A carta

147 2 2
                                    

Formada, com um ótimo trabalho, sem amigos e com o coração cheio de amor pra dar.

A balança estava equilibrada, Juliana tinha uma incrível vida profissional, já a vida pessoal era vazia, a perda dos pais com apenas dez anos de idade tinha sido um baque muito grande, criando assim uma barreira que a impedia de ser feliz. Porém o lado escuro e solitário da balança estava pesando e Ju já havia percebido isso.

Era sexta a noite e como sempre ela ficaria em casa.

-Você já pode ir para casa Dona Francisca.

-Vou sim Ju, mas você vai ficar aqui sozinha de novo?

-Não se preocupe comigo Francisca. -Juliana falou dando um forte abraço em Francisca.

-Tá bom minha filha.

Após Francisca ir para casa, Juliana foi até o seu quarto e retirou de baixo de sua cama uma caixa preta, sentou-se na cama e passou horas vendo e revendo as fotos e objetos que estavam dentro da caixa. As lembranças eram muitas e as lágrimas misturavam-se com grandes e verdadeiros sorrisos. Até que Ju achou no fim da caixa uma carta. O remetente e o destinatário da carta eram um só, Juliana.

A carta havia sido escrita no fim do primeiro ano em que Ju morava no orfanato e era uma espécie de promessa.

"Hoje faz um ano em que eu moro em um orfanato, aprendi a viver aqui e entendi quais são os sentimentos das crianças que moram aqui. Todas querem felicidade, querem uma família feliz e eu sei o que é ter uma família feliz. Eu morava com minha mãe e com meu pai, eramos só nós três e eu prometo que quando crescer vou dar a três crianças desse orfanato uma verdadeira família feliz."

Enfim a felicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora