Betrayal.

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Pov Lauren

O vento era tão forte que meu cabelo se espalhava por todo o meu rosto, conseguindo me irritar.

-Cheguei agora a pouco, foi tranquilo.

Fiz sinal com as mãos, para atravessar a faixa de pedestres.

-Já estou chegando no hospital, rezando para que esteja tudo bem.
-Todos ficaram tristes quando avisei que precisou ir.

Sorri fraco do outro lado da linha. Empurrei a porta com o braço e adentrei, carregando uma bolsa com roupas.

-Estaremos mandando energias positivas.

Ele disse e eu me senti envolvida por elas no mesmo instante. Nos despedimos em bons termos eu me apresentei no hospital, pedindo o número do quarto.

Respirei fundo e posicionei o cartão na porta, a destravando. Abri bem lentamente com medo de fazer qualquer barulho, mas o sorriso logo cresceu em meu rosto ao vê-los.

-Onde consigo um pouco dessa comida?

Sorri, brincando.

-Filha!
-Lauren!

Ambos comemoraram. Fechei a porta do quarto e deixei a bolsa no chão, caindo nos braços dela primeiro.

-Como foi de viagem? Tão bom vê-la de novo...

Ela tinha as mãos em meu rosto. Sorri olhando-a e caminhei até o Dudu, que esticou os braços para mim no mesmo instante.

-Estou feliz por ter conseguido vir também. Como você está? Me deixou preocupada.

Cochichei, fazendo cosquinha em sua barriga. Eduardo gargalhou na cama, preso por fios e mais fios.

-A febre passou. Os medicamentos são fortes, o deixam com sono, mas parecem funcionar.

Ela cruzou os braços próxima à cama, atenta ao filho mais novo.

-Mas ele não quer comer.

O olhei.

-Como não? Eu vim de longe apenas para cuidar de você, preciso que coma para melhorar.

Ele me olhava, desanimado agora.

-Você quer ir pra casa?

Silêncio.

-Se comer e tomar os remédios que precisa tomar, iremos logo logo.

Silêncio.

-Bom, eu tenho alguns chocolates na bolsa. Mas, você sabe... -sorri, o vendo rir- Você só ganhará se comer.

...

Senti algo tocar o meu braço e notei que havia pegado no sono.

Ergui meu corpo com dificuldade, esfregando os olhos, buscando pelo telefone.

Passava das oito da noite, éramos só eu e ele. Me levantei da cadeira, esticando meu corpo e Eduardo dormia profundamente.

Caminhei até o interruptor de luz e as acendi, notando que, a medida que ele respirava, seu peito chiava. Sua respiração era pesada, fazia barulho.

Olhei as anotações perto da cama e o próximo remédio seria à meia noite, caminhei pelo quarto mais algumas vezes e resolvi falar com o Harry antes que ele entrasse para o show. Sendo sincera, eu estava triste e até com um pouquinho de ciúmes por não estar lá.

H: A melhor parte de escrever músicas de amor são as inspirações. H.

H: Ok, estou sentindo a sua falta, o que devo fazer? H.

End Of The Day - 1Onde histórias criam vida. Descubra agora