23- Encontro de almas.

785 60 48
                                    


Harry acordou sentindo um corpo quente colado ao seu. Abriu os olhos lentamente ainda sensíveis pela luz.
O garoto ao seu lado ainda dormia, muito mais próximo de si do que na hora em que deitaram. Lembrou-se dos brilho dos olhos de Louis quando ele disse aquelas palavras que em nada afastaram a vontade do alfa de tocar a pele exposta, até mesmo as aumentaram dificultando que pegasse no sono.

Se levantou com cuidado e encarou o menor um pouco descoberto, evidenciando suas curvas. Harry cobriu o ômega e sacudiu a cabeça cacheada como que para afastar aquelas imagens. Ele precisava urgentemente por roupas em Louis!
Se arrumou e saiu deixando um bilhete de que ia arrumar roupas e fazer outras coisas e chegaria um pouco mais tarde. Deixou também o dinheiro para que Louis pagasse o técnico que ia consertar o maldito aquecedor.

Louis acordou um pouco depois, sentindo um leve incômodo, era de se esperar, sem Harry na cama as cobertas rapidamente perderam o calor intenso que esteve embalando Louis durante a noite. Olhou ao redor reconhecendo onde estava e encontrou o bilhete de Harry. Sentiu-se extremamente agradecido, não só porque o aquecedor seria consertado mas também porque poderia ficar sozinho e em paz.

Enrolou bem a coberta em seu corpo e desceu as escadas afim de preparar algo para comer. Não era como se tivesse muitas opções mas ele conseguiu se virar, esperava que Harry comprasse comida já que havia saído.
O menor se deu o direito de bisbilhotar pela casa já que o alfa não se dignara nem mesmo a lhe mostrar os ambientes.
Era realmente enorme! A parte de baixo tinha mais quartos e banheiros do Louis julgava necessário, dava ainda para uma espécie de varanda coberta nos fundos. Havia algumas portas trancadas com inscrições como "cinema" e "jogos", o que fez o garoto se questionar o quão rico Harry era pra ter esse tipo de privilégio.
O andar de cima era igualmente grande mas haviam menos portas. Dois quartos grandes sendo um suite e mais um banheiro a quarta porta dava para uma salão enorme com janelas de vidro do chão ao teto. Haviam alguns pufs e tapetes fofos, quadros na parede e praticamente nenhum móvel.
Era extremamente confortável e bonito, a vista, embora o dia estivesse nublado era perfeita e coberta de tons de verdes e flores. Louis sentia que poderia passar horas ali.
Em um canto havia um violão e uma pasta de músicas, ele sorriu, Harry gostava de musica...era uma das coisas que ele achava genuínas no maior.

Não conseguiu resistir em se aproximar da pasta, na capa estava escrito "autorais", ele não fazia ideia de que Harry escrevia e não conseguia imaginar que tipo de música ele era capaz de criar. As mãos de Louis formigavam de vontade de olhar, mas a campainha fez com que ele desse um salto se afastando.

Desceu as escadas rapidamente e abriu a porta. Um homem muito alto e de seus aparentes 50 anos estava ali parado encarando Louis com certa surpresa e curiosidade.

-O senhor Styles está? Vim concertar o aquecedor. - Louis achou graça de alguém referir-se a Harry como "senhor".

-Na verdade ele deu uma saída, mas o senhor pode entrar, eu só não sei dizer exatamente onde fica o aquecedor.

-Pode deixar, isso eu sei- ele riu entrando - Afinal, são vários anos fazendo serviços pros Styles, conheço casa e a família como a minha mão.

Louis seguiu o homem até um canto na varanda do fundo, onde aparentemente estava a máquina que aquecia a casa. Ele deu uma olhada e mexeu em algumas coisas.

-É...hmm...

-Louis, Louis Tomlinson.

-Certo, Louis, meu nome é Ben. Então, isso pode demorar um pouquinho, se quiser entrar, lá dentro está frio mas aqui fora com certeza está mais.

-Certo Ben- Louis sorriu- obrigada.

O garoto voltou para o interior da casa se encolhendo no sofá. Olhou esperançoso para seu celular e nada, nenhum pontinho de sinal, nem internet, nem nada.
Pegou um livro qualquer na parte debaixo da estante na qual ficava a televisão, colocou uma música em seu fone e mergulhou nas palavras que nem eram de algum assunto incrível, mas nas condições em que ele se encontrava eram a coisa mais interessante que já tinha lido na vida.

Opposites-a/b/oOnde histórias criam vida. Descubra agora