~Capítulo 2~

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    Ser um empresário de sucesso não é fácil, é preciso dedicação, determinação, confiança, autoridade e pulso firme

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    Ser um empresário de sucesso não é fácil, é preciso dedicação, determinação, confiança, autoridade e pulso firme. Eu gosto de reger a minha empresa dessa forma, por isso sou um CEO bem sucedido. Apenas com 28 anos, já me tornei o empresário mais rico do país. Administro a rede de Hotelarias Marini, que é da minha família, mas também tenho meus próprios negócios, que consiste em um escritório de Engenharia e Arquitetura, amo comprar lugares abandonados, de aparência decadentes, reformar-los e dá uma cara nova, modificar, fazer esquecer cada resquício de ruína que um dia aquele lugar teve.

   Não tenho o que reclamar da vida. Tenho uma boa relação com minha família, minha mãe e minha avó são as mulheres mais carinhosas, acolhedoras e compreensivas. Já meu pai e meu avô são autoritários, tem muita sabedoria para os negócios e são difíceis de serem enganados, mas mesmo assim tem um bom coração. Além de ser filho único, também sou o único neto, e isso gera uma pequena carga, sofro algumas exigências, eles querem um herdeiro, segundo minha avó já era pra estar casado e já ter lhe dado um bisneto, algo que se depender de mim não vai acontecer tão cedo.

    Quando digo que tenho tudo o que quero, eu realmente tenho. Sou um homem bonito, forte, multimilionário e solteiro, tenho a mulher que quiser, cada dia é uma diferente. Tenho uma suite exclusiva no meu hotel, onde as levo, não gosto de leva-las ao meu apartamento, não gosto nem de dar meu endereço ou número de telefone, as que me ligam na empresa são totalmente ignoradas, minha secretária já sabe o que fazer. Mas eu nem sempre fui assim, meu maior sonho era ter uma família, algo meu, frutificado com esforço e amor. Já fui um romântico, um daqueles bem apaixonados, que levava flores, chocolates, fazia jantares e levava a passeios. Nessa época eu ainda estava na faculdade, já tinha ficado com algumas meninas, mas nuca tinha conhecido alguém como ela, ela era a garota mais linda e meiga que eu já tinha visto, me dediquei totalmente ao nosso relacionamento. Minha mãe e minha avó não simpatizavam muito com nosso relacionamento, mas eu achei que era ciumes de mãe. Eu vivia numa bolha, parecia que só o nosso relacionamento importava, era Alicia e eu, eu e Alicia. Tudo estava perfeitamente bem até o primeiro dia que a vi chorando.

_Alicia, o que houve, meu amor? Por que está chorando? - eu não sabia o que fazer nunca tinha a visto daquele jeito. _ Por favor fala comigo. Eu fiz alguma coisa errada?- ela me abraçou forte e começou a chorar mais ainda. Logo balançou a cabeça negando.

_ Hector, meu pai perdeu o emprego de novo e quer voltar pro Kansas, minha mãe não quer ir , mas não podemos fazer nada. Por mais que eu seja maior de idade não tenho como me manter aqui, não tenho casa, nem emprego.- eu fiquei chocado, não podia perder minha Alicia.

_ Meu amor, não se preocupe, eu vou dar um jeito, vá para casa e não diga nada ao seu pai, eu vou resolver isso. Amanhã te trago uma solução.

