Capítulo 18

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Sem Revisão

Gaby

A dor...Deus a dor estava me consumindo...não conseguia acreditar que nunca mais o veria. Seu sorriso seu jeito doce comigo, o amor em seus olhos sempre que me olhava, aquela adoração que era meu mundo. Como? Como viverei sem ter ele? Parecia que era mentira, eu estava num sonho eu realmente queria acreditar nisso, que estava num sonho e logo acordaria ao lado daquele homem que tinha transformado minha vida num verdadeiro conto de fadas. Começo a chorar agarrada ao travesseiro para abafar meus gritos de dor. Estava na casa da Emy deitada no seu quarto de hospedes, chorando como não fazia em anos, chorando por que nunca mais o teria, dói tanto, tanto. Sinto a cama afundar e logo sinto braços ao meu redor. Emy. Deixo-me ser abraçada por ela, me agarrar a única pessoa que ainda tinha. Ela era minha rocha nesse momento. O que me deixa sã. Choro tanto que acho que adormeço acordo e vejo a claridade pela janela quando fui dormi estava tudo escuro. Fico parada olhando pela janela o dia estava cinzento parecido com meu humor nesse momento. Não era um sonho. Eu o tinha perdido. Coloco a mão em minha barriga pensando nessa pessoinha aqui dentro, ela seria a única coisa que eu teria dele alem das lembranças de nosso momento felizes juntos. Começo a chorar novamente. Isso era tão difícil. Escuto a porta abrir e olho para ela e vejo o Andre parado nela, ele vem ate mim e senta na beirada da cama e segura minha mão.

−Eu sinto muito Gaby, foi minha culpa.

Eu conhecia meu marido e nunca mais nunca ele faria o que fez para o Andre conviver com a culpa.

−Não faz isso Andre. Não faz o que ele mais odeia. Se ele se jogou na frente da bala por você, era pra você viver sua vida sem culpa e não com ela, ele nunca iria querer isso. Eu conheço o Lucas ele faria isso por qualquer um de vocês. Para cada agente do FBI. Mas o que ele nunca iria querer e que sua morte servisse como algo ruim que é o que Você esta fazendo agora. Você esta deixando a morte dele ser algo ruim. Não faz isso, por favor.

Peço chorando. Ele me olha com lagrimas nos olhos.

−Obrigado.

Ele sussurra.

−Eu sei o que você esta sentido, essa dor como se fosse o fim, como se você estivesse sem rumo, como se nada mais tivesse sentido. Eu passei por isso quando achei que ela tinha morrido. Você estava lá quando eu quase morri por não suporta a dor da sua perda. No hospital a Emy me deu um motivo para lutar. Ele me fez querer ficar vivo por eles e sabe valeu a pena, eu os tinha eu os amava, mas quando a Aurora apareceu na minha vida, isso sim me fez realmente querer viver.

Ele fala e coloca a mão sobre a minha barriga.

−Esse bebe ai vai te dar a motivação para seguir em frente. E todos nós, todos mesmo vamos estar aqui com você, sempre.

Me sento na cama e o abraço forte, chorando, o Andre entre todas as pessoas aqui era quem entenderia mais a minha dor, ele passou o mesmo quando achou que a Carol estava morta. Ele sabe que eu estou procurando algo para me agarrar, para me tirar dessa dor, desse tormento. Eu sei que esse bebe me manteria viva, lutando, mas sei que nada no mundo vai conseguir preencher o vazio que ficou com a morte dele.

Ele fica um tempo comigo logo ele desce e a Emy aparece com algo para eu comer, mesmo sem fome eu me obrigo a engolir algo, como o Andre falou esse bebê me daria motivação para continuar lutando. Preferimos pelo enterro rápido sem velório, despedidas, isso só iria aumentar ainda mais dor.

Estávamos no cemitério ouvindo o padre falar, eu não prestava atenção em nada meu olhar estava sobre o caixão. Antes de virmos eles deixarão eu ir vê-lo pela ultima vez ver seu rosto tão pálido sem vida, foi destruidor. Tiveram que me tirar de cima dele. Agarrei-me nele com tanta força, não querendo acreditar que aquela seria a ultima vez que veria seu lindo rosto. Implorei para me deixarem lá, para me deixarem ir com ele. Eu não ai conseguir eu não conseguiria viver sem ele. Eu achei que sim, mas ver ele ali tão sem vida fez com que tudo, mas tudo mesmo perdesse o sentido. Lembro do choro da Emy quando o Andre me tirou de cima do corpo. Eu sei que para ela aquilo estava sendo difícil também. E ver meu estado só piorava. Mas eu não conseguia pensar em nada alem de mim em nada alem da dor e da escuridão que estava me puxando.

Entre a Dor e o Perdão #Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora