Vi-me encurralada pelo meu próprio desejo, traiçoeiro e poderoso, ele vibrava em minhas terminações nervosas, meu sangue fervia e minha mente girava em busca daquele que eu queria que me possuísse, que me tomasse por inteira e de forma selvagem, sem pudores. Sentei-me sobre a cama, ereta e alerta, as portas para a varanda suspensa estavam abertas, as cortinas finas esvoaçantes iluminadas pela lua cheia fascinante que se erguia em toda sua glória.
Ele se apoiava no parapeito de mármore, com as costas tensas e os cabelos bagunçados, tão perfeito e masculino, a calça de tecido fino pendia em seus quadris estreitos, seus glúteos, as coxas e as panturrilhas musculosas estavam marcados. Meu coração martelava como as badaladas lentas e ressoantes de um sino, meus mamilos já estavam duros e todo meu corpo buscava o calor daquele homem.
Ele se virou distraidamente e me viu sentada, com a boca entreaberta buscando oxigênio ou algo que me fizesse pensar com clareza, e então sorriu, com aqueles olhos felinos que brilhavam de um tom dourado magnífico, aqueles dentes perfeitos e as presas salientes, os ombros largos e os braços fortes, o peitoral que denunciava a nossa parceria, como se eu conseguisse enxergar seu coração e o sentisse como se fosse meu.
Em sua caminhada lenta e decisiva, arranquei minhas peças íntimas e com uma rajada silenciosa de vento, as portas se fecharam atrás dele e as velas se acenderam, tremeluzindo e iluminando aquela beleza sobrenatural agora nua e contemplativa diante de mim.
Mordi o lábio e me coloquei no centro de nossa cama de casal, ele parou a beirada para empurrar os lençóis para o chão e me encarou com malícia, com desejo que me fazia estremecer até o último fio de cabelo. Com um movimento lento e provocante, abri minhas pernas, suas pupilas em fendas se estreitaram ainda mais e o dourado vibrou. Meus cabelos caíam sobre meus ombros e cobriam meus mamilos propositalmente, enquanto a dança sensual dava início.
Ele começou pelos meus pés, beijando cada um dos dedos sensíveis, lambendo e chupando, logo beijava minhas panturrilhas e o interior de minhas coxas, mordia suavemente para que as presas não perfurassem minha pele, com aquele crepitar inocente se transformando em fogo, senti minha boceta se contrair com a atenção despejada sobre mim.
Quando alcançou meu clítoris, minha entrada já estava melada e ele gemeu, gemeu ao sentir como eu estava pronta pra ele, olhei para seus cabelos negros como a noite e seus olhos buscaram os meus, sua respiração quente me deixava ainda mais excitada, foi então que me lambeu, devorou meus lábios como fazia com a minha boca, enfiou sua língua dentro de mim me fodendo e me amando, aquele contraste tão selvagem me fez estremecer, ergui as costas da cama soltando um gemido rouco quando seus dedos me invadiram.
Aquelas mãos calejadas que eram tão gentis quanto violentas, dois dedos faziam o trabalho que sua língua não podia e me preenchiam com destreza enquanto ele chupava meu clítoris.
"Agora." minha voz saiu baixinha, num sussurro rouco e hesitante.
Seu pau duro feito rocha me penetrou e ele se apoiou nos cotovelos para me encarar, abri mais as minhas pernas para recebê-lo melhor, cravei minhas unhas em suas costas e fechei os olhos me deliciando com a sensação de ter meu pedido tão prontamente atendido, ele capturou minhas mãos, prendendo-as no topo da minha cabeça e arrancou de mim um suspiro exasperado quando o encarei de volta.
Estava tão lento e forte que eu sentia as paredes do meu interior se comprimindo envolta dele, aquele movimento sensual e o encaixe perfeito dos nossos quadris, seus olhos transbordavam em chamas e os lábios carnudos me deixaram sem fôlego e gemi sobre eles, sua boca tinha o meu sabor e isso me deixava a beira do ápice, sua língua era macia e desafiadora em minha boca, buscando espaço e resfolegando comigo.
"Minha..." Hm... aquela doce palavra saiu de sua boca e eu gemi, me derretendo inteira em seus braços, o meu príncipe felino nos girou e me colocou sobre ele, sentada diante daqueles olhos infinitos.
"Sua." Ronronei em seus lábios quando suas mãos agarraram com força a minha bunda, me guiando para cima e para baixo, sem largar os meus lábios, sem deixar de me tomar pela boca.
Eu senti aquilo dentro de mim, se remexendo sob minha pele bronzeada e arranhando em busca de liberdade. O clima estava denso a nossa volta, o poder forte sendo emanado do corpo dele como ondas ao nosso redor, faziam o ar ser reduzido e nossa respiração em busca de oxigênio se tornar ainda mais necessária. Suas mãos suavemente contornaram minhas laterais, arranhando delicadamente enquanto tentava manter a calma, mas o controle naquele nosso momento íntimo era escasso, ele queria me marcar e eu queria que ele me marcasse.
Em um movimento abrupto, ele me puxou para cima como uma boneca leve, me sentou em cima de seu membro, seus lábios longe dos meus, suas enormes mãos em meus quadris me ajudando a me movimentar, eu queimava, literalmente minha pele adquiria tons avermelhados enquanto meu ápice se aproximava, apoiei minhas mãos atrás do corpo e me inclinei enquanto ajeitava meu movimento para que meu ponto de prazer fosse estimulado.
Aquele príncipe selvagem rosnou e encarou nossas intimidades, eu estava molhada, estava quente e suando, o corpo completamente em brasas, ele cravou os dedos em minha pele deixando um rastro seco, amenizando o ardor que eu causava em contato com sua. Eu ficava completamente enlouquecida pela forma em que nossas espécies se conectavam tão bem, uma moradora da tribo vulcânica com o príncipe do deserto. Há quem diria que nosso relacionamento deveria ser escandalizado e que seres como nós, jamais deveriam copular.
Mas ele havia me marcado como dele e o laço da nossa parceria deixava um rastro seco e ardente por onde passávamos, e naquele momento enquanto eu estremecia e gemia alto com as pernas enroscadas nos quadris do meu macho e escutava o rugido gutural enquanto ele gozava dentro de mim, nossa conexão nunca se parecera tão certa, nós desabamos juntos, o oxigênio retornou ao nosso redor com timidez, nossos corpos unidos e abraçados, após a dança erótica do mais delicioso acasalamento que eu já tivera o prazer de fazer.
Naquela noite eu deixava de ser somente mais uma vulcana criada de um príncipe rebelde e passava a ser rainha de uma terra que se ergueria acima das guerras.
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A Dama da Meia-Noite
ContoA autora bateu o lápis na mesa, aquele ser etéreo que era, sem limitações de palavras ousadas e inspirações renovadas, ela mordeu o lábio enquanto imaginava a cena escrita no papel, era arrebatadora assim como as outras que havia escrito antes, poré...