Não me lembro de uma unica vez que ela disse que me amava, não me lembro de abraços, nem de sua voz dizendo estar orgulhosa.
Somente gritos, agressões, xingamentos, acusações e qualquer outra merda que possam imaginar.
Sempre tentei ser boa, tenho certeza que sempre fui. Mas nunca fui o suficiente, ao menos não longe de olhos alheios, pois na frente de todos sua mente sociopata funcionava tão precisamente quanto um pincel carregado de tinta deslizando pela tela.
Se fazer de vítima, coitada, boazinha e perfeita era sua coisa, mas somente eu e os mais novos víamos como realmente é, somente nós sentimos o que ela realmente fez e continua fazendo.
Hoje sei que é sim sua culpa, sei que toda dor que sinto e senti vem majoritariamente de uma única pessoa, a qual deveria me amar, proteger e blá blá blá.
Queria poder dizer que mudou, porém sei que não é o caso, sei que continua a tentar manipulações, sei que continua apelando, sei que ainda finge e sei que faria tudo de novo caso voltasse no tempo.
Sinto por todos que entraram ou entrarão algum dia em minha vida pois eu nunca serei boa, não conheço a verdadeira bondade a qual deveria. Mas lhe garanto que dou meu melhor.
A todos filhos de narciso, aos quais entenderam de quem estou falando, e a mim mesma:
Não é sua culpa.

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Minha mente borderline 2 - O limite da quarentena.
Non-FictionNão me responsabilize por suas possíveis crises desencadeadas por esse livro. Sinto muito mas o aviso é claro. •Aos surtos que se calaram diante de meses sem contato com o mundo exterior. •A menina que percebeu que seus demônios tiveram início em a...