Nem bem um clichê

Capitulo 4

Isaque- Desculpa a pergunta, mas você ainda está namorando o Yuri?
Giovanna- Não precisa se desculpar, e não, não namoro com ele.
Isaque- Ata, entendi rsrs.
Giovanna- E vc?? Tá namorando??
Isaque - Óbvio que não moça ksksks.
Giovanna - Entendi
Isaque- Eu estava pensando aqui se vc aceitaria sair comigo nesse final de semana. Você topa??
Giovanna - Claro que sim.
Isaque- Então blz
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Hoje mais cedo, fui visitar a Raquel pra contar as novidades e ela me alertou sobre esse "flert" com o Isaque
— Você não acha estranho ele vim falar com você sendo que nunca demonstrou interesse?? Vim falar justo com você??— diz a Raquel desconfiada e paranóica como sempre
—Amiga, é normal as pessoas falarem umas com as outras, principalmente quando já se conhecem, calma!!
— Ah desculpa é que eu me preocupo muito com você maluca!! –diz a Raquel tentando me encarar e eu fujo dos olhos dela por que sei que no fundo no fundo ela tem razão.
Depois dessa nossa conversa, ficou um silêncio horrível entre nós duas e comecei a perceber que as duas estavam desconfortáveis com a situação, então perguntei:
— Como vão as coisas com o Lucas?– pergunto e ela logo percebe que estou extremamente desconfortável mas releva e simplesmente me responde:
— Vão muito bem, nunca me senti tão feliz. As vezes acho que estou sonhando sabe?! É inacreditável que uma menina como eu consiga fazer com que um menino como ele se apaixone. Justo eu. – Diz a Raquel menosprezando a si mesma e eu logo a repreendo
—Amiga, até eu me apaixono por você. Você é uma das meninas mais lindas que eu conheço, para de falar com esse tom como se não fosse digna do amor de ninguém. Além de linda, ainda tem uma personalidade incrível e um intelecto invejável. Para com as suas besteiras.
Depois disso, dou um abraço nela e ficamos mais de um minuto só nesse abraço sem dizer nada. Quando saímos do abraço, nos despedimos pois percebemos que já passa das 20:00hrs.
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Após a visita da Raquel, eu vou tentar dormir pra processar algumas ideias e alguns acontecimentos do meu dia.
Quando acordo, recebo uma mensagem do Isaque perguntado do nosso encontro. Respondo que está combinado e me lembro que hoje é sexta-feira. Vou dormir logo de uma vez já que é de madrugada ainda. Quando levanto, mando fotos de vários looks pra Raquel analisar, e como sempre ela escolhe o que tem mais preto.
Uma calça jeans um pouquinho rasgada que parece que tem uma meia calça tipo redinha, um top cropped preto e uma blusa pra amarrar na cintura. Calço meu all-star preto e deixo meu cabelo ondulado já que tinha tempo de sobra. Finalizo com um delineado preto bem fininho e um lip tint.
Uns 20 minutos após eu ficar pronta, o Isaque chega pra me buscar e meu Deus como ele é lindo. Ele está com uma camisa preta, uma calça jeans com lavagem bem escura e um all-star preto com cano cavado e uma pulseira de couro preta muito linda. Nós não combinamos como iríamos nos vestir mas estávamos muito parecidos
—Nossa, como você está linda– diz o Isaque me olhando de cima abaixo milhões de vezes
—Muito obrigada, você também está muito lindo– digo sentindo que estou ficando vermelha
—Vamos?!— diz ele dando a mão pra mim
—Vamos!— aceito e vamos em direção a moto dele.
Percebi que estávamos indo rápido demais então dou um tapinha no braço dele que percebe o que eu quis dizer e diminui a velocidade. Começo a achar estranho porque ele está me levando pra um lugar completamente deserto e cheio de mato mas resolvo não questionar. Ele para a moto num lugar bem amplo mas completamente deserto e diz que chegamos. Quando desço da moto, ele tenta me beijar mas eu não deixo e pergunto o porque dele ter nos levado para aquele lugar horrível e ele diz que era pra termos mais privacidade. Empurro ele e tento correr, mas tropeço e sinto que torci o tornozelo então ele consegue me alcançar e rasgar a alça da minha blusa. Tento me soltar mas não consigo, ele é muito forte.
—Por que você acha que te convidei pra sair em? Achou que eu iria só te levar pra comer?
—Me deixa em paz seu maluco, senão chamo a polícia. Consigo jogar terra nos olhos dele e mesmo com o pé machucado, corro como se minha vida dependesse disso (e depende mesmo). Consigo encontrar uma menina e peço ajuda a ela já aos prantos, quando percebo que essa menina é a Raquel e está com fedor de álcool
—O que aconteceu com você e o que faz aqui? E o que aconteceu com a sua roupa?– indaga-me logo percebendo que eu não estou nada bem. A encaro com olhar desconfiado mas prefiro não discutir o fato dela estar só álcool e fumaça
—Foi o Isaque. Ele tentou me agarrar a força.
—Que desgraçado, onde ele está me fala onde?
—Não se preocupe, ele já está bem longe daqui com certeza. Você está sozinha?
—Sim!
—Por favor, me leva pra casa, não aguento nem ficar em pé direito. –Consigo falar só isso porque estava chorando muito e era só o que eu queria. Um bom banho e uma boa noite de sono.
Ela me leva de carro pra casa dela, me dá banho, me empresta uma de suas roupas e me coloca na cama junto com ela. Eu não conseguia parar de chorar em momento algum porque foi realmente um choque pra mim. Quase fui abusada. Agradeço muito a Deus por ter me protegido e por ter feito eu ir de calça.
— Calma minha boneca, já passou, já passou. Ele nunca mais vai chegar perto de vc nunca mais.
Raquel on...
No mesmo dia em que a Gi ia sair com o Isaque, tive uma das piores crises de ansiedade da minha vida. Fiquei com uma vontade absurda de morrer, e pra repelir essa vontade, resolvi beber, beber muito pra esquecer até meu nome. No caminho da floresta pra onde eu queria ir, encontrei uns amigos vendendo drogas e acabei comprando também.
Cheguei perto de uma árvore que eu sempre adorava ficar e comecei a beber. Acabei a primeira garrafa de vodka e fui pra segunda. Quebro a primeira garrafa, e com os cacos de vidro, começo a me cortar no abdômen pra ninguém perceber. Quando estou no alto da minha crise e com choros silenciosos, ouço gritos, gritos de desespero. Fico atenta no mesmo instante. Quando ouço mais gritos e percebo que conheço essa voz. Era a voz da Giovanna...