Capitulo 13

4.3K 504 240
                                    

P.O.V Mina

Depois de conseguir parar de chorar, contei para Chaeyoung o motivo do meu choro e mais uma vez ela disse que estaria comigo me ajudando no que eu precisasse e que se eu precisasse de mais tempo e espaço ela me daria, neguei veemente.

Eu quero enfrentar meus medos e viver esse sentimento.

Quando ela foi embora senti falta de seus beijos e seu calor mas, pelo menos tudo deu certo e eu consegui chegar no meu quarto sem que meus pais acordassem.

Ai veio a idéia "talvez a gente possa fazer isso mais vezes" arrisquei uma vez e deu certo por que não fazer mais né?

No dia seguinte no meio do café da manhã meu pai me fez uma pergunta que eu tranquei tanto que não passava nem agulha.

A pergunta foi a seguinte "você levantou ontem de madrugada Mina?" eu disse que não obviamente e meu pai continuou "pensei ter ouvido algo achei que fosse você, vou ficar mais alerta" sorri nervosamente, e a idéia de me encontrar escondida com Chaeyoung mais vezes nas madrugadas virou fumaça.

Assim que cheguei na escola as meninas estavam me esperando como de costume e Chaeyoung também estava entre elas, quando me viu me abraçou e deu um beijo demorado na minha bochecha fazendo as meninas soltarem barulhos de hummmmmm.

Crianças patéticas.

Quebra de tempo

Quando o intervalo chegou, depois de comer a comida Chaeyoung me chamou para o banheiro e eu como a bela cadelinha que descobri ser fui, entramos juntas em uma cabine e eu não perdi tempo em beija-la, já estava com saudade mesmo.

Infelizmente ouvimos o sinal tocar e tivemos que sair, no caminho a mais nova entrelaçou nossos braços.

Chaeyoung me deixou na porta da minha sala me abraçou e foi pulando feliz para a sua sala e eu fui sentar no meu lugar me sentindo o ser mais boiola da existência humana, meu rosto estava quente. Com certeza eu parecia um morango, bom, pelo menos Chaeyoung ama morangos. Ri baixinho cobrindo meus olhos tentando dissipar minha vergonha.

-Por que tá tão vermelha? -ouvi a voz de Jihyo e tirei as mãos dos olhos vendo Jihyo, Momo e Sana me analisando.

-Nada, não só tô com um pouco de vergonha.

- Um pouco? eu acho que tá com muita- Momo disse dando risada.

Vimos a professora chegar na sala e as meninas foram sentar.

No final da última aula o professor deixou os alunos conversarem e logo, as meninas estavam em volta da minha mesa fofocando. Sana estava me encarando a um bom tempo calada.

-O que foi? - perguntei curiosa.

- Eu tô esperando você me contar o que tá rolando- Sana disse e as meninas me encararam esperando uma resposta.

-Hum, eu meio que tô ficando com a Chae desde ontem à noite - falei baixinho para que apenas elas ouvissem.

Elas comemoram alto e logo foram repreendidas pelo professor me fazendo rir de vergonha.

-Caralho Mina eu tô muito feliz por vocês- Momo disse me abraçando de lado.

- Pode contar com nosso apoio -Jihyo disse pegando na minha mão- e se precisar que eu bata em alguém também pode falar que eu bato porque pela criança eu dou a vida- ela falou fazendo cara de brava arrancando risadas nossas.

Sana ainda não tinha dito nada e quando a encarei vi que os olhos dela estavam cheios de lágrimas.

- O que aconteceu Sannie?- perguntei preocupada tocando em sua coxa. Ela não me respondeu só me abraçou forte e começou a chorar não entendi nada mas retribui o abraço.

- Eu nem imagino como tem sido complicado pra você com isso de religião e tudo mais e ver você enfrentando tudo isso...- ela falou com a voz falha se afastando e segurando nos meus ombros me olhando - me deixa muito feliz e orgulhosa. Eu tenho muito orgulho de você pinguim - quando me dei conta estava chorando também logo senti um abraço em grupo e as meninas dizendo que estariam comigo.

Naquele momento me senti amada, aceita e acolhida, estava muito feliz e a felicidade só aumentou quando na porta da minha sala Chaeyoung me entregou uma linda flor azul que eu não fazia ideia de qual era só sei que era linda.

Ela disse que quando a viu lembrou de mim, ficou triste e pediu desculpas a florzinha por tirar ela do cantinho dela.

Fofa.

No caminho para a saída Chaeyoung perguntou no meu ouvido se poderíamos contar para nossas amigas que estávamos ficando e eu concordei que contariamos amanhã porque agora meu pai provavelmente já estava no portão me esperando. Guardei a flor na última folha do meu caderno e fui em direção ao carro do meu pai.

Acmé - MiChaeng Onde histórias criam vida. Descubra agora