Chalé

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- Você não vem Carol?

Meu melhor amigo pergunta da cozinha do chalé que meu pai construiu, o qual estamos estreiando.

- Estou indo Bruno!- respondo em alto e bom som descendo a escada que leva ao quarto que escolhi ficar.

- Eai Bruno, cader as cervejas?- Gabriel pergunta entrando na cozinha.

- Estão no free.. uoou, olha como ela ta sexy!

Gabriel e Bruno param para me observar descer as escadas com meu maiô colorido que tem uma fenda na frente até um pouco à cima do umbigo.

- Aí eu sei, obrigada!- Respondo com ar de superioridade.

- Ta gostosa em Carol!

- Agora parem de babar vocês dois, já estou ficando constrangida!

Dito isso, os dois pegam suas cervejas e caminhamos até a piscina, onde o resto do pessoal está. Vejo ao longe Juliana dando em cima de Dreicon.

- Quem foi que convidou ela mesmo?

Pergunto para o meu amigo que agora observa a cena junto a mim.

- Acho que ninguém Carol, esqueceu que você só disse pra todo mundo que ia fazer a festa de formatura no novo chalé do seu pai? E bom, notícia de festa se espalha bem rápido!

- Hey, eu só falei para algumas pessoas só os mais próximos, não achei que iria vir a escola inteira!

Ele rir sarcástico e dá um gole em sua cerveja.

- De qualquer forma, é bom pra mim, tá cheio de garota aqui pra eu pegar!

- Bom pra você mesmo, já eu tenho que ficar olhando a Juliana se esfregar no Drei!

- Por que é que você não chega nele logo? Fica aí se torturando, toma uma atitude, não aguento mais ficar ouvindo esses seus dramas.

- Haha, que engraçado! O Drei nunca olha pra mim, e só nos falamos umas, deixa eu ver...- finjo estar contando nos dedos- três vezes!

- Isso é porque você vive se esquivando dele!

- Hey, eu não me esquivo dele!

- Ata, e aquela vez que ele ia te pedir ajuda com matemática e você saiu correndo igual doida?

- Cala a boca Bruno, ninguém te perguntou!

- Só tô dizendo que se você não der o primeiro passo ele não vai adivinhar, nós homens somos um pouco lerdo às vezes.

Rio de sua conclusão e fito mais uma vez o Drei, que agora está caminhando em direção a cozinha.
Penso um pouco no que Bruno disse e resolvo que vou dar o primeiro passo agora, afinal, daqui a uns dias iremos pra faculdade e não quero ficar com arrependimentos de não ter feito algo.

Digo ao Bruno que preciso ver uma coisa e saio em direção a cozinha. Vejo que Drei está de costas, pegando ponche no jarro. E que costas, ele está sem camisa, então é uma bela visão.

- O.. oi Drei!- Minha voz saí falha como se estivesse engasgada e minha vontade é de sair correndo de tanta vergonha.

Ele se vira pra mim e dá um sorriso, e que sorriso!

- Caroline!

- Ahm, o que está achando do chalé?

- Da hora, seu pai fez um bom trabalho!- Ele fala e eu acho que estou ficando louca quando vejo ele me olhar de cima à baixo e bebe um pouco de sua bebida.

- Ah, que bom que gostou!

- Você ia pegar um pouco?- Pergunta apontando para o jarro com ponche.

- Ah, não, eu não bebo!

- Como assim, você não bebe?

- É, eu não curto beber!

- É que ela não tem estômago pra isso, não é Carolzinha?- A voz de Juliana se faz presente no ambiente.

- Eu não gosto mesmo!- Digo firme.

- Eai amorzinho, vamos pro quarto?

- Obrigado Juliana, mais quero curtir a festa!- Ele responde tirando o braço dela de cima de seu ombro.

Ela olha pra mim com cara de poucos amigos e se vira pra ele.

- Vamos ver se vai mudar de idéia agora!

Dito isso, ela agarra seu pescoço e começa a beija-lo, um nó se forma em minha garganta e cerro os punhos para conter minha raiva, sabendo que depois vão ficar hematomas nas palmas de minhas mãos.

Pego uma toalha que está em cima do sofá e saio do local imediatamente, sou uma covarde por não revidar e fugir todas as vezes. Estou em um local onde não se encontra quase ninguém, só um casal se pegando à uns dez metros, quando olho para a estrada e vejo um carro parado.

Limpo uma lágrima havia escapado e caminho em direção ao veículo, sinto um calafrio e abraço a mim mesma puxando a toalha com intenção de me cobrir mais. Eu não acredito que meu pai mandou um de seus seguranças pra me vigiar, confirmei minhas suspeitas lendo a placa do carro.

Assim que estou ao lado da porta do motorista, aproximo meu rosto do vidro para enxergar melhor o lado de dentro. Fico surpresa ao ver que o motorista está com sua cabeça apoiada no volante, o idiota deve ter pego no sono.

- Heyy.- Grito batendo no vidro.- eu já te vi idiota, pode voltar e falar pro meu pai que a filhinha dele sobrevive sem a merda do dinheiro dele.

Espero alguns segundos, e nenhuma movimentação.
Abro a maçaneta e está destrancada, patético! E como eu imaginava, lá estava o segurança do meu pai.

- Você ta surdo?- pergunto o empurrando para trás pelo ombro. Foi questão de milésimos de segundos para meu cérebro processar o que havia acontecido ali. Ele havia sido degolado e não tinha acontecido dentro do carro pois não havia vestígios de sangue a ser em seu corte que pegava de fora a fora em seu pescoço.

Minha primeira reação foi ficar em choque, meu coração acelerou em uma velocidade paralela ao meu estado físico. Mais em um piscar de olhos saio do transe e minha voz saí em um grito desesperado.

- AAAHH! SOCORRO!

Ao tentar me virar para buscar ajuda sou impedida por braços que rodeiam meus ombros e mãos que levam algo até a minha boca e meu nariz, tudo que vejo após isso é um vulto preto!

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Se tiver algum erro me fala aí!
Até o próximo..

Senhora Sequestradora- Dayrol (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora