Capítulo 19 - Amor

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Observação: Capítulo contém cenas de abuso, podendo incomodar os leitores. Caso não se sinta a vontade, favor, não ler. Tema abordado na história servirá para a construção da personagem e acontece com muita frequência em nossa realidade, caso se sinta presa em relacionamentos assim, DENUNCIE: 180.


A mente humana costuma pregar peças em algumas pessoas.

Quando elas menos imaginam, palavras saem da sua boca e quando se percebe, não dá para voltar atrás e por isso, e estou aqui.

Fazia quatros horas em que acordei. Dormimos tempo o suficiente para que um pesadelo me acordasse e que engraçado, eu tinha me declarado loucamente para o Eduardo. Hilário, não? Eu acordei e sorri comigo mesma, até perceber que no meu pescoço tinha uma respiração pesada e eu juro, a vontade de gritar foi um pouco louca.

Segurei-me e suspirei, saí lentamente da cama e ele perguntou o que eu iria fazer, sorri fraco e informei que iria comer alguma coisa.

A última coisa que escutei antes de sair do quarto foi sua risada e um 'eu tenho fome, você sabe'. Eu sabia do tipo de fome que ele falava e meu coração batia tão rápido que eu apenas fechei os olhos e tateei a parede até sair do quarto. Deus me livre olhar para ele, eu certamente correria de volta para cama sem pensar duas vezes. Desespero era para os fracos.

Eu era quase fraca.

Se não fosse o a única frase que ecoava a minha mente, talvez tivesse voltado, mas não.
Estava ali, sentada no sofá, enrolada num cobertor e com roupa, com os pés no centro.

Minha mãe gritaria um 'Laís, solta isso', mas eu não me importava.

Se eu tivesse em qualquer outro lugar que não fosse a minha sala, estaria pirando e por mais que já tivéssemos transado ali, ainda me fazia tentar pensar.

O que não parecia ser fácil.
O dia não havia sido fácil.

Em todos os meus sonhos mais perturbadores, onde eu bancava a garota apaixonada, ele não teria sido tão fofo, tão apaixonado.

O que tinha acontecido com o Eduardo Bittencourt, garanhão? Eu não sabia. Era impossível afirmar alguma coisa com precisão além do que martelava a minha cabeça, eu ferrei com tudo.
Caras como o Eduardo Bittencourt até que sabem lidar com garotinhas apaixonadas, eles sorriem e se rolar um pouco de 'carinho' diante da garota eles até que confortam, são fofos, mas eu estava passando dos limites, não estava? Eu falei que o amava.

E estava com sono.

Quando você encontra-se embriagada, esquece-se das palavras ditas ou dancinhas loucas que só você acha engraçado, mas não. Eu lembrei! Pior do que falar que o amava era lembrar-se disso.

O que eu faria? Olharia para ele e fingiria que nada tinha acontecido? Ou começaria com a frase que ele tanto odiava 'precisamos conversar'.

Por favor, Laís.

Eduardo odeia isso.


Eduardo Bittencourt não suporta a ideia de ter que lidar com as garotas que simplesmente são babacas e você, querida garotinha imbecil, havia batido todos os recordes possíveis e imagináveis.

Neguei com a cabeça e fui até a varanda, eu gostava de ficar ali. Fechar os olhos e sentir a brisa no meu rosto, eu conseguia pensar com clareza e tomar algumas decisões da minha vida, por exemplo, quando eu resolvi que não teria mais nada com o .

Eu lembrava com perfeição, tinha chorado o dia inteiro diante das palavras dele, não iríamos ter nada porque ele não se separaria, ele afirmava que me amava, mas que tinha muita com no meio disso e eu não conseguia entender quais coisas eram, até hoje? Não entendo.
Não sinto por ele, um terço do que sentia antes. Na verdade, não sinto nada, mas ainda sim, lembrar-se da maneira em que fui tola me machuca.

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⏰ Última atualização: Aug 15, 2020 ⏰

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