#6: Doce como mel, trágico feito a morte.

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Mamãe voltou, quem amou?
Alerta de choro, tristeza e lágrimas neste capítulo, cuidado!

Dêem amor ao capítulo.

Bonne lecture, jelly beans. 💅


— Junghyun? — perguntei, ainda meio desnorteado pelo tanto de horas que havia dormido naquela tarde.

— Sim, Jeon, esqueceu que tem irmão, por acaso? — respondeu-me do outro lado da linha do telefone.

— Desculpe, acabei dormindo demais. Tudo bem com você, irmão? Aconteceu alguma coisa? Você geralmente nunca me liga, apenas manda mensagens.

— Não, não, está tudo bem. Não se preocupa, eu apenas queria conversar sobre algo com você. Na verdade, mais te avisar sobre algo, mesmo.

— Certo, e o quê seria? — perguntei, meio desconfiado.

Meu irmão gêmeo nunca foi dos mais certinhos, sempre aprontava alguma coisa quando éramos mais novos, e também costumava xeretar e fofocar sobre a vida de outras pessoas quase todas as vezes em que conversávamos.
Felizmente, a única coisa interessante que eu tinha na minha vida, era meu trabalho e nada mais.

Por enquanto, Jeon.

— Estou indo te visitar! Não é uma coisa maravilhosa? — respondeu Junghyun, empolgado.

Ah, não. Me visitar? Ele nunca fazia isso, e quando vinha me ver, gostava de pensar que meu apartamento era uma hospedaria, porque ele ficava dormindo em minha casa por dias, às vezes mais de uma semana.
Não que eu não gostasse de Junghyun, mas ele conseguia ser bem inconveniente e adorava debochar de tudo que eu dizia ou fazia.

Eu amava meu irmão, mas longe de mim.

Sem saber bem o que dizer, apenas murmurei e tentei procurar as palavras certas e tentar o convencer de forma delicada, de que aquela não era uma boa ideia.
Na verdade, era péssima.

O ouvi falar sem parar do outro lado da linha do telefone por uns cinco minutos, me cobrando sobre o seu dia, falando do emprego e as outras várias coisas que vinha fazendo nos últimos tempos.
Tudo bem, talvez fosse insensível demais da minha parte o querer morando na casa dele e apenas lá, mas eu não morava em um grande apartamento e também passava muito tempo trabalhando, o quê raios ele iria querer ficando ali?

Após algumas palavras aqui e ali, finalmente nossa conversa prosseguiu para o rumo certo, focando no assunto que meu irmão queria tocar desde o início.
E então, ele diz:

— Sei que eu e você não somos muito de visitar um ao outro e tudo o mais, mas acho que vai ser bom para nós dois, e me preocupa você ficar sozinho boa parte do tempo após ser ameaçado por um assassino, Juju.

— Hyun — o interrompi —, não sei como você sabe disto, talvez o Seok ou até mesmo alguma outra pessoa tenha lhe contado, mas eu lhe asseguro de que estou bem, ninguém irá me fazer nada, ok? Estou seguro.

— Nada disso! — me repreendeu o mesmo — Você não está seguro, e não está tudo bem, qualquer um pode fazer o quê bem entender com você, ainda mais se estiver sozinho, irmão! Você trabalha com algo razoavelmente perigoso, então arrumar uma briga com algum psicopata por aí é dois palitos.

— Certo, tudo bem então, Hyun.
Suspirei, em rendição.

Afinal, ele até que não estava errado, por mais que eu estivesse teimando com a ideia, ter meu irmão por perto pelo menos me deixaria dormir mais tranquilo — coisa que eu não estava conseguindo nos últimos tempos, tinha constantes pesadelos, noites conturbadas, sempre acordando com a respiração e coração acelerado, suando frio e totalmente assustado.

HEART EATER | taekook CENTRICOnde histórias criam vida. Descubra agora