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Jimin é colocado numa maca e é atendido pelos bombeiros ali presentes. Cecília entra desesperada, ela caminha até mim mas é barrada pelo segurança. Eu olho para ela, e explico para o segurança, mas ainda assim ele não permite a entrada dela.

-Senhorita Valentina. Você será detida, até que o senhor Park Jimin, acorde e possamos conversar. - olho para os meninos, que ainda estão em choque, com certeza achando que sou uma hater, apenas abaixei minha cabeça, aceitando minha punição, Cecília, consegue passar pelos seguranças.

- Vossa excelência, se me permiti. Ela não tem culpa. Foi um acidente, se pudermos acessar as imagens de segurança, com certeza, vai ver que não estou mentindo.

- Não estou dizendo que ela agiu com consciência do ato, porém ainda precisamos ouvir o lado da vítima, até porque se trata de uma figura pública mundial.

- Obrigado. Eu poderia ao menos ficar um pouco com ela? - ele assente, permitindo sua permanência. Os meninos saem da cabine com os seguranças, e o empresário. Meu coração está realmente em pedaços. Começo a chorar em desespero, Cecília me abraça, eles me olham uma última vez, indo embora.

- Vai ficar tudo bem amiga. Tenho certeza disso. Não se preocupa ok?

- Por favor, avisa meu pai. Ele vai saber como lidar com as coisas no orfanato. E por favor, o pessoal não pode saber sobre o que aconteceu. Se é que já não sabem... - ela me abraça forte. O policial nos afasta, me levando pra uma cela. Tento dormir um pouco pra não pensar tanto em toda essa confusão. Algo que é quase impossível. Fico ali até que o cansaço me vence.

"Valentina... Valentina... Acorda..." - ouço de longe, e começo a despertar aos poucos, abro os meus olhos e percebo que ainda estou detida.

- Já tava na hora, achei que não ia levantar. - Cecília fala comigo, meu pai também está com ela, seu semblante está caído, está com olheiras também. Com certeza, não dormiu preocupado comigo. Os policiais vem até mim, me tirando da cela. - Vamos? - olho para ela confusa

- O Jimin acordou, precisamos ir visitar ele no hospital. - meu pai comenta, pego minhas coisas ainda atordoada. Saímos da cabine, e logo vejo centenas de pessoas olhando pra mim. Alguns com cara fechada, outros com desprezo, também há um grupo de armys, que correm até mim querendo me atacar, mas são paradas pelos policiais que nos acompanham.

"Se eu não tivesse vindo... talvez, se eu tivesse rejeitado o convite da Ceci... eu poderia estar salva agora, não é?"

Quando estávamos saindo do aeroporto, vários fotógrafos e jornalistas correm até nós, dessa vez meu pai me pega pela mão, Cecília também começa a correr, os policiais tentam barrar eles, mas sem sucesso. Faltando poucos metros do carro, meu pai destranca-o, abrimos a porta e logo ele sai às pressas, os policiais nos acompanham com a viatura.

- Vai ficar tudo bem, eu te prometo minha filha. - com os olhos fixos na estrada, enquanto desvia dos carros, ele comenta tentando me tranquilizar. Após alguns minutos a 50 por hora, chegamos no hospital, estacionamos o carro, mas precisamos correr outra vez, pois ainda tem jornalistas na frente do hospital, vários armys também. Assim que entramos no hospital, paramos de correr, os seguranças barram eles também.

- Vou comprar algo pra tomarmos café. - Cecília comenta, meu pai segura minha mão, aguardando em um dos corredores.

- Eu sinto muito pai...

- Mesmo que ninguém acredite na sua inocência, eu acredito em você, porque eu conheço a minha filha, sei que jamais faria algo pra prejudicar alguém. E caso prejudicasse, também sei que não seria sem motivo. - ele me abraçou, acariciando meus cabelos, sinto o cheirinho de amaciante em sua roupa, e isso me acalma. Me faz ter a certeza de que não estou sozinha. Por mais que pareça.

Presa a você, por acidente.Onde histórias criam vida. Descubra agora