Eu sabia que existia!

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Assim que eu vi o "dracma de Hefesto" não sabia o que fazer.

Se ria ou se chorava.

Se pulava ou desmaiava.

Se aquietasse ou gritava.

Mas aí me veio á cabeça: como ativaria?

Fiquei tentando me lembrar de algo que ajudasse.

Com certeza a resposta estava em A Batalha do labirinto.

Me lembrei de Hefesto. Estava falando de Dédalo. Dédalo! Dédalo é a resposta!

As entradas do labirinto precisavam de um toque de semideus para serem abertas.

Mas aí chega o problema.

Eu não sou semideusa!

Mas Hécate disse que foi feito para mim.

Será que o dracma me daria como filha de Hécate?

Bom, quem arrisca não petisca, né?

Toquei no Eta gravado no centro que começou a brilhar.

Brilhou intensamente num vermelho incandecente tão forte que meus olhos não aguentaram encarar por muito tempo.

Quando a luz cessou, não estava mais em Hogwarts. Não chegava nem perto de ser Hogsmead. Tambem não era o Beco Diagonal.

Funcionou.

Eu sabia onde estava.

Apenas precisava de uma comfirmação.

Se visse uma espada, já seria confirmado. Eu estava no acampamento meio sangue.

Como eu sou tão inteligente, tão pensadora e tão corvinal, estava andando sem perceber.

-Cuidado aí garota!- Gritou alguém atrás de mim. E fui de encontro com o chão.

Uma garota havia me empurrado e dava pra ver o motivo.

-Ô fracassada! Além de covarde e filhina do papai tá cega também, é?-Disse a garota que me empurrou, segurando uma flecha.-E só pra você não dizer que eu te atrapalhei, toma aqui sua flecha e atira de novo.

E ela jogou a flecha que estava em sua mão para a outra garota.

-Eu tenho nome, sabia? E esse nome é Clarisse.-Respondeu a garota que atirou em mim.

-Clarissefugiu, que deve ser, né?-Respondeu a minha salvadora.

-Você ainda vai se arrepender Ana Cláudia. Grave bem minhas palavras, pois um dia, quando você mais precisar, sua espada vai se virar contra você.-Respondeu Clarisse.

-Pois que bom que eu só uso arco!-Responde Ana.

-É melhor você se levantar!-Ana me disse estendendo a mão.-Precisamos muito conversar.

Ela me levou pro meio da floresta, onde havia um monte de pedras que parecia um monte de cocô.

-Não tem ninguem aqui. Podemos conversar melhor.-Ela disse.

Olhei em volta. Ninguem mesmo.

-Você é uma bruxa.-Disse ela.

-Como sabe?-pergunto sem entender.

-Estuda em hogwarts e é da grifinória. E pelo jeito como estava, andou lendo muito Percy Jackson.Como chegou aqui?

-Como você sabe disso?-Perguntei- por acaso você é uma bruxa?

-Não, e você não respondeu a minha pergunta.

-Por meio de uma deusa. Hécate.

-Até que faz sentido. Hécate é a deusa da magia, alí deve ser o território dela.

Ouvimos alguns barulhos no alto das árvores e passos.

-Travis! Connor!-Gritou Ana.

Então alguém apareceu no meio da arvores.

-Achou eles?-Perguntou a garota que acabou de chegar.

-Bem ali.-Disse Ana, pegando uma flecha que parecia um desentupidor.-Se eu conheço bem aqueles dois, um se agarra no outro e os dois caem.

Ela atirou a flecha que acertou de primeira. E dois garotos cairam de uma arvore.

-Aí ferrou cara! É a Annabeth!-Disse um deles. E os dois fugiram.

-Eles não vão muito longe.-Garantiu Ana.

Ela puxou a corda que usou na flecha e os dois apareceram, um segurando o outro, de cara na lama

E Annabeth os leva, provavelmente para Quíron.

Então me lembro que eles são os mestres em pegadinhas.

Talvez vão acertar as contas com o chalé de Atena.

-Voltando ao assunto, ela te deu algo, ou apareceu pra você?

-Um pacote.

-Oque tinha nele?

-Um dracma. Só que do outro lado tinha um eta.

-Uma filha de Hécate recebeu algo igual. Um colar com um pingente das reliquias da morte. Sortuda ela...

-E onde ela está?

-Desapareceu. Acho que foi uma troca, como Percy e Jason.

-Falando nele, ele está aqui?

-Primeiro me diga: você vai começar um discurso sobre a vida dele se visse ele?

-Não! Claro que não!

-Que bom! Não quero que Quíron me chame pra explicar o porque tem mais gente como eu.

-Como assim?-Eu não conseguia entender quase nada! Como assim, "como ela"?

-Digamos que quando conheci ele comecei um discurso bastante resumido da vida dele(n/a leiam sou semideusa contra minha vontade.).
-Aí já dá pra entender. Mas oque isso tem a ver comigo?

-Voltando ao assunto, tem algo a dizer agora que entrou em outra realidade?

Essa pergunta é facil de responder. Uma pequena frase que estava presa na minha garganta, desde que eu cheguei aqui. E essa frase é...

-Eu sabia que existia!- Digo com o maior orgulho.

Troca de realidades-De bruxa a semideusaOnde histórias criam vida. Descubra agora