Compra certa urgência – e uma visível pressa – Nico caminha pelas ruas sua cidade. Esgueirando-se pelos postes e lixeiras que encontrava pelo caminho da faculdade até a sua casa. Vez ou outro pegava um atalho novo.
Um pouco cansado ele ajeitou a alça da sua mochila, que teimava em escorregar e tentar cair, de modo que ficasse mais confortável em seu ombro. Um sorriso de satisfação adornou seus lábios, por finalmente ver suas casa. E perceber que finalmente havia conseguido despistar seus “perseguidores” de plantão.
Mas sua alegria não durou mais do que míseras segundos. O belo sorriso que o rapaz sumia evaporou, assim que pisou no primeiro degrau da varanda. Naquele momento as ouviu nitidamente. As duas vozes, que ele reconheceria em qualquer lugar.
O rapaz bufou e se adiantou até a entrada.
— Nico, me espera.
Gritaram os dois, por incrível que pareça, em perfeita sincronia.
Nico não deu atenção e continuou seu percurso. E logo estava em frente a porta da sua casa. Ele tateou os bolsos de sua calça, desesperadamente a procura das chaves. E lembrou-se que o molho estava no bolso de trás da sua calça. O rapaz a pegou e tratou de abrir a porta. Mas quando ia fechar dois pares de mãos o impendem.
— Nico. Precisamos conversar. — Disse o loiro, o mais alto, forçando a porta.
Nico até tentou empurrar, mas eram dois contra um. O rapaz de cabelos negros bufou soltando a porta de uma vez. Fazendo com que os dois rapazes se desequilibrassem e quase caíssem um em cima do outro.
Os dois se empertigaram e se empurraram até se reerguerem.
— Nico precisamos da resposta. — disse o moreno, o encarando com seus belos olhos verdes.
— é Nico. Você precisa decidir agora! — O loiro insistiu. Encarando-o com seus olhos eletrizantes azuis.
Nico queria gritar com os dois. O que eles estavam pensado? Que ele iria escolher algo assim? De uma hora para outra? Como se fosse assim tão fácil. Como se fosse escolher duas maçãs em cima da mesa, como se a outra logo fosse desaparecer.
— eu acho melhor vocês dois irem embora.
Ele avisou dando a costa para os dois. Que sequer pareceram escutar suas palavras, pois p seguiram até a cozinha. Onde o Di Angelo se servia de um copo com água. Que parecia bem gelada.
Nico viu-se sendo encarado por dois pares de olhos claros. Que tanto gostava. Que agora aparentemente teria de escolher.
— vocês ainda estão aqui?
Ele suspirou. U papel preso por um pequeno imã na geladeira chamou sua atenção. Nele dizia que seus pais e irmã. Haviam viajado e só voltariam no dia seguinte. O Di Angelo amassou e o jogou no lixo. Então voltou sua atenção aos dois rapazes que estavam na sua frente.
— O que vocês querem? — Perguntou entediado. Querendo mais do que tudo dar um fim em toda aquela insistência.
— que você escolha! — disse o loiro, Jason Grace, cruzando os braços rente ao peito.
— isso. Nico... Escolha. — pontuou o moreno, Percy Jackson.
Há uma semana os dois vinham atormentando o pobre Di Angelo. Para saber com quem ele queria ficar. E óbvio que ele detestava estar naquela situação. Ele não queria escolher entre os dois. Por isso tentava evitar o máximo possível os dois, mas era difícil com eles na sua cola.
— Jason... — chamou a atenção do loiro. Que o olhou esperançoso. — Percy... — o moreno agora mantinha o mesmo olhar. — eu não vou escolher nada... Agora deem o fora da minha casa que eu preciso descansar. — Nico resmungou. Sendo curto e grosso. As aulas de engenharia estavam sugando sua alma. Ele precisava urgentemente mudar de curso, não era a sua praia; mas primeiro teria de conversar com seu pai.
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Eu escolho Não escolher
FanfictionNico Di Angelo só tinha três certezas em sua vida. 1: o curso de tatuador não era tão chato como ele imaginou. E o distraía um pouco dos seus problemas pessoais e a monotonia do curso de engenharia. 2: Escolher entre duas pessoas que gosta muito era...