Symon e Benjamin

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POV Lee

Quando entendi o que estava acontecendo eu simplesmente não sabia como agir. Os garotos iriam nascer. Ok. Isso já era algo assustador, algo para o qual eu não estava preparado apesar de já amar meus filhos acima de tudo. A chegada deles era algo que me enchia de dúvidas e medos.
Mas eles iriam nascer mais de um mês antes do previsto. E eu realmente não estava pronto para isso.
Eu podia ligar para o meu pai ou para o pai de Rachel. Mas eles estavam há muitos quilômetros de distância. Podia simplesmente entrar no carro, levar Rachel comigo e fazer o melhor por nossos bebês, mas eu não conseguia tomar uma atitude por completo, estava andando em círculos enquanto ela tocava a barriga que estava dura devido às contrações.

Amor. Fica calma. - eu pedi.
Eu estou calma, Lee. - ela sorriu apesar de tudo. - Só acho que deveríamos ir logo...
Noah. - falei mais pra mim do que pra ela. - Vou ligar pro Noah. Eu não consigo dirigir. Em pouco tempo vamos estar no hospital. Prometo.
Ele atendeu no primeiro toque.
Fala irmãozinho.
Noah. - falei tentando me acalmar.
Sou eu. - respondeu confuso. - Aconteceu alguma coisa?
Tudo tranquilo, só que... - eu tentava entender o que acontecia pra poder falar pra ele. - os meninos vão nascer. Você poderia vir até minha casa dirigir pra mim? Não consigo me mexer. - ele riu mas pareceu entender minha preocupação.
Você tá falando sério? Não tá cedo? - estava cedo, bem cedo. E eu estava preocupado com isso.
Noah, não faz perguntas, por favor, vem pra cá. - eu estava nervoso. Minha voz falhou ao dizer as últimas palavras e ele desligou.

Quando Noah chegou já estávamos na frente de casa o esperando, Rachel estava sentindo contrações e segurava a barriga, já eu? Não sei como eu estava. Minha cabeça pensava mil coisas ao mesmo tempo, mas eu não conseguia fazer absolutamente nada. Apenas a ajudei a entrar no carro e meu irmão acelerou.

Então esses moleques estão ansiosos? - Noah perguntou sorrindo. Sabia que ele queria quebrar o clima, mas não adiantou. Já sabíamos da possibilidade de os gêmeos nascerem prematuros, mas não estávamos preparados para que isso acontecesse. - Vai ficar tudo bem. - Noah prometeu ao notar que Rachel chorava. Ouvir aquilo dele me deu forças.

Quando chegamos ao hospital, Rachel foi levada para a sala cirúrgica e eu fui vestir as  roupas para poder acompanhar ela.
O médico conversou com Noah, que ficou na recepção e avisaria a todos que os meus filhos estavam nascendo.
Depois que me troquei e entrei com Rachel tudo aconteceu muito rápido, até porque precisava ser, a pressão de Rachel estava subindo e seria mais seguro para todos, ela estava deitada e eu do seu lado, em alguns minutos sua barriga foi cortada e o primeiro dos meus garotos nasceu.
Era Symon, decidimos que o primeiro teria este nome. Sorri para ela que não conseguia o ver, não pudemos pega-lo imediatamente pois devido a prematuridade foi levado em uma incubadora para ser examinado. Em menos de 2 minutos Benjamin já estava chorando também.
Os dois eram menores do que minha sobrinha quando nasceu, mas choravam igualmente alto. E naquele momento, eu também já chorava. Não eram só meus filhos que haviam nascido, mas eu e Rachel havíamos nascido como pais.

Algum tempo depois foi confirmado que apesar de prematuros os dois estavam muito bem, assim como minha mulher, que já havia levado os pontos e esperava para amamentar os dois.

Horas depois, quando Rachel e os garotos dormiram, a enfermeira pediu que eu fosse até a recepção porque um cara alto estava muito nervoso e querendo informações a cada dois minutos. Eu havia perdido a noção do tempo.

Fui até Noah, que seguia sozinho na recepção, já que nossos pais e os pais de Rachel estavam a caminho, pois não haviam se preparado para a chegada dos netos naquela noite. Ele ficou mais tranquilo e ficamos como dois garotos vendo todas as fotos que eu tirei dos meninos, e constatei que meu irmão tinha razão sobre a paternidade, os garotos eram o que eu mais amava no mundo.

O que você tá fazendo aqui? - Noah olhou para a porta e vimos Elle de pijamas e pantufas entrando no saguão do hospital. Eu não consegui não rir. É claro que ela viria.
A babá demorou a chegar. - revirou os olhos. - E então? Como estão meus sobrinhos?

Ter aqueles dois por perto, era incrível. Eu sabia nunca estaria sozinho.

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E não esqueci de você também, Ingridicristina1995 obrigada pelas sugestões e por acompanhar a história com tanto carinho. ❤️

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