    Sai da faculdade as pressas e fui pra casa conversar com meus pais, expliquei a eles e dei a ideia de Alicia morar conosco, mas eles não aceitaram, aquilo pra mim foi um baque, eu fiquei tão decepcionado que sai sem rumo. Fiquei dando voltas na cidade, foi quando tive a ideia de sair de casa e alugar um apartamento pra gente morar. Ninguém poderia me impedir de ficar com ela, eu tinha o dinheiro que guardei dos vários anos de mesada, por ser filho único, desde criança recebo e como nunca fui de gastar com coisas desnecessárias eu tinha bastante dinheiro. Quando comuniquei a minha família, eles ficaram devastados, principalmente minha mãe. Ela me criou com muito zelo e orgulho. No dia seguinte liguei pra um corretor e já aluguei um apartamento, era aconchegante, tinha dois quartos, sala com cozinha e dois banheiros. Depois liguei pra Alicia e marquei de falar com ela, precisava contar logo, eu não podia perder a oportunidade de tê-la comigo, morando sobre o mesmo teto. Me direcionei até o lugar marcado, poucos minutos ela já havia chegado. Expliquei tudo a ela, ela ficou feliz por ficarmos juntos, mas também ficou triste por eu ter brigado com minha família e saído de casa. Chegou o dia da mudança, e já estava tudo pronto, arrumei o segundo quarto pra ela ficar, por mais que já tínhamos seis meses de namoro, nos nunca transamos. Alicia dizia não estar pronta, eu como um bom namorado, respeitava seu tempo.

    Já havia se passado dois meses que estávamos morando juntos, Alicia estava um pouco diferente, mais estressada, eu tentava entender pelo fato dela ser nova e estar longe dos seus pais. Eu já estava estagiando e fui acompanhar meu mentor em uma reunião em outra cidade. Não queria deixar Alicia sozinha, mas ela insistiu que eu fosse, alegando que iria ficar bem. Peguei o elevador até o térreo, o senhor Thompson já me aguardava, iriamos no seu carro. Passado meia hora de viagem, ele recebe uma ligação dizendo que a reunião havia sido cancelada. Voltei pra casa contente, resolvi fazer uma surpresa pra Lice, peguei o elevador e subi, abri a porta devagar e dei de cara com roupas no chão. Logo comecei a ouvir gemidos, fiquei confuso, não tinha como associar aquilo a minha querida Alicia. Fui pro corredor, quanto mais eu me aproximava, mais os sons ficavam mais altos. Eu repetia em minha cabeça que não era ela, foi quando ouvir sua voz nitidamente que tive certeza.

_ Franklin, você até que foi bom, não melhor que o Jimmy, mas deu pro gasto.

_ E o seu namorado?

_ O que tem ele?

_ Ele não é bom?

_ Não sei, nunca dormir com ele, ele ainda acha que sou virgem, dá pra acreditar? Não é por falta de vontade, mas eu preciso de uma aliança no meu dedo primeiro.- eu não conseguia acreditar no quep estava acontecendo, ela estava me enganando esse tempo todo.

_Então você está enrolando o cara pra garantir seu futuro? E se ele descobrir?

_ Claro, eu preciso me garantir e ele é o cara certo, não vai descobrir pois é cego de amor por mim.- Ela começou a rir e aquilo só me dava ânsia. Não aguentei mais e entrei no quarto de vez, ela me olhou branca igual papel. Começou a falar desesperada. _ Hector, o que faz aqui? Não é o que você está pensando.

_Não estou pensando, estou vendo. - olhei pro canto da parede e o tal Franklin estava encostado na parede com as roupas na mão, o arrastei até a sala lhe dei um soco e o coloquei pra fora aos chutes. Quando voltei ao quarto ela já estava se vestindo, ela me olhou e já começou a chorar, se jogou no chão e gritava desculpas esfarrapadas, eu não conseguia prestar atenção, sentia nojo de tudo relacionado a ela, sua voz estava me irritando, fui até seu guarda roupa peguei sua mala e comecei a jogar suas coisa dentro. Alicia tentou me parar, mas eu estava com tanta raiva que a peguei pelo braço e jogue na cama, voltei pro guarda roupa e peguei somente o que ela trouxe, nada do que eu dei ela iria levar, ela até tentou contestar, mas eu a mandei calar a boca e sair do meu apartamento. Foi a noite mais longa da minha vida, bebi tanto, chorei e jurei pra mim mesmo, que nunca mais eu iria amar uma mulher novamente.





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