10. NÃO SE DEIXE SEDUZIR

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Mosley me levou até o jardim da mansão de Thomas, apoiou seus cotovelos no corrimão da pequena ponte e curvou seu corpo

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Mosley me levou até o jardim da mansão de Thomas, apoiou seus cotovelos no corrimão da pequena ponte e curvou seu corpo. Sentei-me no corrimão e fiquei admirando a beleza da lua, ela estava perfeita e iluminada. O homem fitou seus olhos em mim e logo em seguida aproximou sua mão destra de meu rosto e o tocou com delicadeza.

- Não sei como Thomas consegue ignorar tamanha beleza. É impossível não lhe notar Anastácia. - Ele sentou-se ao meu lado fazendo um frio subir em meu estômago. - Se fosse eu o sortudo a ter o seu coração, certeza que a sua essência pairaria ao meu redor e acabaria comigo até eu te notar.

- Ninguém nunca me disse coisas assim, agradeço senhor Mosley. - Coloquei alguns fios de cabelo por trás de minha orelha enquanto sorria, ele ia me manipular, e eu faria o mesmo com ele.

- E tem mais Anastácia, nessa noite não vim pelos negócios, isso é apenas um bônus, eu vim por causa de você.

- É a primeira vez que sou a prioridade. - naquele momento meus olhos encheram-se de lágrimas, ser atriz não era meu ponto forte, mas para aquela situação, eu tinha uma motivação especial.

- Pode ter certeza que comigo isso se tornará frequente. - Mosley aproximou-se fazendo com que nossos corpos grudassem - Eu posso? - assenti.

Mosley selou nossos lábios em um beijo calmo, levou seus braços até minha cintura me envolvendo em um abraço e eu o retribui com minhas mãos que se encontraram em seu pescoço. O homem me puxava para cada vez mais perto, com seu corpo ele abriu um espaço entre minhas pernas e se posicionou. Os beijos com o tempo aumentou sua intensidade, tornando-se mais quente e prazeroso.

- Isso é bom Anastácia. - disse ele entre os beijos e já descendo ao meu pescoço.

- Cala a boca Mosley.

Joguei meu corpo totalmente em cima do homem fazendo com que me pegasse em seu colo. Rapidamente ele caminhou comigo até o banquinho do jardim da casa, sem parar os constantes beijos.

Assim que ele se sentou, sentei-me por cima dele e comecei a desabotoar seu blusão bem devagar. Estava a vontade, era longe da mansão e sem riscos de alguém nos pegar. Ergui minha cabeça enquanto Mosley distribuía beijos por todo meu colo chegando até meu lóbulo esquerdo.

- Espera, calma. - ele pausou. - Eu quero isso Anastácia e não é do meu feitio parar uma ação tão prazerosa quanto essa, mas quero que as coisas entre nós comece devagar, quero confiar em você.

- Logo agora, Mosley? - vomecei a lhe entregar leves chupões por sua orelha enquanto minhas mãos escorregavam por seu abdômen.

- Anastácia! - ouvi uma voz rouca e forte vindo da porta da casa, me fazendo dar um leve pulo de susto.

- Mas que merda. - sussurrei.

Me levantei do colo do homem e o mesmo começou a abotoar novamente seu blusão, ajeitei meu vestido junto com alguns fios de cabelo e caminhei até a porta da casa onde estava Thomas juntamente com Polly.

- Não deixe que ele te seduza, esse homem é perigoso. - Thomas sussurrou segurando em meu braço com um pouco de força.

- Solte-me Thomas! - disse rigidamente enquanto olhava para Polly e ele obedeceu - E nunca mais se intrometa na minha vida amorosa, eu me deixarei seduzir por quem eu quiser e quando eu quiser. Queira você ou não.

Logo adentrei a casa e fui direto para o meu quarto, estava cansada apesar da noite ter sido bem curta. Retirei toda minha roupa ficando apenas com uma lingerie que havia ganhado de presente de Polly, abri um pouco da janela e deixei com que a luz lunar entrasse em meus aposentos, deitei-me em minha cama e fiquei a admirar aquela bela paisagem, por fim fui interrompida por John.

- Posso entrar? - Perguntou ele.

- Entra, fique a vontade. - ergui meu corpo ficando sentada em minha cama, permitindo que os lençóis ficassem por cima do mesmo.

- Vim saber se está bem, se precisa de alguma coisa.

- Não John, está tudo bem, obrigada. - esbanjei um sorriso forçado

- Afinal, estava linda essa noite, foi bom ter você aqui conosco nesse natal. - ele foi se afastando em passos rasos.

- Meu Shelby favorito. - lhe assoprei um beijo.

Então o homem deixou o local e em seguida fechou a porta, respirei fundo e voltei-me a deitar em minha cama.

Dias depois...


Havia chegado a véspera do ano novo, Polly estava completamente animada para o novo ano e já estava fazendo suas rezas junto com Linda. Encontrava-me na cozinha, estava organizando toda a refeição, queria que ficasse tudo perfeito pois hoje não receberíamos apenas a família mas também alguns importantes convidados como o Mosley e mais alguns amigos dos irmãos Shelby, estava tudo em minha responsabilidade.

- Vejo que está bem ocupada, querida. - Afirmou Lizzie. - Ai minha coluna começou a doer um pouco, acho que é por conta da gravidez, sabe.

- Que pena que esteja com dor, talvez seja só a idade pesando mesmo. - Revirei os olhos ao terminar a fala. - Se não vai ajudar, vou pedir que se retire Lizzie.

- Fiquei sabendo que está se envolvendo com o fascista, ele é extremamente desagradável na cama, já vou logo avisando.

- E como você sabe disso Lizzie? - Questionei um pouco surpresa.

- Bom, eu o conheço de outras épocas. - Disse ela alisando sua barriga o qual nem fazia volume ainda.

- Ah, havia me esquecido que você era uma vadia antes do Thomas lhe por dentro dessa casa. Com licença, Elizabeth.

Retirei o avental que enrolava meu corpo e sai da cozinha, seguindo para a sala onde estava Charlie e Karl, eu tinha que vigiar os meninos para não aprontarem.

- Meninos, venham me entregar um abraço, é ano novo. - Eles já correram para meus braços sem nem ao menos ter terminado a frase.

- Ana, eu posso te chamar de mamãe? - Charlie perguntou e aquilo me assustou, eu não tinha resposta para aquela pergunta.

- Charlie, já conversamos sobre isso, certo?- Respondi um pouco sem jeito e o menino ficou logo cabisbaixo, tinha medo do que Tommy podia pensar disso. - Vão lá brincar, vão.

Eles se dispersaram do meu abraço e enquanto eu caminhava pela sala dei de cara com Thomas que estava acompanhado por Mosley.

- Ah, olá querida Ana. - Oswald pegou minha mão destra e a beijou.

- Oi Mosley. - O olhei com um sorriso meio bobo em meu rosto, naquele momento eu nem ao menos consegui olhar para Thomas, eu só tinha olhos para aquele homem.

✓ ESPELHOS QUEBRADOS | Thomas Shelby (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora