quando escutei alguém me chamar.

_ Alteza,- vejo o general Gardenat do clã Denat vindo em minha direção.

_ Como vai general Gardenat?- pergunto o vendo desser de seu cavalo.

_ Vou bem obrigado! E vejo que a alteza pretendia deixar sua escolta para trás!- ele diz soando um pouco zombeteiro.

_ Escolta?- digo e depois reparo nós dez homens que estão atrás do general.

_ A princesa não achou que poderia viajar sem escolta achou?- ele fala e eu me condeno mentalmente por ter pensado que meu pai me deixaria viajar sozinha, que tolice a minha.

_ Bom acho que não adianta tentar te convencer a me deixar viajar sozinha certo?- pergunto já sabendo a resposta.

_ Você sabe que não alteza!- ele diz já montando em seu cavalo novamente.

_ Então eu acho melhor irmos logo!- digo e me despeço de Rosayla.

Eu entro na carruagem e vejo cinco batedores irem para a frente da carruagem, enquanto outros cinco ficam atrás, o general fica ao lado da carruagem. 

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Eu acordo com o barulho da carruagem parando, olho pela janela da carruagem e vejo que já está escuro. Eu chamo o colcheiro e ele me ajuda a sair da carruagem.

_ Vossa alteza!- o general fala enquanto faz uma reverência.

_ Não há necessidade de ser tão formal general!- digo e caminho com ele para perto da fogueira.

_ Como quiser alteza!- diz e nós sentamos em frente a fogueira.

Apesar de estar muito escuro e frio aqui é bem tranquilizante. Á vegetação do lugar é muito bonita e tem um lago de águas cristalinas que é encantador, eu amo a natureza e costumava brincar em um bosque que havia perto do castelo, mas eu sempre ia acompanhada por um guarda e nunca podia ficar muito tempo me divertindo.

Eu observo os batedores da escolta montando o acampamento, eles estão muito concentrados e não dizem nenhuma palavra, realmente levam o trabalho a sério. Nós paramos para acampar já que o general acha muito perigoso viajar a noite.