5. O desfile e a dança.

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Ela acordou no mal humor usual, saiu da cama do homem que estava consigo e ajeitou os cabelos em frente ao espelho podendo logo ouvir a voz rouca se fazer presente no quarto, odiava toda aquela manha como se ela pertencesse a ele por conta de sexo, era apenas sexo e pronto, quando ele iria entender que seu coração estava preso em outra pessoa? Isso se realmente pensava que ela tinha um ainda.

Recolheu as roupas no chão e sua bolsa, seguiu direto para o banheiro, trancando a porta para que a outra pessoa não entrasse ali. O ruim de sair com pessoas extremamente estranhas eram que elas não sabiam seus limites, novamente havia uma mancha em seu pescoço, que tipo de possessividade era aquela?

Ouviu as batidas na porta e ignorou, indo direto para o box e tomando um banho quente, utilizando tudo o que tinha direito ali. Ao terminar se secou com a toalha e utilizou a pouca maquiagem que tinha dentro de sua bolsa para esconder aquela marca desnecessária. Vestiu as roupas da noite anterior e passou um batom vermelho, se apreciando por mais um tempo antes de ouvir novamente as batidas na porta.

Abriu a porta com sua cara usual de tédio.

— Sim? — Às vezes esquecia que a casa não era sua, mas ela sempre a rainha em qualquer lugar que estivesse.

— Você já vai? — O loiro se escorou contra o batente da porta como se fosse mantê-la ali e ela apenas se voltou para sua bolsa, jogando suas coisas ali dentro e se voltou para ele com a bolsa em seu ombro.

— Eu tenho um trabalho importante para fazer e com certeza não é ficar aqui agradando você. — Ajeitou o cabelo atrás de sua orelha e movimentou a mão em seguida, pedindo espaço para passar.

— Você vai voltar para cá a noite? — Ele perguntou após sair de sua frente, a vendo recolher sua bota e se sentar na cama para coloca-las.

— Tenho uma casa também e é nela que eu quero estar essa noite.

Ao terminar com as botas, se levantou e foi direto para a porta, ouvindo-o lhe chamar uma última vez pois ela não pararia novamente.

— Quando você vai parar de trabalhar para o Bieber e vir trabalhar para mim? Sabe que ele não te valoriza como eu valorizaria e sabe que ele vai falir logo logo.

— Não leve a sério o que eu te conto quando eu estou bêbada, Cameron, ou você vai acabar se frustrando. Minha situação com o Bieber não tem nada a ver com você. — Kendall bateu a porta irritada ao sair.

Quanta audácia questiona-la sobre seu trabalho, muito mais sobre sua amizade, claro que ela se sentia para trás, mas aquilo não queria dizer que ela abandonaria Justin, eram melhores amigos.

Aquilo a deixou extremamente nervosa tanto que saiu da frente do prédio cantando pneu em direção ao estúdio.

Não havia falado com Kylie nem com Kim, vinha cancelando suas aulas há um tempo sem dizer o porquê, mas agora ela estava pronta para voltar. Estacionou o carro e já saiu em direção ao seu estúdio, ignorando as coisas que a recepcionista dizia, na verdade não ligava para nada do que ela falava por isso fora que entregou sua bolsa para a mulher como se aquele fosse o trabalho dela.

— Senhorita Kendall eu preciso... — A porta do estúdio fora aberta e Kendall deu de cara com rostos familiares, mas havia um que não fazia parte de sua turma. — Lhe avisar sobre a nova aluna...

— Quem disse que estou aceitando alunos novos? Você, fora. — Deixou a bolsa sobre a mesa e caminhou pelo espaço do estúdio. — E o resto em posição.

— Por favor me dê aulas de balé, eu faço qualquer coisa por suas aulas, eu tenho dinheiro se for o problema... — A loira segurou seu braço e Kendall a encarou.

The BalladOnde histórias criam vida. Descubra agora