O duque, como era de se esperar de alguém que planeja algo ardilosamente e coloca esse algo em prática ainda mais ardilosamente, amanheceu sorrindo para as paredes.
Na noite anterior, ele chegara dez minutos antes da meia noite, e disse ter ficado distraído com alguns documentos. Embora fosse uma péssima desculpa, já que ele havia terminado de ler os documentos naquela tarde e julgava ser impossível se distrair com papéis que lhe causavam dor de cabeça.
Ele viu Laura parada ao lado da mesa de doces, tinha em mãos uma bomba de chocolate que parecia uma delícia, ao mesmo tempo em que, ele notou, buscava alguém com os olhos.
Jones queria dançar com ela.
Queria dançar com ela na frente de todas aquelas pessoas, mesmo com os mexericos. Queria ir até ela e propor que o deixasse a guiar em uma valsa, mas ficou parado apenas a observando.
Poderia estragar tudo.
E estava começando a perder a cabeça, começando por ele estar sentindo-se culpado por submetê-la àquilo. Mas precisava.
Ela não demorou em voltar para o casarão, mas ele por outro lado, teve de dar atenção a cada monarca, mulher e pessoa que quisesse falar com ele. Os males de ser um duque.
Mesmo assim, ao voltar, ele foi direto para a cama e repassou cada segundo vivido com ela naquela noite. Cada sorriso que lhe fora dado, e, principalmente, os beijos que eles trocaram.
Os lábios dela eram tão macios, quentes, e pareciam se encaixar perfeitamente nos dele. Jones quis deslizar os dedos por toda extensão da sua pele dela e memorizar cada pedacinho que lhe fosse permitido. Quando deu por si, estava começando a ficar excitado.
Grunhiu de insatisfação.
Ela o odiava, o ofendia, humilhava e ainda assim ele a desejava.
Nada era por um acaso simples, sempre havia algo por trás de todos os acontecimentos, e, Jones sabia, ela era alguém completamente diferente quando na presença de alguém que não fosse ele.
Virou-se na cama de um lado para o outro, até sua cabeça doer e seus olhos pesarem ao ponto de não conseguir mantê-los abertos. Enfim conseguiu dormir.
Estava sendo difícil desde que ele a conhecera.
Mulheres nunca param quietas.
E Jones começara a ter certeza disso depois que fora avisado de que metade de suas hospedes haviam ido caminhar.
Apenas não se opôs, pois só fora avisado quando elas já haviam saído. O dia parecia lindo, mas algumas nuvens escuras se formavam ao leste, e por conhecer bem o clima da Inglaterra, ele teria dito que elas ficassem sob seu teto. Ao invés, avisou o mordomo de que teria de ficar lá revisando alguns documentos. Mas a verdade era que, quando ele se sentava para ler, ele pensava em Laura.
VOCÊ ESTÁ LENDO
15 condições
Historical Fiction"𝘈𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢𝘴 𝘱𝘦𝘴𝘴𝘰𝘢𝘴 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘦𝘯𝘭𝘰𝘶𝘲𝘶𝘦𝘤𝘦𝘮. 𝘘𝘶𝘦 𝘷𝘪𝘥𝘢𝘴 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦𝘪𝘳𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘩𝘰𝘳𝘳𝘪́𝘷𝘦𝘪𝘴 𝘦𝘭𝘦𝘴 𝘥𝘦𝘷𝘦𝘮 𝘭𝘦𝘷𝘢𝘳." As coisas mudam com uma velocidade impressionante, não é mesmo, caro leitor? Fora...