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LARA
— 30 anos —
(Um ano depois)

"Você precisa ser confiante." Harry diz para Tyler, quando estamos na festa de aniversário de treze anos dele. "A festa é sua. Mostre isso para Cady."

"Do que você tá falando?" Olho para ele, franzindo as sobrancelhas. "Que péssima coisa a fazer. Se você ficar falando como a festa é sua, a Cady vai te achar o maior otário que se acha."

"Vocês não me ajudaram em nada." Tyler fala, passando as mãos no cabelo que ele está deixando crescer. Os cachos chegam até os ombros. Sua voz está mais grossa por conta da puberdade, mas acho que ainda vai ficar ainda mais. É loucura pensar que esse é o menino que eu vi crescendo e agora ele quer chamar uma menina para sair. "Eu vou perguntar para o tio Zayn."

Harry franze o cenho, ofendido enquanto Tyler sai de perto de nós. "Você viu isso?"

"Não julgo, seus conselhos eram horríveis." Dou de ombros e ele revira os olhos. Eu vejo Tyler conversando com Zayn enquanto eles brincam com a pequena filha dele com Alyssa.

"Hum." Harry dá de ombros, cruzando os braços. "E o nosso bebê?"

"O que tem nosso bebê?" Pergunto, confusa. Há cerca de um ano, começamos a pensar sobre ter um filho, mas o Harry queria que eu tivesse tempo para decidir se eu realmente queria isso. Pra isso, ele me fez tomar os remédios para a tireoide e esperar um tempo com eles fazendo efeito para que finalmente acreditasse que eu estava realmente considerando isso.

Mas então ele conseguiu um congresso com o trabalho, ficou um mês na Europa. Então eu tive um congresso e fiquei três semanas na Califórnia. Então ele teve outro congresso, e acho que já deu pra entender que nós mal tivemos tempo para ter um bebê, mas acabamos decidindo que queríamos sim. Quando tivéssemos tempo.

Eu devo dizer que estou realmente feliz com a ideia de ser mãe. Eu nunca realmente quis isso, mas quando passei a deixar a mente aberta para essa possibilidade, os pontos positivos passaram a existir na minha cabeça. Antes eu pensava nos custos, no estresse, pensava que não ia ter mais tempo para pensar em mim mesma. E tudo isso é verdade.

Mas então comecei a receber alguns pacientes no meu consultório que falavam como amavam seus filhos. Comecei a pensar no Harry como pai, comecei a fazer uma balança entre as coisas boas e ruins.

Talvez eu tenha pensado muito sim sobre isso.

E estou feliz com a minha decisão.

"Quando vamos fazer nosso bebê?" Harry pergunta, o sorriso estampado em seu rosto perfeito. Trinta e um anos o deixaram ainda mais bonito.

"Eu posso te garantir que não vai ser aqui no salão de festas da Helena." Dou risada e ele pega na minha mão, entrelaçando nossos dedos. "Eu amo quando faz isso."

"Eu amo fazer isso." Diz, beijando a palma da minha mão. "Eu te amo."

Sorrio abertamente, tímida de certa forma. Nós nos conhecemos há dez anos e ele mexe comigo como se fosse o primeiro encontro. "Eu também, Harry, você não faz ideia."

Ele se inclina para me dar um beijo no rosto, e eu levo meus lábios para os seus. "Harry."

"O quê?" Pergunta quando nossos rostos estão próximos.

"Vamos embora." Falo, respirando fundo. "Já cantamos parabéns, eles não precisam mais da gente aqui."

"Quer ir para onde?" Ele franze o cenho.

"Vamos pra casa." Me levanto, pegando sua mão. "Vamos fazer nosso bebê."

Goosebumps: The Sequence - HSOnde histórias criam vida. Descubra agora