Uma jovem sofre um grava acidente. Em estado grave, ela fica pelos cuidados de um jovem médico. Com ela ainda em coma, ele se apaixona e decide lutar contra as barreiras, para ficarem juntos.
Da recepção até o seu quarto, meus pensamentos vão fluindo. Não sei como ela está, quem realmente ela é. A única coisa que sei, é que precisou dela na minha vida. Seus cabelos enrrolados, seus cachos, sua boca delicada, suas mãos finas... como será a sua voz? Minha garganta fica seca, quando a porta se abre. Lá dentro está dois médicos, fazendo alguns exames, olhando os movimentos do seu corpo.
-Dr Ricardo: Júlia, o Dr Rafael acabou de chegar.
Me aproximo enquanto dele fala, do campo de visão dela. Sinto os seus olhos me seguirem.
-Dr Rafael: Olá Júlia!
Ela continua a me olhar fixo. Como se ela estivesse me examinando.
Olho para o Ricardo, e ele começa a falar suas observações.
Julia fará fisioterapia, todos os dias, e tantas outras coisas. Quando saímos, da sala, Nanda, sua melhor amiga. Está do lado de fora no corredor, andando de um lado para o outro..
-Nanda: Dr Rafael? E então? Como ela está? Ela acordou mesmo? Posso vê-la? Ela me enche de perguntas..
sento com a Nanda, D. Gabriela e seu marido. Nós conversamos sobre como vai ser daqui para frente. O meu melhor amigo, Dr Rodrigo entrará na equipe, então seremos nós três como médicos.
Ricardo se aproxima de mim e vamos para uma cirurgia. Durante a cirurgia, me concentro no momento, tento não me distrair, com pensamentos sobre a mulher que tomou o meu coração para si.
***
No outro dia, pela manhã, tomo um banho, e volto para o hospital. Vejo meus pacientes e trabalho bastante. Já é um pouco tarde e vou ver como Julia está.
Ela está totalmente diferente. Seu olhar já está mais focado. Ela está dormindo. Vejo seu prontuário, e sento na cadeira ao seu lado. Como faço sempre.
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Estou olhando para o nada, pensado como será daqui para frente. Quando sinto um toque na minha mão. Olho para minha mão, e vejo a mão da Júlia fazendo carinho.. olho para ela, vejo que ela quer falar, mas não conseguem por causa do tubo que está ajudando respirar. Vejo lágrimas em seus olhos. Seguro sua mão e ela a aperta.
-Vai dar tudo certo. Você é uma guerreira! Logo logo você vai está bem.
Dou um sorriso se canto para ela. Ela faz que sim com a cabeça. Entrelaçamos nossos dedos e ela volta a dormir.
Acabo cochilando ao seu lado. Quando o meu pipe toca e o som do hospital soa um sinal.
Julia acorda com o barulho. Ela fica agitada, falo com ela para ficar calma.
-Eu vou ir lá, pois eles estão chamando todos os médicos disponíveis. Fica tranquila, mais tarde eu volto.
Saio e vou para a área vermelha. Foi um grave acidente. Um parecido com que trouxe a Júlia para esse hospital. Começamos a nós organizar, rapidamente esse hospital irá lotar!
Começamos o nosso trabalho, e mais e mais ambulâncias foram chegando. São no total de 40 vítimas que vai vir para esse hospital. Os demais irão para outros. Seguimos trabalhando, às horas passam e não me dou conta.
São 17 horas e ainda não comi nada, vou até o restaurante e almoço, estou tão exausto..só queria dormir. Mas, vou virar a noite aqui no hospital.
Minha mãe me liga, conversamos rapidamente, ela vai vir com meu pai para minha casa. Ela está preocupada comigo, pois voltei a trabalhar demais. E aínda estou fazendo uma especialização.
Estou tão esgotado...
Volto para o meu trabalho..
-Rod: E aí Rafa? Está esgotado né?
-Nem me fala cara!
-Rod: Deixa eu te falar da Júlia! Estou pensando em tirar amanhã, o tubo.
Assim ela poderá falar.
-Claro! Faz isso junto com a fisioterapeuta!
-Rod: ok
Continuamos a conversar sobre tanta coisa. Enquanto arrumando às coisas. E vamos atender aos pacientes.
Já é noite, passo em frente ao quarto da Júlia e vejo a D. Gabriela com ela, sentada onde sento geralmente.
Amanhã ela vai ir para um quarto, vai respirar sozinha. Tomara que ela fique bem logo.
