Cartas para uma coruja

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!AU!

- Sai cambada! Eu e o Norman estamos tentando passar! - Emma exclama empurrando o tumulto de gente, puxando o amigo logo em seguida. - Tenho certeza que tem mais gente aqui para te ver do que ver o morcego que o Ray pegou

- Fala sério! A maioria 'tá aqui pelo morcego, não é todo dia que tem morcego na escola - Norman comenta dando de ombros, andando com a amiga.

- Sim, mas eu ainda acho que estão aqui por você, eu até ouvi uma guria falar que essa era a sala do "famoso e lindo Norman" - A ruiva fala imitando uma voz aguda. - Difícil ser amiga de populares

- Você é popular

- Você é mais - Emma rebate abrindo o armário. - Essas meninas aí fariam de tudo por você

- Duvido - O albino resmunga cruzando os braços.

- Duvida? Saca só! - A ruiva diz se afastando do armário, indo a frente do albino e ficando de costas para ele, encarando algumas garotas que disfarçavam o olhar. - Norman comentou que gosta de garotas que abraçam as árvores

- Isso é ser— Norman ia reclamando quando viu pelo menos 3 das 5 garotas irem em direções de árvores. - Como é que?

- Sim, elas são loucas - Emma resmunga revirando os olhos, voltando ao seu armário. - Até os meninos babam por você, foda ser popular bisexual

- Eu não tenho culpa, não controlo os sentimentos dos outros, muito menos a minha sexualidade - O albino se defende colocando as mãos para cima, antes de se virar para seu armário. - Mas também tem um monte de meninas e meninos gamados em você

- Isso não muda o fato que meu coração pertence a minha florzinha - A ruiva cantarola sorridente.

- Sim, só cuidado com o Don - Norman diz abrindo o armário, vendo uma cartinha cair de dentro dele.

- Gosto do Don, mas a Gilda é minha e... que que isso? - Emma questiona confusa, apontando para a carta que o amigo pegara.

- Uma carta - O albino murmura virando a carta. - Não tem remetente nem destinatário

- O destinatário é você, óbvio, 'tava no seu armário

- Sim, mas de quem é? - Norman murmura abrindo o envelope branco, tirando de lá um papel escrito. - "Rosas são vermelhas, esse poema é clichê, é loucura mas acho que eu gosto de você".

- Ain que fofo Norman! Você ganhou sua primeira cartinha de amor! - A ruiva exclama animada, dando um soquinho no braço do amigo. - Essa carta é melhor que as outras melosas. Que bom que não joguei essa fora como as outras.

- Sim, mas é meio inútil vendo que eu não sei de quem é - O albino fala frustrado. - Nem dá para saber pela letra porque foi feito por algum programa de escrita e depois imprimido

- Quem fez isso é um gênio - Emma diz surpresa.

- Provavelmente não, só tem bom senso - Norman explica guardando a cartinha no envelope novamente e logo em seguida na bolsa. - Vai ver, mais cedo ou mais tarde, a pessoa revele quem é

- Sim, talvez ajam mais cartas - A ruiva comenta animada.

- Certo. - O albino murmura guardando os livros, logo olhando em volta. - O Ray ainda não chegou?

- Ah, Anna está enchendo o saco dele novamente - Emma responde apontando para os dois. Ray segurava um morcego inconsciente pelas pernas enquanto tentava ignorar Anna, que não parava de falar e o cutucava.

- Hm - Norman resmunga incomodado com a aproximação dos dois, indo até lá. - Ray

- Esse é meu nome - Ray fala olhando o menor.

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