Capítulo 11- Júlia

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Noelí falou que você não está se alimentando! – Luka entra no quarto e caminha até a cama, de onde já não saio há dias.– Desse jeito vai acabar tendo problemas de saúde, isso não faz bem nem a você, nem ao bebê!– Ele fala sentando-se na cama e me encarando preocupado.– Se com isso você pretende matar a criança, saiba que assim você vai acabar é se matando também!– Ele continua falando e me provocando, sua intenção é a de me fazer conversar com ele, coisa que tenho me recusado, não quero falar, nem com ele e nem com ninguém!– Vou mandar a Béa vim falar contigo, quem sabe ela não consegue...

– Não vai adiantar nada... não quero falar com ela!– Falo secamente.

Ele pára o movimento que ia fazer de levantar-se da cama, então suspirando fundo, volta a me olhar calmamente.

– O que você quer que eu faça então? Quer que eu te enfie a comida pela garganta abaixo? Mas que droga Júlia, você está complicando tudo, sabia? – Ele fala levantando-se irritado e girando pelo quarto, parece estar desnorteado.– Não sei mais o que fazer com você, tu não aceita nada do que faço pra te agradar poxa! Assim fica difícil caramba!– Ele bradou levando as duas mãos à cabeça.

– Tem uma coisa que você pode fazer por mim: devolva meu celular, devolva minha vida!– Bradei irritada, mas ainda sem olhar para ele, continuava olhando o mar através das janelas. Tentei também controlar as lágrimas, que já começava a escorrer dos olhos.

– Você não é minha prisioneira! E eu não estou te mantendo em "cárcere privado" como você diz Júlia, estou apenas protegendo o meu filho, que você está tentando matar!– Ele grita apontando o dedo para mim. Luka está descalço, mas ainda veste a roupa que chegou do trabalho.

– Você não me deixa sair pra lugar nenhum, tomou o meu celular, e ainda diz que não sou tua prisioneira? Por favor, me poupe desse teu cinismo Luka!– Bradei, dessa vez olhando bem nos olhos dele. Até que enfim ele conseguiu me fazer falar, mas não vai gostar nem pouquinho do que tenho a dizer!– Quer saber de uma coisa: eu vou gritar pela janela, vou pedir socorro, vou quebrar tudo dentro desse apartamento, até você me deixar sair daqui!– Falei isso e no ímpeto me levantei e fui até a janela abrindo-a, aqui porém tem grades em todas as janelas e saídas. O ap. fica no último andar de um bairro nobre do Rio, mas eles não me deram o endereço certo, então não sei direito onde estou. A falsiane da Béa tem ido para o trabalho com o motorista particular do Luka, então deduzi que também não estamos perto do Leblon* como eles querem me fazer acreditar.

 Cara ou Coroa - O Amor é Cego?Onde histórias criam vida. Descubra agora