39- Pulsação.

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Oi meus benzinhos!
Como estão? Hehe.

Espero que gostem do capítulo de verdade e como sempre perdoem pela espera.

Boa leitura, votem e comentem!

Tia ama vocês!💞
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Não há um consenso sobre a morte.
Alguns dizem que quando estamos prestes a morrer revisitamos toda a nossa vida, outros já especulam que a temos uma experiência sensorial expandida, mas a verdade é que ninguém nunca pode voltar pra contar, nos trazendo a única realidade que podemos alcançar a cerca da morte.
Mesmo que haja vida após, naquele momento, ela finda, implacável e cruel. A morte não distinguem seus passageiros, e quando lhe estende a sedutora mão, é quase impossível negar.

Harry ouviu o som da bala, ele viu seu ômega juntar toda a força em seu corpo fraco e provavelmente dolorido para protegê-lo, viu os olhos prateados, o seu oposto completar perfeito.
Ele ficaria bravo por aquela atitude imprudente em qualquer outra circunstância, mas quando a bala o atravessou ele só conseguiu pensar em o quanto estava orgulhoso.

Louis se virou desesperado por seus olhos, ele pode sentir.
Olhou para baixo, as mãos do ômega tão cobertas de sangue que se não fosse a dor lancinante que sentia, provavelmente ele acharia que Louis havia conseguido ser rápido o suficiente.

Ouviu sirenes abafadas, sentindo-se tonto.
Ninguém viu os olhos assustados e surpresos de Emmett. Claramente ele não esperava que Louis fosse ter coragem de ir contra sua chantagem. Ninguém viu ele tentar correr inutilmente para longe dos braços dos policiais, ou a porta da frente ser arrombada.

Tudo ficava cada vez mais distante.
Uma lágrima grossa rolou de um dos olhos verdes. Harry queria ter tido mais tempo...ele gostaria de fazer Louis sorrir mais vezes, mas estava satisfeito por morrer diante daqueles olhos, era um pensamento egoísta, mas ele não desejava nada mais que poder olha-lo uma última vez, sorriu fraca e sinceramente antes de desabar.

Louis viu quando aquela lágrima levou os resquícios do brilho vivido dos olhos verdes.
Gritou mais não saia. Encarava as mãos atordoado com cheiro forte de sangue.

Eles estavam caindo.

Ouviu sua mãe chorando e gritando seu nome, mas parecia longe demais.
Ele apenas pressionava o peito de Harry e sussurrava uma súplica baixa para que ele não o deixasse.
Ele podia sentir o coração dando batidas cada vez mais fracas sob sua palma.

-Louis!! - a voz desesperada de Johannah soou a poucos metros, enquanto ela corria na direção do filho, mas parecia tão distante.

A mulher abraçou o corpo ensanguentado do menor, mas o ômega estava em estado de choque, completamente catatônico.
Seu rosto dolorosamente retorcido, enquanto ele fazia força contra o ferimento de Harry, como se tentasse salvar sua própria vida.
A mulher percebeu o cheiro do filho, Louis havia comentado com ela sobre sua condição, ainda sigilosa, de ômega lúpus.
Olhou ameaçadoramente ao redor, preocupada com os vários alfas que claramente já haviam percebido, mas estavam fortemente controlando os instintos.

Desmond não se moveu.
Parado na porta olhando a cena de longe. Ele não poderia ver seu filho ali, não poderia descobrir que seu único filho estava morto sem sequer ouvir um eu te amo.

A ambulância chegou, e os médicos correram em diração a Harry e Louis, que continuava repetindo como um mantra para Harry não morrer.
O garoto se recusava a soltar o corpo do alfa em desespero.
Johannah o segurou firme enquanto tiravam a maca. Louis gritava e esperneava.

Ele queria morrer. Sentia tanta dor em seu peito que é como se a bala o tivesse atravessado.
Ele só queria que aquilo parasse.

***

Opposites-a/b/oOnde histórias criam vida. Descubra agora