PEQUENAS GRANDES MORTES

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A morte
Que se morre calada
Do dia a dia
Que é sufocada
Pelas vezes que dizia
"Não é nada"

A morte
Que se morre negada
Da overdose
Que mascarava
Todas as dores
E feridas na alma

A morte
Da qual se morre afogada
Pouco a pouco
No mar de palavras
Doces e ácidas
Que foram caladas

A morte
Que queima e que arde
Matando lentamente
O coração escarlate
Na torpor da incerteza
De que se passa a pior parte

*Douglas Fernandes*

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