Oi, pessoal! Tudo bem com vocês? Estou contente de saber que estão gostando da leitura.
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Beijos,
Renata.
Capítulotrês
Depois da desilusão com Adriano, e de ter chorado muito, resolvi ficar quieta no meu canto. Enfiei a cara no trabalho, peguei alguns plantões extras longe da ala daquele desgraçado, que tentou me ligar e mandar mensagens várias vezes. De tão furiosa, não o atendi nem respondi. O que ele esperava? Mesmo o evitando ao máximo, ainda estava destruída e por vezes me martirizava por ter sido tão cega e ter me envolvido sem qualquer certeza. Mas quem nunca se apaixonou pela pessoa errada?
Certo dia, quando estava indo embora, ele me abordou.
— Ei, espera, quero falar com você! — Teve de correr para me alcançar no estacionamento.
— Não temos nada para conversar. — Olhei-o determinada, empinando o nariz.
— Por favor, Cris, não me trate assim. Tenho sentido tanto a sua falta. — Segurou meus braços.
— Me solta! — Desvencilhei-me dele. — E não me venha com essa conversa fiada, Adriano. Acabou, ok? Aceite e me deixe em paz!
Ele me olhou espantado. Acho que não esperava minha reação. Talvez pensasse que eu fosse me render facilmente outra vez. Mas não seria assim. Não poderia ser.
Deixei-o plantado ali, dei-lhe as costas e corri para meu carro. Apesar de ter sido forte, por dentro estava morrendo. Ainda era difícil aceitar o que tinha acontecido. Eu tentava, como podia, juntar os cacos do meu coração partido por ele.
Depois daquele episódio, os dias foram passando e minha dor abrandando.
Algum tempo depois, em um plantão, encontrei-o no refeitório do hospital e nos cumprimentamos como estranhos. Segurei as lágrimas que queriam me trair. E me senti um pouco mais forte.
Foi difícil vê-lo. Desejava profundamente poder esquecer aquela desilusão tão rápido quanto a comecei. Ansiava mandar em meus sentimentos.
Comecei a trabalhar em dois turnos, ansiosa por ocupar minha mente. Saía de um plantão e entrava em outro, mal tinha tempo para dormir ou me alimentar direito. Levar a vida dessa forma pode se tornar uma ameaça constante à própria saúde. Não percebia isso e não aceitava quando minhas amigas tentavam me alertar. Queria fugir do mundo, dos meus próprios pensamentos...
***
Em um dos meus plantões, acabei sentindo um mal-estar e me obrigaram a passar por atendimento médico.
— Você precisa descansar um pouco, mocinha, parece exausta! — advertiu o doutor Roger depois de me examinar. Estava com uma expressão séria e preocupada.
— O senhor tem razão, ando trabalhando demais e dormindo muito mal. Desculpe o transtorno.
— Não precisa se desculpar, mas quero que me prometa que vai cuidar mais de si mesma ¾ respondeu gentil. ¾ Estou prescrevendo um remédio para dormir, tome por uma semana. Também deixei um atestado de quinze dias. Aproveite para descansar, fazer uma pequena viagem, talvez.
— Obrigada, doutor Roger.
— De nada, Cris. Gostamos muito de você aqui no hospital. Se cuida, menina! — Despediu-se de mim com um aperto de mão e um sorriso. Ainda me olhava preocupado.
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De repente, tudo muda - DEGUSTAÇÃO
RomanceCristina, uma jovem enfermeira, batalhadora, que lutou para conquistar seus sonhos, é baleada e fica entre a vida e a morte, justamente quando tudo parecia ter entrado nos eixos e havia conhecido o amor verdadeiro. Ela sobreviverá para desfrutar o q...