Capítulo XI

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-E qual seria o motivo?-Perguntou-me.

-Nem sei. É por isso que estou aqui. Para esclarecer.

Ela sorriu de leve e respondeu.

- Típico dela. Sabes, a minha filha tem um temperamento, digamos, complicado- a quem o diz- mas ela é amigável. Acho que com conversa, às de resolver a situação. Tem paciência. Tenta ver até que dia estavam bem, a partir da aí revê o que fizeste de mal. Se não souberes, a solução é pergunta-la. Insiste muito, que ela á de dizer, quando ficar enfadada com a tua insistência.

Bem, ela tem razão, já lida com Susana à muito tempo.

Voltamos ao trabalho, até agora a minha tarefa estava simples. Eu tinha que perguntar.

-Porquê que o meu avental è rosa e o seu azul?

A senhora Margarita soltou um gargalhada, e respondeu.

-Bem, comprei para a Susana, mas ela não gosta dessa cor, eu também não. Nem o meu marido e nem a Ana. Então ficou para ti.- Ria e falava.

-Ah estou a ver. O noob fica com o que ninguém quer.

-Exactamente.

Partimo-nos a rir, quando paramos, ouvimos vozes na sala. Parecia a voz da Susana, Ana e mais uma voz de um homem. Devia ser o pai dela.

-Já chegaram!

-Mamma! - A voz da Susana a chamar pela mãe. - Não vais acreditar quem nos vimos.

A sua voz estava cada vez mais perto, eu ficava cada vez mais apreensivo.

-Quem?-Perguntou a Margarita.

-A Lur...- Ela parou, quando notou a minha presença. Não estava a olhar-lhe, mais sabia que está surpreendida. Eu tinha a cabeça baixa, a untar as formas.

-Querida? Quem?-Perguntou a mãe.

-Hã? Ah sim a Lurdes...- A sua voz estava distante.

-Susana, o teu pai pediu...-Era a voz da Ana a entrar.-David! Olá.

Ela (Ana), veio até mim, encostou a mão no meu ombro, virei e cumprimentei-a com dois beijos um em cada lado.

-Uau! Untas-te todas essas formas?!

-Yup!-Respondi.

-Mamma , che cosa lui fa qui? -Diz Susana a mãe.

- Querida, ele veio ajudar.

-Parla italiano ,per favore

-Oh. Está bem.

Falando em italiano.

-Então mãe, o que ele está a fazer aqui?

-Ele veio falar contigo, pequena.

-O que ele te disse?

-Minha pequena, disse que vocês se zangaram, que como disseste que vinha para aqui ele veio falar contigo. Aproveite e convidei-o a entrar a ajudar. Fala como ele, querida. Ele parece aflito. -Disse à Margarita a olhar para mim com a testa franzida.

- Está bem!

Falando português.

Eu não estava a perceber.... O quê?

Seja lá o que falaram a senhora Margarita, estava a defender-me. Andes de sair da cozinha, ela lançou-me um olhar rápido. Ela (Susana) andou, dando-me as costas, lancei um olhar mais atrevido ao seu rabo, até ela desaparecer do meu campo de visão.

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